Resenha - Dead Heart in a Dead World - Nevermore
Por Rodrigo Simas
Postado em 15 de novembro de 2000
Nota: 10
É muito bom saber que ainda existem bandas de heavy metal que entendam o conceito da palavra heavy metal ainda nos anos 90. O Nevermore com certeza é uma das que mais entende, e traz nesse, "dead heart in a dead world" um dos discos mais pesados , e também um dos melhores lançamentos do ano 2000. Sem frescuras, ao mesmo tempo que muito trabalhado e muitíssimo bem tocado ( Jeff Loomis ,guitarra, é no mínimo um absurdo), com um peso anormal, sem deixar de lado as melodias ( mas que não aparecem em exagero, coisa muito comum hoje em dia... ) e principalmente com originalidade, punch, garra, e muita, muita energia.
Outro destaque do disco (não sei porque ainda me impressiono com isso) é Warrel dane, que desde os tempos do Sanctuary já se mostrava como um grande cantor. Hoje em dia os "agudos" do passado foram esquecidos quase na totalidade ( e quem precisa deles? ), mas o carinha continua destruindo tudo, com feeling fora do comum , cantando suas letras com uma interpretação impecável, hora com sua voz melodiosa, limpa, com técnica perfeita, hora com uma raiva e poder que poucos vocalistas conseguiriam demonstrar.
Já começamos pela capa, que traz uma imagem muito bonita, mas também sombria... que passa exatamente o clima do CD.
"Narcosynthesis" abre o álbum e parece que tudo vai desmoronar, tamanho o peso e a habilidade dos músicos. O que dizer de músicas como "Four Walls" (a cozinha composta por Van Williams, bateria, e Jim Sheppard, também ex-Sanctuary, no baixo é perfeita... e aposto que qualquer pessoa que escute o início dessa música se impressiona com o que sai dos alto falantes ), "The River Dragon Has Come" (com mais uma performance brilhante de Warrel Dane e com um riff de guitarra que não deixará nenhum pescoço parado... mais uma vez também ponto para Jeff Loomis), The Sound of Silence (p/ quem não sabe é uma cover, logicamente no estilo Nevermore, para uma música de ninguém menos que Paul Simon, e vale muito a pena dar uma escutada na original e ver a diferença!) e na faixa que dá nome ao CD, "Dead Heart In a Dead World", que tem uma introdução diferente e muito bonita... e se torna uma das músicas mais pesadas que o Nevermore já gravou, fechando o disco com esplendor.
Com certeza entre os melhores do ano, não há muito o que falar dessa banda que se orgulha em ser heavy metal, o faz com brilhantismo, e não precisa se chamar de "true metal" para isso.
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