Resenha - Rage of Creation - Rob Rock
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 05 de setembro de 2003
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Quem poderia imaginar que a longa parceria de Rob Rock e Chris Impellitteri poderia acabar? Pois é, quase ninguém, mas a inesquecível trajetória dos dois capitaneando o Impellitteri por mais de 10 anos e lançando álbuns maravilhosos em seqüência tinha chegado ao fim.

Provavelmente o estilo de composição da banda, inegavelmente voltada para as guitarras de Chris com seu modo próprio de tocar e compor, fazendo com que Rob se desdobrasse nas melodias vocais, tenham cansado o vocalista a ponto de este se decidir pela carreira solo.
Na sua já longínqua entrevista para o Whiplash!, ele já tinha demonstrado uma grande vontade de fazer isso. Segundo suas palavras: "Estou esperando e orando pela chance e momento certo para fazer um álbum solo desde a turnê promocional do "Screaming Symphony" no Japão (...),tenho algumas excepcionais composições que nunca ninguém ouviu e que gostaria que meus fãs ouvissem. Escrevi várias canções com Roy Z e nós sempre preocupamo-nos primeiramente com a música e os vocais. Acho que ótimas músicas fazem um disco grandioso e seria ótimo fazer um álbum escrito prioritariamente para minha voz.
Sua vontade não demorou a se concretizar, no mesmo ano em que saiu do Impellitteri (2000), o vocalista logo tratou de montar sua banda para a gravação de seu álbum solo, e seu amigo Roy Z (guitarrista e produtor) foi imediatamente procurado e teve um papel muito importante, tanto no processo de composição, quanto na produção, perfeita por sinal.
Rage of Creation foge do estilo de sua antiga banda principalmente no que se refere ás guitarras (surpresa?) e também em suas linhas vocais mais livres e poderosas, com músicas que dão toda a liberdade para Rob mostrar todas suas facetas, tons e variações, um palco montado especialmente para ele desfilar toda sua potência e talento.
E o que temos á partir disto é fabuloso, um heavy metal limpo, pesado, de riffs inspiradíssimos e solos diretos, "na veia", cavalgadas que lembram muito o Iron Maiden, refrões marcantes, em suma, uma música com muito feeling e emoção(vide Streets of Madness e In The Night), sem exageros e perfeitamente interpretadas por um dos melhores vocalistas do metal na atualidade, se você pouco se impressionou com sua participação no projeto Avantasia, este álbum é recomendadíssimo, porque antes de mais nada é o seu show particular.
Roy Z também é outro grande destaque, seus riffs certeiros e criativos dão o pano de fundo perfeito para a voz de Rob, esses caras realmente sabem o sentido de trabalhar em conjunto, tudo está muito bem encaixado e costurado, sem deslizes e lacunas, dando as músicas uma consistência bem interessante e o melhor: recheadas de criatividade.
The Sun Will Rise Again, Judgment Day, Media Machine, Never Too Late, todas são ótimos exemplos de heavy metal do mais alto gabarito, riffs, solos e levadas memoráveis de guitarra, refrões grudentos, cozinha precisa e uma voz fora do normal.
O que eles fizeram com Eagle, música do Abba, é desumano, se você não soubesse disso nem iria notar, ela poderia perfeitamente ser mais uma composição do álbum, pegaram uma música pop e fizeram dela um perfeito exemplo de pureza metálica, seus 6:25 min estão recheados de variações e criatividade, contando ainda com o melhor solo do cd.
Forever é o destaque final, uma "balada" excepcional, de um refrão inesquecível, onde Rob mostra toda a sua facilidade em alcançar tons altos e baixos com a mesma técnica e competência, solos sentimentais que fogem do trivial, um final que deixa a melhor impressão possível, de um álbum completo e verdadeiro, em que se percebe todo o envolvimento genuíno dos músicos nas composições, coisa cada vez mais escassa.
Enfim, Rob Rock mostrou que sua saída do Impellitteri foi até benéfica, e os fãs não têm do que reclamar, só aproveitar toda a inspiração e contentamento do cara em estar fazendo um trabalho do jeito que ele sempre quis.
Se você encontrar este álbum á venda aqui (em sua versão importada – que não é muito difícil), pode comprar sem hesitar, será um belíssimo adicional em sua coleção.
Formação:
Rob Rock (vocal)
Roy Z (guitarras, baixo e teclado)
Reynold "Butch" Carlson (bateria)
Site Oficial: www.robrock.com
Track List:
01 – In The Beginning
02 – The Sun Will Rise Again
03 – One Way Out
04 – Judgment Day
05 – Streets of Madness
06 – Eagle
07 – All I Need
08 – Media Machine
09 – In The Night
10 – Never Too Late
11 – Forever
Tempo Total: 48:28 min.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Guns N' Roses anuncia valores e início da venda de ingressos para turnê brasileira 2026
Megadeth anuncia mais datas da turnê de despedida
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
Fernanda Lira desabafa sobre ódio online e autenticidade: "não sou essa pessoa horrível"
Helloween cancela shows na Ásia devido a problemas de saúde de Michael Kiske
O álbum de Lennon & McCartney que Neil Young se recusou a ouvir; "Isso não são os Beatles"
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo o lendário Joey Ramone
Os dois guitarristas que são melhores que Ritchie Blackmore, de acordo com Glenn Hughes
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Rockstadt Extreme Fest terá 5 dias de shows com cerca de 100 bandas; veja as primeiras
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
"Fade to Black" causou revolta na comunidade do metal, segundo Lars Ulrich
The Troops of Doom tem van arrombada e itens furtados na Espanha
35 músicas de bandas de rock com mais de 1 bilhão de reproduções no Spotify
Max Cavalera: Os motivos que o levaram a sair do Sepultura
O astro do choro brazuca que tocou com John Paul Jones sem saber quem ele era
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva



