Resenha - El Camino Del Fuego - Rata Blanca
Por André Toral
Postado em 12 de março de 2003
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
É uma sensação indiscutível voltar a resenhar um álbum inédito do Rata Blanca! Esta banda argentina, expoente do hard/heavy no país em questão, é fantástica. Incrível como, num mundo em que muitas bandas são iguais, o Rata Blanca consegue pôr o seu hard rock a lá Rainbow e Deep-Purple para agradar aos fãs mais saudosistas do estilo.

Entrando um pouco na sua história, após uma separação que durou cinco anos, a banda se dispersou; o líder, mentor e guitarrista, Walter Giardino, montou o "Temple", bem na linha do Rata Blanca, Adrian Barilari e Hugo Bistolfi, que saíram antes, em 1995, montaram o Alianza (hard poser), e por aí vai. A questão é que, em 2001, a banda se juntou novamente, desta feita com Adrian Barilari (vocal) e Hugo Bistolfi (teclados), justamente os dois músicos que integraram a formação clássica da banda. A isso, inclui-se, obviamente, Walter Giradino (guitarra) e Guillermo Sanchez (baixo). O único que não é da formação clássica é Fernando Scarcella (bateria), quem vinha tocando no Temple, com Walter. Por falar em formação clássica, a mesma incluía Sergio Berdichevsky (guitarra) e Gustavo Rowek, que, juntos, estão tocando no "Nativos", banda que faz metal com algumas novas tendências.
"El Camino del Fuego" é uma aula de hard rock, puro, sincero, sem enrolações e direto, como nos áureos tempos do estilo. Veja o caso de "El Amo del Camino", um petardo que se assemelha muito a Deep-Purple da fase Ian Gillan, com um solo de guitarra estupendo e melódico! "Volviendo a Casa" é um clássico que está sendo muito divulgado em rádios e TV’s argentinas, com uma veia hard e um vocal de Adrian Barilari que emociona, tal é sua melodia e feeling. "La Canción del Guerrero" era uma música antiga da banda, que foi incluída aqui, mas não dá para entender porque somente agora este clássico foi apresentado aos fãs. Bem, até aqui temos verdadeiras maravilhas. Porém, existem algumas canções meio desnecessárias como "Abeja Reina", composta também por Adrian Barilari, re-lembrando seus momentos de hard poser no Alianza. E assim, também sucede com "Lluvia Purpura" que, apesar de homenagear o rock and roll, não é interessante. "Señora Furia" também faz esta homenagem, mas, assim como as duas músicas comentadas acima, integra a parte, digamos, "fria" do novo álbum. Mas para compensar, logo em seguida, temos a melhor faixa do CD, "Sinfonia Fantástica", incrivelmente arranjada, com toques clássicos, teclados espetaculares, guitarra marcante e um vocal de Adrian Barilari que arrepia. Sem dúvidas, lembra bastante os bons tempos do álbum "Magos, Espadas y Rosas", mais especificamente falando da música "El Camino del Sol". Dando continuidade, como é tradicional com o Rata Blanca, temos uma excelente balada: "Cuando la Luz Oscurece". Se trata de uma balada extremamente na linha Deep-Purple, pois tem uma incrível semelhança com "When a Blind Man Cries", e o teclado de Hugo Bistolfi soa como o de Jon Lord. "En Nombre de Dios?" é uma música que segue pelos caminhos do hard/heavy, especialmente feita para abrir shows. E para terminar o desfile de clássicos desta volta, o Rata Blanca fecha com "Caballo Salvaje", que, em tudo, lembra Ritchie Blackmore e, obviamente, o Rainbow; excelente tema!
Em comparação com seus álbuns anteriores, podemos dizer que "El Camino del Sol" fica entre "Magos, Espadas y Rosas" e "Guerreros del Arco Iris", porém existem coisas diferentes, sim. E por mais que o novo CD seja muito bom, mesmo assim a banda não superou o inigualável "Entre el Cielo y el Infierno", de 1994, gravado com o vocalista Mario Ian, um vocalista de primeiríssima linha, com sua voz a lá Rob Halford! Aliás, foi devido ao lançamento deste álbum que a banda veio ao Brasil pela segunda vez, em 1994, no Monsters of Rock. E por falar em shows, o Rata Blanca está se apresentando por toda a América do Sul e Latina, além dos Estados Unidos e Espanha, aonde desfruta de um grande sucesso. Mas no Brasil, até o momento, nada! E olha que aqui, embora não falemos o castelhano (dialeto do espanhol), tem público suficiente para apreciar esta que, sem dúvidas, é a melhor banda de hard rock das redondezas.
Boas vindas à Rata Branca e que tenhamos muitos e muitos CD’s tão honestos quanto este!
Para contactar a banda: [email protected] (empresário)
Site Oficial: www.rataweb.com.ar
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Esposa e filho homenageiam David Coverdale após anúncio de aposentadoria
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A capa do Iron Maiden que traz nove bandeiras de países envolvidos na Guerra Fria
A "guerra musical" dentro do Guns N' Roses que fez a banda se desmanchar
As duas músicas que Bruce Dickinson usa para explicar o que é rock and roll
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning
Megadeth lança "I Don't Care", faixa de seu próximo - e último - disco de estúdio
Glenn Hughes passa mal e precisa encerrar show mais cedo em Belo Horizonte
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
O guitarrista americano que fez a cabeça de Jéssica Falchi: "Eu adorava!"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
O maior vocalista de todos os tempos, segundo o guitarrista Tom Morello
O motivo pelo qual Renato Russo tinha vergonha do clássico "Tempo Perdido"
A música que Cássia Eller gravou chorando de ódio, de raiva

Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



