Savage Circus: show curto e sem Stauch em DVD
Resenha - Live In Atlanta - Savage Circus
Por Rodrigo Simas
Fonte: Savage Circus
Postado em 19 de junho de 2008
Nota: 5
Chega a parecer uma piada de mau gosto. O Savage Circus era um projeto de Thomas Stauch, que acabou se tornando sua banda principal quando deixou o posto de baterista do Blind Guardian. O grupo lançou seu primeiro CD em 2005, o bom "Dreamland Manor", saiu em turnê para promovê-lo e rapidamente botou nas prateleiras um DVD gravado ao vivo (que cheira bastante a caça-níqueis) sem Thomen na bateria.
Se não bastasse só esse fato estranhíssimo, o show é curto (apenas dez músicas, sendo nove do debut mais uma chamada "Ca Plane Pour Moi", bônus da versão japonesa de "Dreamland Manor"), a produção é precária e a banda parece perder toda a empolgação depois da segunda música. O baterista convidado é Thomas Nack, que já tocou com bandas como Gamma Ray e Iron Saviour, outro projeto de Piet Sielck, guitarrista do Savage Circus, que ainda conta com Yenz Leonhardt (baixo), e Emil Norberg (outra guitarra) e o vocalista Jens Carlson, ambos do Persuader.
Jens acaba sendo um dos maiores destaques do show: seu timbre é realmente parecido com o de Hansi Kursch e – mesmo com os vários overdubs – parece segurar a onda ao vivo (mesmo tendo que ler algumas letras durante a apresentação). As músicas soam bem parecidas com as versões originais, com pequenas mudanças no andamento de algumas, mas nada que realmente chame a atenção.
O estilo é baseado nos primeiros anos do Blind Guardian, principalmente na fase do clássico "Somewhere Far Beyond", lançado em 1992. O público (não muito grande) responde apático ao set list, que perde mais ainda com a fraca iluminação e produção de palco.
A imagem é bastante razoável e é um dos pontos positivos do DVD, gravado no Festival Prog Power (e talvez por isso a opção da gravação nesse show específico), mas peca por ter uma edição baseada em apenas quatro câmeras. O som cumpre bem seu papel, inclusive com a opção de 5.1, mas não existe nenhum outro atrativo no pacote, apenas um slideshow de fotos, um mini-documentário filmado com câmera de mão por Piet Sielck e o clipe tosquíssimo da ótima "Evil Eyes".
Uma pena, já que a banda tem potêncial e mesmo não mostrando muita (ou quase nenhuma) originalidade em "Dreamland Manor", tem composições fortes e deve agradar os orfãos da fase mais pesada do Blind Guardian. Só não era a hora certa de lançar um DVD, ainda mais nessas condições. Detalhe importante: Thomen deixou o grupo recentemente e foi substituído por Mike Terrana.
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