Resenha - Soybonilla - Soybonilla
Por Sílvio Costa
Postado em 20 de dezembro de 2004
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Brasília foi particularmente relevante para o rock nacional durante a década de 1980 e início dos 90. Depois disso, permaneceu o rótulo de "capital do rock", mas o cenário estava muito diferente, com pouquíssimas bandas com alguma projeção nacional. As que conseguiram, faziam algo que estava um pouco longe daquele som típico da cidade. O Soybonilla segue a tradição dos grupos brasilienses dos anos 80 e tem tudo para reverter o quadro de marasmo que domina a cena do Planalto Central apostando na ousadia e na falta de limites para criar boa música, acima de tudo. Em linhas gerais, trata-se do mesmo som que dominava o underground brasiliense bem no início, mas reciclado com idéias novas e, musicalmente, muito mais denso. Preste atenção a esta banda de nome esquisito.

Flertando com o rock alternativo, MPB, bossa nova, pop radiofônico, tudo isso com muita personalidade, esse quarteto criou temas que são marcados pela suavidade do vocal de Marconi Fernandes e pelos arranjos de muito bom gosto. Se for para fazer comparações (sempre esdrúxulas, mas necessárias), o Soybonilla parece uma mistura de Los Hermanos com Cardigans, ou de Legião Urbana com os bons tempos do Kid Abelha (sim... eles já foram bons... tem quase vinte anos, mas já aconteceu). As composições misturam português e inglês e os temas giram em torno de frustrações amorosas e o cotidiano da juventude. Parece até manjado demais e talvez até seja, mas não deixa de ser legal por isso. No meio da acefalia que domina o cenário pop/rock no Brasil, é alentador ouvir uma banda que sabe usar bem as palavras e se preocupa em escolher temas minimamente relevantes e não apenas soltar meia dúzia de palavrões para garantir presença nas premiações da TV.
Situar musicalmente o Soybonilla não é tarefa das mais fáceis. "The Heart Song" me fez lembrar a bossa de Light my Fire do Doors. Muita bossa também em "Laurita", que tem a cara da Maria Rita e é a mais MPB do disco. "Ocupada" tem uma batida de bossa no começo, mas acaba se transformando num rock suave, tipo Legião Urbana. As faixas conseguem passear de Radiohead a Elis Regina com uma facilidade incrível.
Tem problemas? Sim. O maior deles é o instrumental vacilante, que, entretanto, não chega a comprometer. A gravação, apesar de apresentar excelente qualidade, podia ser ainda melhor se a banda usasse alguns "truques" para encobrir alguns problemas, especialmente na voz de Marconi Fernandes. Não é que ele seja terrível. Como eu disse antes, a voz dele é suave e se encaixa perfeitamente na temática escolhida pelo grupo. Entretanto, ele não é um grande cantor e o fato de sua voz ter ficado muito mais alta que o restante dos instrumentos prejudicou um pouco o resultado final.
Pode até parecer pedantismo pseudo-intelectual, mas o som do Soybonilla agrada justamente pela simplicidade e pela leveza, mas, principalmente, pela inteligência dos arranjos e das letras.
BANDA:
Rafael Cavalcanti – Bateria
Marcelo Pontes – Baixo
Raphael Cunha – Guitarra, voz
Marconi Fernandes – Voz, guitarra
CONTATOS
Internet: www.soybonilla.com
[email protected]
(61) 349-8145 – Rafael
(61) 5689347 – Marconi
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden confirma segundo show da "Run For Your Lives Tour" em São Paulo
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O disco que os Beatles chamaram de o maior álbum já feito; "imbatível em muitos sentidos"
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
Como um telefonema permitiu a participação do Twisted Sister no Bangers Open Air
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
O que diz a letra da clássica "Roots Bloody Roots", segundo Max Cavalera
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
Rock in Rio: algumas das maiores vaias em edições nacionais
A canção do The Smiths que, para Johnny Mars, "só a gente pode tocar"
As bandas que não têm nenhuma música ruim, segundo o crítico musical Regis Tadeu

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



