Resenha - Deggial - Therion
Por Rodrigo Simas
Postado em 19 de abril de 2000
Nota: 9
Esse CD foi aguardado com ansiedade pelos fans da banda e pelos apreciadores de heavy metal em geral, visto que tudo que era dito em relação a este lançamento nas revistas especializadas eram maravilhas.
Sendo curto e grosso, Deggial , é sim, um disco excelente e um tanto quanto uma evolução natural do estilo que a banda vem seguindo, mas não consegue ainda ser melhor que a pequena obra prima Theli, mesmo com todos detalhes, instrumentos e vozes que o disco apresenta. Também deve ser dito que, por outro lado, o disco é bem melhor que Vovin, tendo influências bem mais metal e com muito mais criatividade além de que , diferente de Vovin, todos instrumentos gravados foram verdadeiros, sem samples ou teclados, dando um ar muito mais original e um som muito mais realístico.
Outro "grande" detalhe a ser notado é o gênio criativo de quem , na verdade, é o Therion - Christofer Johnsson, o idealizador destra obra, compositor de todas a músicas (sem contar com "O Fortuna", parte da ópera Carmina Burana, última do disco) mostrando mais uma vez que é possível mesclar música clássica, peso, originalidade e inteligência sem soar chato e entediante.
Começamos o disco com o riff bastante pesado da primeira faixa, Seven Secrets of the Sphinx, onde o ouvinte já começa a bater a cabeça e só para quando a segunda música, Eternal Return, começa, com melodias mais suaves e muito bonitas, sem contar com o final matador onde volta a velocidade e o peso. Deggial não apresenta músicas ruins e é nesse ritmo que chegamos em The Flight of The Lord of The Flies, rápida, curta e e maravilhosa, um dos momentos altos do disco, junto com Flesh of the Gods, a música mais metal do CD, onde aparece ninguém menos que Hansi Kursch (Blind Guardian) para dar uma canja nos vocais principais, alternando no refrão com os coros característicos. E quando você acha que não vai aparecer nada melhor , Via Nocturna vem para dizer exatamente o contrário... Que música! Uma das melhores do Therion, e o ponto alto do CD, com seus 10 minutos de duração, uma junção de melodias incríveis, solos de vários instrumentos, riffs totalmente metal e muito peso.
Agora falta esperar Christofer ter mais um tempo para escrever músicas novas e lançar outra obra como essa. E que venham várias outras.
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