Resenha - Return Of The Champions - Queen + Paul Rodgers
Por Rafael Carnovale
Postado em 23 de novembro de 2005
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Quem acreditou que após a morte de Freddie Mercury, os remanescentes Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria) não iriam usar mais o nome Queen se enganou profundamente (exeção feita ao baixista John Deacon). Passados 14 anos da morte de Mercury, e inúmeras coletâneas, DVDs, participações especiais, e após muitas especulações sobre quem iria cantar na banda (George Michael, Elton John e Jeff Scott Soto foram alguns dos nomes), eis que o duo May / Taylor volta a ativa com o nome de "Queen plus Paul Rodgers", tendo como vocalista o carismático líder do Free / Bad Company. Inicialmente pensava-se que o trio iria apenas tocar músicas do Queen, mas na verdade até que eles mantiveram o respeito pela memória de seu eterno vocalista, a começar pelo nome, que mostra que Rodgers, por mais que seja talentosíssimo, jamais poderá ocupar oficialmente o posto de um dos maiores (senão o maior) "frontmans" do rock and roll.

Sabe o termo "jogo ganho"? Este se encaixa perfeitamente ao conteúdo deste DVD (lançado inicialmente em CD duplo). 29 músicas, a maioria do Queen, e alguns números da carreira de Rodgers, interpretados com competência ímpar pela banda, que é acompanhada por Spike Edney nos teclados, Jamie Moses na segunda guitarra e Danny Miranda no baixo (o titular do posto John Deacon não quis participar desta empreitada). Juntos, eles percorreram a Europa numa série de shows super-lotados, com muito sucesso. A apresentação filmada ocorreu em Sheffield, em 9 de maio de 2005.
Rodgers inicia os trabalhos sozinho em "Reaching Out", mas rapidamente May e Taylor juntam-se a ele para "Tie Your Mother Down", "I Want To Break Free", "Fat Bottomed Girls", "Another One Bites The Dust" e "Crazy Little Thing Called Love". É revigorante ouvir estes clássicos novamente, interpretados por alguns dos músicos que os criaram e gravaram. Acerca de Rodgers, ele desempenha com competência seu papel, não imitando Freddie Mercury em nenhum momento, o que pode até soar estranho em algumas músicas, mas mostra o respeito que o vocalista mantém pelo eterno ídolo que imortalizou o rock com seu jeito único de ser e se apresentar.
Neste momento ocorre um fato inusitado no DVD: Rodgers sai de cena e várias músicas são executadas com May e Taylor se revezando nos vocais: enquanto Taylor se dá muito bem em "Say It´s Not True", "Let There Be Drums" (eita batera porreta!), "I´m In Love With My Car", "These Are The Days of Our Lives" e sua cria "Radio Ga Ga" (ótima execução por sinal), May emociona a platéia com "Love Of My Life", sozinho no violão (faltava Mercury para lhe complementar), uma versão acústica de "Hammer To Fall" e "Last Horizon".
Paul volta a cena para a execução de números seus, como "Feel Like Making Love" e "All Right Now", enquanto que o grupo completo arrasa em "Bohemian Rhapsody", "I Want it All", "The Show Must Go On" (mas falta o clima emocionante de Freddie Mercury) e encerram com chave de ouro com o trio "We Will Rock You", "We Are The Champions" e "God Save the Queen". De bônus, uma linda versão de "Imagine" (John Lennon), gravada no Hyde Park, em Londres, em memória ás vítimas dos atentados de 7 de julho na capital inglesa.
Uma estrutura suntuoso e com uma ponte que vai até o meio do palco, e um jogo de luzes eficiente completam o grande espetáculo aqui mostrado. Um show forte, firme e coeso, que realmente é digno de levar o nome Queen. Um DVD sem extras, mas com uma apresentação muito convincente.
Fiquei em dúvida se daria ou não a nota máxima para este produto, pois a palavra "oportunista" não saía de minha cabeça (afinal May não conseguiu emplacar nada de relevante em sua carreira solo, apesar de ter lançado o excelente "Another World", e Taylor nada fez também). Mas tirar o 10 deste produto seria injusto, já que o único elemento que faltou para a perfeição do evento estava assistindo tudo lá de cima: Freddie Mercury.
Site Oficial:www.queenpluspaulrodgers.com
EMI – 2005 (Nacional)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
Em publicação sobre "Rebirth", Angra confirma Alírio Netto na formação atual
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Membro abandonado pela própria banda é salvo por financiamento coletivo
As três bandas clássicas que Jimmy London, do Matanza Ritual, não gosta
Roger Waters presta homenagem a Marielle Franco em nova faixa
Adrian Smith e a volta ao Maiden: "queriam o Bruce e já tinham dois guitarristas"
Metallica: Jason Newsted, 14 anos de humilhação
O álbum punk favorito de Joey Ramone, o disco que ele levaria para uma ilha deserta

Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
Queen considera retornar aos palcos com show de hologramas no estilo "ABBA Voyage"
O cantor que Robert Plant admite que nunca conseguiu igualar
As 50 melhores bandas de rock da história segundo a Billboard
A razão que fez Freddie Mercury se recusar a tocar clássico do Queen: "Som horrível"
30 clássicos do rock lançados no século XX que superaram 1 bilhão de plays no Spotify
A música do Queen que Freddie Mercury só tocava no "piano errado"
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



