Tristania: arranjos e composições mais maduros
Resenha - Illumination - Tristania
Por Rodrigo Simas
Postado em 16 de junho de 2008
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
É difícil para uma banda ter coragem de alterar seu som de maneira contundente, mesmo que para um formato mais comercial e acessível. Ou para seguir uma tendência modista e passageira. Geralmente essas transformações não dão certo, a base original de fãs é perdida e as consequências são desastrosas. Exemplos disso não faltam. Por outro lado, quando as mudanças são por questões artísticas ou por uma simples evolução musical, elas podem não ser bem compreendidas, dependendo de como forem apresentadas. O importante é que haja respeito sempre que a proposta for sincera.
Mais difícil ainda é descobrir como isso é representado no som do Tristania. O fato é que a banda mudou. E muito. Se as mudanças começaram no elogiado "Ashes", de 2005, elas se cristalizaram e se definiram em "Illumination", o quinto trabalho desses Noruegueses que foram um dos precurssores do Gothic Metal como o conhecemos. Criticada, a banda perdeu muito do som operístico, soturno e sinfônico dos primeiros trabalhos, mas amadureceu em arranjos, composições e harmonias.
As idéias e melodias parecem mais focadas, mais simples, menos turbulentas e, realmente, bem mais acessíveis para o público genérico. Os vocais guturais, a cargo do convidado especial Vorph, do Samael, são praticamente inexistentes e os vocalistas Vibeke Stene e Osten Bergoy brilham de forma independente, mas pecam por se isolarem, ao invés de trabalharem em conjunto.
Sempre um destaque, Vibeke continua surpreendendo com melodias inusitadas e precisas, que surgem de maneira natural, sem soarem forçadas ou artificiais. Se o refrão da ótima "Mercyside" abre Illumination de forma inspirada, "Sanguine Sky" e "Open Ground" comprovam sua ótima forma. A banda se mantém segura e cumpre seu papel em estruturas sólidas, se mostrando bem mais versátil e coesa, ainda lembrando em alguns momentos o passado, como na excelente "Sacrilege".
Provavelmente os fãs mais conservadores vão desaprovar, mas se a banda perdeu muito de suas origens, deve conseguir atingir um número muito maior de pessoas. A produção de Waldemar Sorychta (Lacuna Coil, The Gathering, Samael, Moonspell), consegue criar o clima adequado para a proposta e o Tristania não decepciona, mostrando que tem coragem de explorar os limites de sua música, sendo eles sinceros ou não.
Outras resenhas de Illumination - Tristania
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
Adrian Smith fala sobre teste que fez para entrar no Def Leppard
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A cantora que fez Jimmy Page e Robert Plant falarem a mesma língua
A canção que Sandy & Junior recusaram e acabou virando hino do rock nacional nos anos 2000
Nick Cave descreve show do Radiohead como uma "atividade espiritual"
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
David Ellefson explica porque perdeu o interesse em Kiss e AC/DC; "Foda-se, estou fora"
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Brian May do Queen
A crítica de fã a Bruno Sutter que foi tão embasada que ele aceitou e mudou postura
O álbum do Megadeth que parecia ser do Metallica, até que um fã enquadrou Mustaine
Iron Maiden: Steve Harris pensou em acabar com a banda em 1993


Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



