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Van Canto: cinco vocais, música descartável

Resenha - A Storm to Come - Van Canto

Por Gustavo Silva
Postado em 04 de maio de 2007

De tempos em tempos, surge um novo nome no campo da música que, apenas por sua proposta, não necessariamente ligada diretamente ao conteúdo, já exerce fascínio e desperta curiosidade antes mesmo da audição de um trabalho em si. Se hoje já não são mais surpresas, o noneto Slipknot e os violoncelos do Apocalyptica, para ficar em poucos exemplos, chegaram a tal status à época de suas estréias.

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No que diz respeito ao heavy metal, o Van Canto é o estreante mais inovador em sua proposta até o exato presente. E também, o mais subversivo. Em um gênero que se destoou dos outros justamente pelas melodias distorcidas de guitarras e contrabaixos auto-suficientes, criar música apenas com vozes é uma afronta a conservadores de um ritmo que produz há mais de quatro décadas ídolos eternos dedicados à maestria das cordas.

"Cinco cantores, um baterista. Sem guitarras, baixo, teclados, mas, apesar disso, uma experiência melódica inacreditável", descreve a si mesma a banda, que se auto-rotula como representante do ‘hero-metal a-capella’em seu álbum de estréia, "A Storm to Come". Facilitando a vida da crítica, indica, de forma sincera, suas referências: "para aqueles que gostam de canções metal melódicas, épicas e vigorosas; que gostam tanto de Metallica como Nightwish; que acham que o clímax de um show do Blind Guardian é cantar em coro".

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Apenas por palavras, é possível idealizar a personalidade do Van Canto. É nesse ponto que a criatividade musical envereda por rumos inversos ao da criatividade indiscutível do formato. Das nove músicas apresentadas, sete são de autoria do grupo – a instrumental (?!) "Stora Rövardansen" é parte da trilha sonora de um filme sueco; "Battery" é de autoria do... você sabe quem.

Conduzidas por levadas em dois bumbos a cargo de Dennis Strillinger, também baterista do desconhecido Synasthasia, "Lifetime" e "She’s Alive" valem apenas pela experiência de conferir o contraponto de vozes principais de Philip Dennis Schunke, líder do projeto, e Inga Scharf, a única presença feminina. Mas essa intenção é mais bem resolvida em "I Stand Alone", essencialmente uma canção ‘capella metal’.

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Com bases em "rakkatakka" – onomatopéia criada pelo grupo para seu karaokê às avessas - "Starlight" tenta aproximar o Van Canto de sua influência Metallica, enquanto a versão para "Battery" pode ser, de tão inusitada e curiosa, risível para alguns, especialmente em seus solos e bases cavalgadas.

Já "King", "Rain" e "The Mission" (que virou videoclipe, já disponível no YouTube) invadem e se alojam no cérebro sem pedirem licença. Todas aspirantes a hinos, mas, com o grande porém: hinos de uma vertente saturada.

Reina (o verbo não é utilizado por acaso), tanto na parte lírica quanto na instrumental (?) o clima épico, de muito tempo atrás, em um reino muito distante (os clichês também não são utilizados por acaso) do metal melódico. E sequer é necessária a audição do álbum para chegar à conclusão: "para todos aqueles que querem ser heróis": é a deixa, escrita pelo próprio grupo, para dar ainda mais referências aos ouvintes, e definir com clareza seu próprio som.

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Com frescor indiscutível e carisma popularesco nas primeiras ouvidas, "A Storm to Come" é explicado por um verbete simples: descartável, que deita fora após uma ou mais utilizações (obrigado, Houaiss). Ou seja, a audição não é tortuosa, muito pelo contrário, agradável até certo ponto. Mas o prazo de validade não é indeterminado. E, com as cordas assumindo seus lugares de direito, a música do Van Canto é, simplesmente, comum.

Van Canto – A Storm to Come
( 2006 / General Schallplatten – Importado)

01. Stora Rövardansen
02. King
03. The Mission
04. Lifetime
05. Rain
06. She´s Alive
07. I Stand Alone
08. Starlight
09. Battery

Homepage: www.vancanto.de

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Sobre Gustavo Silva

Mineiro radicado em São Paulo, Gustavo Silva é curioso por vocação, o que o levou a tentar a carreira de jornalista. Rockstar frustrado, trocou parte do poder emanado de uma guitarra em alto e bom som por palavras, as quais, sem distorção, devem também provocar algum barulho.
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