Resenha - Night Of The Demon - Demon
Por Rodolfo Laterza
Postado em 09 de dezembro de 2001
Nota: 9 ![]()
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Dissertar criticamente sobre representantes da New Wave of British Heavy Metal para quem a vivenciou em seu apogeu, é atingir um sentimento ambíguo de saudosismo histórico e conformismo , em que a referência nostálgica preconiza pela certeza pessoal de ter acompanhado um fenômeno cultural-musical que marcou milhões de jovens na década de 80, singularizada, entretanto, pela realidade conformista que impõe uma estrita ênfase na certeza do passado de uma era, hoje lembrada apenas pelos seguidores de outrora – muitos, mantendo apenas aquela associação distante da lembrança dos tempos de adolescência. E esse sentimento acima descrito é materializado em uma oportunidade salutar, gloriosamente assegurada pelo selo Hellion Records, ao lançar nacionalmente os álbuns do Demon, um dos grandes nomes da NWOHMB, em uma iniciativa única e exemplar.

Night of the Demon enaltece essa bateria de lançamentos. Sendo o álbum de estréia de um dos personagens mais cultuados a nível de fidelidade na cena metálica oitentista, apresenta ainda uma musicalidade fortemente fincada nas influências do grupo, com uma proximidade de estilo e postura a bandas que foram referências ao metal pós-punk oitentista – Thin Lizzy, UFO, Judas Priest. A faixa-título, bem como a clássica Fool to Play the Hard Way , exemplificam essa confluência, com uma essência enfaticamente vinculada aos melhores momentos de Phil Moog e Michael Schenker no UFO, bem como a bela Father of Time, onde é fácil observar uma notória inspiração no estilo melódico do Thin Lizzy. A crueza do som não torna o trabalho minimalista, apenas valorando a atitude de peso e honestidade na proposta musical da banda; Into the Nightmare, 3ª faixa da obra, insere-se neste contexto, com um formato simples e cativante.
O timbre de guitarra bem como a melodia dos riffs, muito bem expostos ao longo dos diversos temas, apesar de certamente soarem dentro do legado das maiores influências da NWOHMB, não primam pelo realce individualista e prolongado dos guitar-heroes do rock setentista, enaltecendo mais a musicalidade coletiva propriamente dita em harmonias bem dosadas, como em One Helluva Night, cujos riffs, trazem à tona todos aqueles ingredientes que têm a capacidade de tornar o ouvinte amante do metal clássico, um militante fervoroso em defesa do fundamentalismo tradicional deste fenômeno musical. Vale mencionar a poderosa Liar, um hino típico no estilo do metal emergente da década de 80, em que a interpretação vocal de Dave Hill concilia agressividade com senso de melodia, mantendo portanto aquele clima de emoção underground.
Aqueles que puderem ser presenteados com este conjunto de lançamentos do Demon, serão ainda brindados com bonus tracks em todos os trabalhos – neste álbum, são apresentados adicionalmente os seguintes títulos: Wild Woman, On the Road Again, Liar (em gravação original, ainda mais primorosa) e Night of the Demon (esta, remixada).
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