Resenha - Twilight - Erben der Schöpfung
Por Bruno Coelho
Postado em 06 de junho de 2004
Nota: 5 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Recentemente, a voz de uma certa "alemãzinha bonitinha" tomou de assalto o gótico mundial e colocou a nossa conhecida Tarja Turunen contra a parede. O nome da tal alemãzinha é Sabine Dünser. Bom, o que estou dizendo aqui nem é minha opinião pessoal, foi só o que li por revistas e websites. Para mim a Sabine não é tão boa quanto Tarja.

Pois bem, como estava dizendo, todo mundo falando na tal Sabine e de sua nova banda: Elis. Antes de lançar seu primeiro álbum a banda chamava-se Erben der Schöpfung (EdS-fica mais fácil!) e era composta de apenas três músicos: Sabine, Oliver Falk (sintetizadores), Pete Streit (guitarras/baixo). Como dá pra notar o EdS era mais um projeto do que realmente uma banda, afinal como é que o tal do Pete ia tocar guitarra e baixo ao mesmo tempo no palco? E quem tocaria a bateria? A Sabine? Ou será que iam botar baterias sequenciadas no sintetizador? Utilizar samples para dois instrumentos por um show inteiro ia ficar feio, não é? O que eles fizeram? Chamaram mais músicos para se juntar a eles e trocaram esse nome complicadíssimo pro mercado mundial por um bem mais fácil: Elis - que aliás é o nome da primeira faixa deste disco.
Bom... o disco não me agradou. Gosto de góticos vigorosos como o do Sentenced, Nightwish, Within Temptation... O que notamos é mais um techno gothic, electro dark ou qualquer coisa do tipo. Sintetizadores demais, bateria sequenciada e vááááárias passagens totalmente dance/techno. Aí não dá, né? Já não me basta o The Gathering ter ficado como ficou só pra me entristecer (bom, nem tanto) ainda me fazem ficar hiper curioso para escutar a tal da Sabine e ter que agüentar techno nos meus tímpanos metálicos? Pô!
As músicas do álbum do EdS são cantadas em alemão e em inglês, outra coisa que também não me agradou muito já que de alemão não entendo nada! É verdade que a Sabine é uma vocalista fantástica e isso está transparente no álbum (que técnica!) mas as letras, pelo menos para mim, são parte tão essencial de um disco que acabei sendo afetado por 4 delas estarem em alemão.
Os outros instrumentos são competentes! Dá pra notar que tanto Pete, quanto Oliver(principalmente este último, que é de fato talentoso) sabem o que estão fazendo. Observem bem que uso a palavra competente, já que brilhantismo não é bem o ponto forte aqui.
Ressaltei Oliver pelos sintetizadores pois o cara fez um trabalho realmente digno de nota, mas as guitarras não passam do arroz-com-feijão necessário para quadrar um músico como competente. Minimalismo em estado bruto. Solos de guitarra? Nenhum! Como disse antes, nada do vigor de um Sentenced ou de um Nightwish.
A bolachita começa bem com "An den Knaben Elis", descamba prum techno puxado pro gótico em "Sleep and Death"; continua com a até razoável e bem mais dinâmica "By My Side", com uma Sabine vibrante e menos melancólica, apesar da bateria sequenciada mais uma vez ter me deixado enjoado; passa pela mais pesada e melhor do álbum - "Eine Rose für den Abschied" que possui bem menos toques electro/techno que as outras e o álbum segue nesse rumo.
Daí pra frente as coisas só se repetem: melancolia simples nos teclados e nos vocais masculinos de "Niemand kennt den Tod" que cai numa levada bem industrial, porém em mid-tempo (nada que tenha o Killing Joke ou o Ministry como maior referência). "My Star" não foge do esquema da primeira faixa - estrutura simples, tempo de bateria que sobe até o refrão e cai na calmaria de novo... apesar disso notamos o belo trabalho dos sintetizadores (tenho que admitir), além de uma Sabine mais solta e mostrando o que sabe fazer de melhor: soar como uma fada enquanto o instrumental tenta fazer algo que possamos enquadrar como música de bom gosto.
As três últimas faixas: "Ade", "Alone" e mais uma com um títulozinho alemão ordinário - "Doch sie wartet vergebens" prolongam meu sofrimento mais um pouco - a vontade de sacar o álbum do cd player quase me sufoca quando Sabine não canta e a guitarra some! Fica só o sintetizador e a batida tecno... ARGH!
Enfim... a banda não é das piores. Mas é exatamente o tipo de gótico que prefiro não ter que ouvir novamente em minha vida. Estou sendo justo com a qualidade da Sabine e do tecladista Oliver, mas essa guitarra minimalista e semi-ausente quase que me mata!
Fãs de Theatre of Tragedy podem se engraçar pelo álbum e quem gosta de Atrocity também... aliás, pra quem não estava sabendo, Oliver e Pete fazem parte desta banda... mas para mim isso aquí é um purgante! Não é que seja ruim, só que este tipo de som simplesmente deve ser evitado por quem gosta de guitarras e não é chegado a batidas tecno e sintetizadores que comandam melodias.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os 11 melhores álbuns de metal progressivo de 2025, segundo a Loudwire
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
We Are One Tour 2026 anuncia data extra para São Paulo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O dia que hospital dos EUA julgou que RPM não tinha grana e Paulo Ricardo mostrou fortuna
Santana lista suas bandas preferidas de rock pesado e heavy metal
Heavy Metal: os dez melhores álbuns lançados em 1992


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



