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Resenha - Our Cross, Our Sins - Rondinelli

Por Ben Ami Scopinho
Postado em 07 de maio de 2005

Nota: 7 starstarstarstarstarstarstar

Os apreciadores de rock pesado dos anos 70 e 80 devem lembrar-se de Bobby Rondinelli, excelente baterista que passou por bandas importantíssimas como Black Sabbath, Rainbow, Doro, entre várias outras. Em "Our Cross – Our Sins", Bobby se junta com seu irmão e guitarrista Teddy Rondinelli, com o baixista Neil Murray (Black Sabbath, Whitesnake, Gary Moore) e o vocalista Tony Martin (Black Sabbath) e desta reunião de dinossauros resultou um registro bem interessante, lançado originalmente em 2002 e chegando somente agora ao mercado brasileiro.

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E parece que a família Rondinelli vive realmente da música, pois este disco traz ainda participações da irmã Dorothy e do pai Robert Rondinelli, ambos nos teclados, sendo ainda que o paizão aí dá uma força na composição de duas canções. A sonoridade é obviamente bastante calcada no rock´n´roll pesado e clássico com ligeiros flertes de blues, pois a formação que toca neste projeto é toda desta geração.

O álbum contém realmente bons momentos em suas canções simples e muito bem desenvolvidas. Teddy tem realmente intimidade com seu instrumento, nos fornecendo bons riffs e solos de guitarras, e o trabalho de bateria só poderia ser de primeira linha. Tony Martin não tem jeito, ainda continua querendo soar como Dio e, apesar de suas limitações neste aspecto, também tem um bom desempenho. Já Neil Murray se encaixa totalmente na velha frase: "a experiência vem com a idade". O que essa fera está tocando é brincadeira!

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Pois bem, até aqui o leitor deve estar pensando "Pô, este disco deve estar ótimo!"... Bom, nem tudo são maravilhas, infelizmente. As composições são realmente muito boas, mas há um pequeno problema. Algo deve ter acontecido no estúdio, não é possível. A mixagem ficou um pouco desequilibrada, pois a caixa da bateria soa relativamente mais alta do que os outros instrumentos. A guitarra-base está baixa, abafada mesmo. E alguns vocais de fundo ficaram literalmente lá no... fundo.

E é realmente uma pena, pois isso prejudica um pouco o que poderia ser uma ótima audição. Mas ainda assim destaca-se "Naughty Dragon" e "Midnight Hour", com uma ótima performance de todo o conjunto. A introdução de bateria em "It’s A Lie" é empolgante, assim como a sabbathica "The Meaning Of Evil", a mais pesada do álbum.

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RONDINELLI - Our Cross - Our Sins
(2002 / 2005 – Distribuído por Big Rock Music)

1. Naughty Dragon
2. Dawn
3. It’s A Lie
4. The Meaning Of Evil
5. Midnight Hour
6. Find The One
7. Bulls Eye
8. Time
9. Our Cross - Our Sins

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Sobre Ben Ami Scopinho

Ben Ami é paulistano, porém reside em Florianópolis (SC) desde o início dos anos 1990, onde passou a trabalhar como técnico gráfico e ilustrador. Desde a década anterior, adolescente ainda, já vinha acompanhando o desenvolvimento do Heavy Metal e Hard Rock, e sua paixão pelos discos permitiu que passasse a colaborar com o Whiplash! a partir de 2004 com resenhas, entrevistas e na coluna "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás".
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