Resenha - Acústico MTV - Engenheiros do Hawaii
Por Anderson Nascimento
Postado em 08 de novembro de 2004
Mais um acústico Mtv, com certeza será também mais um projeto super bem sucedido, um disco que vai vender pra caramba (já sai com 100.000 cópias), ser pirateado pra caramba (antes do lançamento já estava nos camelôs da cidade), tocar pra caramba (o single Vida Real está bombando nas rádios) e agenda de shows lotada (basta conferir no site oficial), e enfim, um grande presente aos fãs.
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Volto a dizer que o acústico sempre vale a pena quando traz coisas novas, quando as músicas são recriadas, como o caso dos Acústicos do Ira!, cheio de coisas bacanas, e agora o dos Engenheiros, bem diferente de acústicos como os do Kid Abelha e Cidade Negra.
É realmente impressionante a capacidade do Humberto de desconstruir suas canções e recriá-las em tão pouco tempo. Aos nossos olhos (ou ouvidos) até parece uma coisa fácil, pois quem acompanha as apresentações dos Engenheiros percebem a forma camaleônica assumidas pelas músicas do Humberto, que mudam de ritmo, letra e peso em um piscar de olhos.
Nesse estilo seguem os clássicos "O Papa é Pop", agora uma canção folk, "Infinita Highway", mais curta e altamente viajante, virou um misto pop-prog-br101, "A revolta dos Dândis", mais gaita, mais folk.
O grande lance deste acústico é que Humberto revisita seus 20 anos de carreira, passando por quase todos os discos, incluindo a fase Gessinger trio e os três últimos discos de estúdio, o que nos leva a acreditar que deve ter sido muito difícil para o Humberto escolher o repertório. Por falar sobre os três últimos discos, é exatamente de lá que saíram cinco músicas, incluindo "Surfando Karmas e DNA", que abandona o peso e ganha uma versão muito mais relax e "Dom Quixote", clássico do disco "Dançando no Campo Minado", que passou meio despercebida, e que ganhou junto com a primeira um arranjo com orquestra. "3x4", é também uma surpresa, abandonou a versão simplória do "Tchau Radar", para ganhar uma versão mais rápida e animada, com direito a gaita e acompanhamento frenético do público, é uma das melhores do disco.
No quesito participação especial, Humberto foge do padrão Acústico Mtv, convidando apenas gente de casa - o fundador e membro da formação clássica, Carlos Maltz, matando de uma só vez a participação especial e regravação, com a (linda) música "Depois de Nós", e a sua filha Clara "Parabólica" Gessinger, cantando muito bem a música "Pose", numa versão limada da música do clássico disco "GLM".
As inéditas são "Armas Químicas e Poemas", que parece ter saído direto do disco "Dançando no Campo Minado" - "...onde estavam as armas químicas?..." - e "Outras Freqüências", traz também orquestra e é candidata a hit, a música parece falar sobre a própria banda - "seria mais fácil fazer como todo mundo faz, o caminho mais curto, produto que rende mais (...) um tiro certeiro modelo que vende mais".
Enfim, em seu segundo acústico, quarto ao vivo, em 20 anos de carreira, Humberto divide-se em violão, gaita, bandolim e piano, acompanhado de uma excelente banda, para mostrar a história da banda e a sua própria história.
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