RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Josh Homme considera mortes de Ozzy Osbourne e David Bowie "poéticas"

Rob Halford gostaria de gravar álbum cantando músicas de Tony Bennett

O hit do The Police em que eles copiaram a fórmula de "Hey Jude", dos Beatles

David Ellefson, ex-Megadeth, diz que faz uma pequena oração antes dos shows

Slash confirma novo álbum com o Myles Kennedy & The Conspirators

O hit de Paul McCartney com duplo sentido: "Vai ver estava fumando demais nessa época"

Cinco notícias que abalaram o mundo do heavy metal em 2025

A bizarra história que envolve velhinhos num bingo, borboletas, banheiro e Kiko Zambianchi

Page revela o cantor que considerava melhor que Plant; "nunca o ouvi cantar uma nota errada"

Kittie anuncia lançamento do EP "Spit XXV" para setembro

O dia que Ozzy chamou Dio de infantil após ele recusar convite para show do Black Sabbath

Fãs enchem última postagem de Brent Hinds de mensagens carinhosas

Judas Priest lançará versão de "War Pigs" com vocais de Ozzy Osbourne e Rob Halford combinados

A banda que foi batizada após quase destruírem ponto turístico brasileiro de 1743

O subgênero que mesmo com "muita porcaria" fez revolução no rock, segundo Phil Collins


Gothan
Stamp

Resenha - Nothing Is Easy: Live At The Isle Of Wight - Jethro Tull

Por
Postado em 25 de maio de 2005

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

A primeira preocupação que me veio à mente ao fazer o review de um álbum desse tipo é: "como vou transformar em palavras uma atuação dessa magnitude?" E quando você se dá conta que a musicalidade, a interpretação e a potência deste Jethro Tull ao vivo é simplesmente inefável só lhe resta dar uma gostosa gargalhada e prosseguir o trabalho sem maiores preocupações.

Jethro Tull - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

É fácil distinguir excelentes bandas de gênios da música: os gênios são aqueles que fazem você ter plena certeza de que são os melhores do mundo naquele momento, que monopolizam seus sentidos e sua atenção de forma tão avassaladora que sua mente fica impregnada indestrutivelmente da superioridade daquele conjunto. E isto o Tull faz de modo deveras eficaz, juntando-se ao panteão de "intocáveis" da época: eles, Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, The Who, Pink Floyd, Ten Years After, dentre outros. Todos com esta qualidade singular que os permite serem mencionados sob a alcunha de gênios.

O tradicionalíssimo festival da Ilha de Wight, continha em sua edição de 1970 grandes feras da música (Jimi Hendrix, The Who, Moody Blues...), e entre estes o Tull já estava na vanguarda, mesmo com apenas três anos de estrada e três álbuns lançados (época boa essa) – "This Was" de 68, "Stand Up" de 69 e o recém saído "Benefit" de 70. Deixando o mundo a seus pés em virtude da originalidade e intensidade de suas composições e claro, ao fator chave que era a bombástica presença da flauta transversal de Ian Anderson.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

E o próprio adverte no encarte deste cd que não há rock progressivo aqui, apenas o frenético e entusiástico rugido dos instrumentos. Simplismo à parte, é verdade que a energia do álbum é extremamente visceral e nada aqui é prolixo. Naturalidade, espontaneidade, técnica, competência, peso, mágica...tudo conjugado numa apresentação absolutamente orgástica.

O começo fulgurante com "My Sunday Feeling" abre espaço para a primeira aparição de "My God", vindo ao mundo de forma inédita no festival e que estaria somente na masterpiece "Aqualung", lançada um ano depois. "With You There To Help Me" vira todos os holofotes para o monstro John Evan, fazendo barbaridades com seu instrumento. E durante "To Cry You A Song" entendemos perfeitamente porquê os shows de rock eram chamados nesta época de concertos: a sinfonia divinal de guitarras distorcidas aliada à completa simbiose dos músicos a seus instrumentos, tudo numa entrega total ao espetáculo e impregnado da alma de cada um, ajudados por um período histórico único para a música pesada acabava originando composições transcendentais como esta e a bem da verdade, como todas desta bolachinha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

"Bourée", música de J.S. Bach re-arranjada por Anderson, contém todo o delírio sensitivo que você puder imaginar de um gênio interpretando outro.

"Dharma For One" apresenta Clive Bunker em um solo de bateria fe-no-me-nal, que não é mero exercício atlético, mas tem sentimento, contexto, completude e razão de existir, ele é a expressão natural do êxtase provocado pela composição executada.

O final com "Nothing Is Easy" e o medley de "We Used To Know"/"For A Thousand Mothers" é a celebração última da mistura sublime de folk, rock e blues destes ingleses, além de ser o clímax do concerto.

O momento estava tão propício e inspirado que o Jethro Tull iria lançar, apenas durante a década de 70, no mínimo 8 obras primas do rock (basta conferir a discografia para corroborar esta afirmação).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

"Live At The Isle Of Wight" faz-me querer quebrar o protocolo, dar uma nota acima de 10 seria perfeitamente cabível, mas isto torna-se desnecessário ao perceber que estamos lidando com deuses do rock n' roll. Tanto meu lado fã quanto meu lado crítico (que se completam numa simbiose harmoniosa e consciente) dizem-me que este álbum é um pouquinho além de histórico e perfeito. Que bom que assim seja, posso dormir tranqüilo, sem medo de cometer excessos. E acreditem meus amigos, sonhar com as levadas surreais de Ian Anderson não é nada mal! Comprem, porque momentos como esse são indubitavelmente impagáveis.

Um dos melhores ao vivo de todos os tempos.

Formação:
Ian Anderson (Vocal/Flauta/Violão Acústico)
Martin Barre (Guitarra)
Glen Cornick (Baixo)
Clive Bunker (Bateria)
John Evan (Teclado)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Site Oficial: http://www.j-tull.com

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


70000TonsOfMetal


publicidadeRogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
Mais matérias de Maurício Gomes Angelo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS