O rockstar dos anos 1970 que voltará ao Brasil após 34 anos: "Show longo e pesado"
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de outubro de 2025
O pós-punk nasceu da rebeldia do punk, mas seguiu por caminhos mais sombrios, experimentais e ousados. Entre os nomes que definiram o gênero, um se destaca por ter vivido intensamente as duas fases da revolução musical britânica: John Lydon, o eterno Johnny Rotten do Sex Pistols, que também comandou o Public Image Ltd (PiL), banda essencial para entender a sonoridade e a atitude da virada dos anos 1970 para os 1980. Após mais de três décadas de ausência, o grupo retorna ao Brasil em 2025.
A apresentação única acontece no dia 8 de abril, no Terra SP, em São Paulo. O show é uma produção da Marati, empresa do jornalista e produtor André Barcinski em parceria com Leandro Carbonato. Segundo Barcinski, em vídeo no seu canal, o PiL era um sonho antigo: "Estamos há anos tentando trazer o Public Image pro Brasil - e finalmente conseguimos", afirmou em vídeo divulgado nas redes. A banda não se apresenta no país desde 1992, quando fez um show histórico no antigo Palace, também na capital paulista.

A volta de Johnny Rotten ao Brasil
O Public Image Ltd nasceu em 1978, logo após o fim do Sex Pistols. Lydon, cansado das amarras e da manipulação do empresário Malcolm McLaren, decidiu criar algo novo. Ao lado de Keith Levene (ex-The Clash) e Jah Wobble, o vocalista lançou o disco "First Issue", que rompeu de vez com o punk tradicional e ajudou a moldar o som do pós-punk - frio, hipnótico e carregado de ironia. No ano seguinte, a banda lançou "Metal Box", obra-prima experimental que influenciou artistas como Thurston Moore (Sonic Youth), Moby e Flea (Red Hot Chili Peppers).
A turnê que chega ao Brasil marca também um momento pessoal delicado na vida de Lydon. O músico perdeu recentemente sua esposa, Nora Forster, companheira por mais de 50 anos, e seu amigo de infância e assistente de longa data, Rambo. Mesmo abalado, o vocalista escolheu continuar na estrada. "Ele pensou em parar, mas achou que ainda tinha muita lenha pra queimar", contou Barcinski. O PiL segue com o guitarrista Lu Edmonds, parceiro de Lydon desde os anos 1980, e promete um espetáculo intenso.
No repertório, o grupo deve equilibrar músicas novas e clássicos que marcaram a trajetória da banda, como "Rise", "Religion", "Anna Lisa" e "This Is Not a Love Song". Barcinski adianta: "Vai ser um show longo, pesado, daqueles em que o público sai extasiado. Os últimos shows têm durado quase duas horas". De acordo com o produtor, Lydon tem demonstrado energia e emoção renovadas nos palcos, transformando a dor em performance - algo que sempre caracterizou sua arte.
Ícone do punk e criador do pós-punk, John Lydon continua sendo uma das figuras mais complexas e provocadoras da história do rock. "A palavra 'ícone' é usada com exagero, mas pra ele é totalmente adequada", disse Barcinski. Polêmico, contestador e genial, o vocalista britânico volta ao Brasil disposto a mostrar que o espírito rebelde dos anos 1970 ainda pulsa - agora com a maturidade de quem sobreviveu a tudo.
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