Kraftwerk: a velha usina elétrica do futuro
Por Jean Rubens
Postado em 31 de outubro de 2020
Tendo lançado seu primeiro álbum, Tone Float, em 1970, ainda sob a denominação Organization, o grupo alemão Kraftwerk, mais do que a vanguarda em sua concepção musical, antecipou, ou ao menos sugeriu, fatos que vêm determinando o comportamento da sociedade atual.
Fundada por Ralf Hütter e Florian Schneider, e que juntamente com Wolfgang Flür e Karl Bartos integraram a formação clássica, a banda permeou por temas como radioatividade, a onipresença dos computadores, bem como a substituição do homem pelas máquinas.
As letras até parecem feitas para o século 21, como em Computer Love [Another lonely night/Stare at the tv screen/I don't know what to do/I need a rendez-vous/Computer love/Computer love], faixa do excelente Computer World, lançado em 1981, à época conhecido por aqui como o LP da capa amarela, até parece um presságio dos encontros virtuais.
E mesmo no caos sanitário que o planeta vive atualmente em razão do famigerado vírus Sars-CoV-2, algo soa familiar, como em Radioactivity, do atemporal Radio-Activity, de 1975 [Stop radioactivity/Is in the air for you and me/Chain reaction and mutation/Contaminated population].
E as coincidências não se resumem às letras, veja-se, por exemplo, quando nos shows todos os músicos saem do palco e deixam os "instrumentos" sozinhos conduzindo o espetáculo, ritual repetido por eles há pelo menos quatro décadas – alguma semelhança com os DJs?
E não foi à toa que Florian Schneider, morto em 21 de abril último, declarou certa vez em uma de suas raras entrevistas que o Kraftwerk não poderia ser definido como uma banda e sim um conceito.
FONTES:
Wikipedia
Como o bruxo dos sintetizadores Florian Schneider fez o mundo se apaixonar pelas máquinas
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