Resenha - Hellig Usvart - Horde
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 29 de março de 2004
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Só encontro paralelos naquilo que significa o Horde para o metal extremo cristão naquilo que fez o Hellhammer em idos dos anos 80. Assim como o antagônico grupo citado fez, o Horde desencadeou uma verdadeira explosão na cena death e black dentro do cristianismo.

A gravação nos dois casos é tosca, a técnica baixa, os riffs simplórios e o vocal nos remete justamente à fundação do estilo, frases vociferadas rapidamente de maneira ininteligível num timbre de voz que alcança o máximo do sombrio e macabro.
Este disco foi gravado, executado, concebido, mixado, produzido, distribuído e carimbado por um único integrante, que naquela época auto-denominava-se simplesmente de Anonymous. Logo depois viríamos a saber que toda essa insanidade chamada "Horde" tinha saído da mente do grande Jason Sherlock, ex-baterista do Mortification e Paramaecium.
Não é à toa que se torna fácil perceber que a bateria é de longe o instrumento executado com a maior precisão e técnica de todo álbum. Grande baterista que é, Jason realmente caprichou aqui; cavalgadas, viradas e pegadas magistrais são a marca registrada do kit no decorrer do petardo. As guitarras seguem o clássico timbre soturno, agonizante e "abelhudo" que lhe é peculiar.
O remédio para a tosquice é a alma, o coração, a vontade, ciência e autoridade com que tudo é feito. Jason parece não ter se saciado por gravar os melhores álbuns do Mortification e fazer grandes obras com o Paramaecium, ele é definitivamente um sujeito nascido e obstinado a fazer história, inovar e instigar, e no campo estritamente pessoal, o "Horde" deve ser seu maior orgulho.
As letras são o mais forte aqui. Assim como todo black metal que louva a Satã de maneira declarada e extrema, o Horde faz o mesmo, só que declarando mais do que abertamente a vitória de Jesus Cristo sobre Satanás e seus discípulos e toda a fúria da guerra espiritual travada durante séculos e séculos. Basta olhar o título de algumas músicas como "Invert The Inverted Cross" ou "Weak, Feeble, Dying, Antichrist" para ver que brincadeira e mensagens sutis não são o forte de Jason. E ainda bem que é assim, porque a partir disso, a partir dele, viu-se que era sim possível e necessário alguém combater de maneira tão ou mais extrema o que as bandas satânicas estavam fazendo no mundo.
Jason certamente concebeu este projeto com este objetivo (já que este álbum de 1994 foi o único lançado e projetado para isso), portanto o despertar nos milhares de cristãos que estavam adormecidos e receosos de demonstrar sua fé com toda força possível foi o que faltava, encontrando no Horde sua inspiração inicial, gerando mais e mais bandas que praticavam death e black em nome de Deus. Desse dia em diante Lúcifer nunca mais ficou tranqüilo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
Max Cavalera diz ser o brasileiro mais reconhecido do rock mundial
A categórica opinião de Regis Tadeu sobre quem é o maior cantor de todos os tempos
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
O maior baixista de todos os tempos, segundo o lendário produtor Rick Rubin
Pior parte de deixar o Sepultura foi o afastamento de Iggor, diz Max Cavalera
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Guns N' Roses confirma novo local para show em Porto Alegre
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
Os 50 melhores discos de 2025, de acordo com a Metal Hammer
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


