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Resenha - Spunk; The Official Bootleg - Sex Pistols

Por Leandro Fernandes x
Postado em 12 de janeiro de 2007

É bem verdade que o lendário Sex Pistols é um dos alicerces do movimento punk que reinou na Inglaterra - e no resto do planeta - a partir do final dos anos 70 até meados dos 80, e que tem seguidores fiéis até hoje (viva Manchester!). É bem verdade também que a banda é amada e odiada na mesma proporção por muitos dos próprios fãs do punk-rock, que sentiram-se traídos depois que os Pistols simplesmente renegaram os rótulos que ajudaram a criar. Tudo isto colaborou para a aura mitológica que ergueu-se em cima da banda, que ganhou uma série de coletâneas tidas como "não-oficiais" (como o essencial "Kiss This"), além de camisetas, bandanas (eu tenho uma!)...

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Para entender, portanto, a importância de Spunk (1977/2006), bootleg do grupo liderado pelo senhor Johnny Rotten que finalmente chega ao formato do disquinho, basta dizer que este é, basicamente, o raro PRIMEIRÍSSIMO disco da banda. Bem, mais ou menos: "Spunk" é, na verdade, uma compilação dos primeiros demos gravados pelos Sex Pistols e que, poucos meses e algumas modificações depois, formariam a tracklist de seu primeiro álbum de estúdio oficial, o notório "Never Mind the Bollocks Here's The Sex Pistols" (1977). Por 30 anos, "Spunk" rodou o mundo apenas em versão pirata e pouquíssimas cópias. Em seu trigésimo aniversário, nada mais justo e oportuno do que um lançamento digno em CD, com toda a qualidade de áudio que o formato proporciona. :-)

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Por outro lado, a importância do bootleg restringe-se somente ao lado histórico da coisa, mesmo. Não, não me xingue, eu explico: antes que qualquer um saia por aí desesperado atrás do CD, digo logo que, se você é um fã ardoroso dos Pistols e já dispõe de todo o material dos caras lançados até então, este álbum aqui deverá constar em sua estante única e exclusivamente por razões sentimentais. Não há nenhuma faixa inédita, não há nenhuma novidade escondida: "Spunk" traz todas aquelas velhas, boas e lendárias canções que já figuraram nas zilhões de coletâneas da banda. A diferença é que estamos falando de um material ainda cru, sofrendo mudanças, sendo aprimorado, com os arranjos de algumas faixas bem diferentes das "versões oficiais" que conhecemos. Aliás, é bem evidente aqui a influência dos novaiorquinos do New York Dolls, elemento que a banda sempre tentou encobrir.

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O destaque, como era de se esperar, fica para os clássicos, que aparecem aqui com seus nomes originais. "Nookie", por exemplo, é somente "Anarchy in the U.K." com um título diferente; a clássica "God Save The Queen" dá as caras como "No Future"; e por aí vai. O diferencial é mesmo o arranjo mais "calminho" que caracteriza os demos: as músicas são executadas de uma forma nitidamente descompromissada, leve até, e em algumas faixas (como na ótima "Satellite", cover de Lou Reed) Rotten não sente culpa em errar a letra ou engasgar disfarçadamente. O curioso é que dá para perceber que, às vezes, uma guitarra executada de modo diferente pode mudar tudo: uma de minhas músicas preferidas, "Pretty Vacant", ficou ainda mais legal como "Lots of Fun", sua versão demo.

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Para um fã da banda como este que vos fala, o que mais valeu neste álbum foi mesmo a participação de Glen Matlock, o então baixista oficial da trupe que caiu fora em meados de 77, dando lugar àquele sujeitinho maluco e desconhecido chamado Sid Vicious. Sério, comparando os dois, dá a impressão de que os Pistols simplesmente sofreram uma overdose de adrenalina com a chegada de Vicious. A versão de "God Save The Queen" apresentada em "Spunk" é um belo exemplo de como Vicious injetou uma dose de eletricidade na banda que, até então, era até meio "moderadinha" para os padrões do gênero.

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Atenção para "No Fun", um bem-sacado cover não-editado dos Stooges. Aquilo NÃO PARECE Sex Pistols! A não ser a partir de sua metade, quando aparentemente o baterista Paul Cook enfiou a baqueta na tomada, levou um choque e despirocou... e Rotten começa a gritar como um doido...

Num saldo geral, "Spunk" não foge à regra da discografia da banda. Trocando em miúdos, é um álbum para fãs e ponto. Se você é adepto do som dos Sex Pistols, você se sentirá na pele de um espectador convidado de uma jam session e, vamos lá, a gente sabe como isto é delirante. Não é, contudo, um disco fundamental para qualquer um que curta punk-rock em sua essência. Serve mais como uma espiada curiosa nos bastidores do início de uma era de ouro na música britânica. Ah sim, e o Johnny Rotten é o maior legal! Ele certamente compareceu mamado à gravação destas demos! Novidade, não? ;-)

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Line-up:
Johnny Rotten - Vocais
Steve Jones - Guitarra
Paul Cook - Bateria
Glen Matlock - Baixo ('75/'77)
Sid Vicious - Baixo ('77/'78)

Tracklist:
1. Seventeen
2. Satellite
3. Feelings (No Feelings)
4. Just Me (I Wanna Be Me)
5. Submission
6. Nookie (Anarchy in the U.K.)
7. No Future (God Save The Queen)
8. Problems
9. Lots of Fun (Pretty Vacant)
10. Liar
11. Who Was It (EMI)
12. New York (Looking for a Kiss)
13. Anarchy in the U.K. (Denmark Street Demo July '76) - BONUS TRACK
14. Pretty Vacant (Denmark Street Demo July '76) - BONUS TRACK
15. No Fun (Unedited Version October '76) - BONUS TRACK

Gravadora:
Dynamo Records

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