Lista: Álbuns de estreia arrasadores que são clássicos até hoje - Parte I
Por Mateus Ribeiro
Fonte: Mateus Ribeiro
Postado em 13 de abril de 2020
O tempo é um dos fatores que determina se uma banda ou artista é uma realidade ou apenas "fogo de palha". Um bom disco de estreia pode facilitar muito esse caminho, já que com uma boa apresentação, a caminhada pelo árduo caminho rumo ao sucesso fica um pouco mais leve.
Desde que o rock and roll e o heavy metal se tornaram fenômenos de popularidade, inúmeras bandas e artistas se tornaram ícones dos movimentos, lançando clássicos memoráveis que passaram no teste do tempo. Muitas dessas carreiras foram iniciadas com discos de estreia que chegaram com tudo, ajudando a pavimentar o caminho de verdadeiras lendas da música pesada. Confira alguns destes álbuns de estreia arrasadores.
"Black Sabbath" – Black Sabbath: vai ser difícil alguém bater o título de álbum de estreia mais marcante da historia do heavy metal. Somente a faixa de abertura, que leva o nome da banda e faz até o mais cascudo headbanger tremer na base, já vale o disco.
Isso para não falar na capa, bela e assombrosa na mesma proporção.
O heavy metal nascia naquele dia 13 de fevereiro de 1970, embalado por temas como "Black Sabbath", "N.I.B." e "The Wizard".
"Kill ‘Em All" – Metallica: o ano era 1983 e quatro rapazes tomaram o mundo de assalto com uma música rápida, agressiva, pesada e repleta de ódio, que até então, era algo inédito e assustador. O Metallica ajudou a criar e popularizar o thrash metal com o formidável "Kill ‘Em All", um dos discos mais cultuados da historia da música.
As inesquecíveis "The Four Horsemen", "Hit The Lights", "Seek & Destroy", "Whiplash", "Jump in the Fire", "Metal Militia" e "(Anesthesia) Pulling Teeth" ajudaram o Metallica a se tornar a maior banda de sua geração, além de um dos maiores nomes da historia da música (pesada ou não).
Por mais que atualmente, a banda faça um som que passe bem longe do thrash metal, o estilo musical deu seus primeiros passos graças ao excelente debut dos quatro cavaleiros.
"Show No Mercy" – Slayer: o primeiro disco do Slayer é uma afronta aos bons costumes, a começar pela sua capa, que traz um assustador Minotauro segurando uma espada. Some isso ao som violento, pesado e ofensivo apresentado. Se não está de bom tamanho, observe os títulos das músicas: "Evil Has No Boundaries" ("O Mal Não Tem Fronteiras"), "The Antichrist" ("O Anticristo"), "Die By The Sword" ("Morra Pela Espada") ou "Black Magic" (Magia Negra").
O Slayer inseriu doses de morte, crueldade e ocultismo no thrash metal, transformando o estilo em uma desgraça maior do que já era.
"Angels Cry" – Angra: o metal nacional ia muito bem, por conta de nomes como Sepultura, Viper, Dorsal Atlântica e Korzus, bandas surgidas nos anos 1980. Até que em 1993, o Angra apareceu com o excelente "Angels Cry", disco que mostrava todo o talento do grupo.
A mistura de power metal, elementos sinfônicos e pitadas de música brasileira encantou todos que ouviram o debut da banda, "Angels Cry", disco que ficou conhecido por conta de "Carry On", "Time", "Never Understand" e a maravilhosa versão para "Wuthering Heights", esta última, que mostrava todo o talento do saudoso Andre Matos.
Até hoje, continua sendo considerado um dos melhores álbuns da história do heavy metal nacional.
"Blizzard Of Ozz" – Ozzy Osbourne: depois de ser demitido do Black Sabbath, Ozzy estava passando por um momento muito ruim em sua carreira. O Madman não desistiu, montou sua própria banda e decidiu seguir em frente.
Em 1980, Ozzy lança "Blizzard Of Ozz", e mostra ao mundo que tinha muita lenha para queimar. Além de clássicos como "Mr. Crowley", "Goodbye To Romance", "Crazy Train", "I Don´t Know" e "Revelation (Mother Earth)", o primeiro disco de Ozzy mostrou ao mundo todo o talento do guitarrista Randy Rhoads, que viria a falecer em 1982.
Um clássico, fundamental em qualquer coleção.
"Holy Diver" – Dio: Dio, que foi o substituto de Ozzy, também saiu do Black Sabbath após lançar dois discos (os excelentes "Heaven And Hell" e "Mob Rules"). Em 1983, o pequeno gênio lançou o primeiro disco com sua banda, intitulado "Holy Diver".
Do início ao fim, o álbum é uma aula de como se fazer heavy metal. Além dos sucessos "Rainbow In The Dark" e "Holy Diver", o disco também nos brindou com as maravilhosas "Caught In The Middle", "Don´t Talk To Strangers", "Invisible" e "Stand Up And Shout".
Ronnie James Dio mais uma vez provou que era (ainda é, até hoje) uma das maiores vozes do metal.
https://open.spotify.com/album/1QJmLRcuIMMjZ49elafR3K
"Seven Churches" – Possessed: lançado em outubro de 1985, "Seven Churches", primeiro álbum do Possessed, é considerado por muitos como a criação pioneira do gênero mais extremo da música, o death metal.
O disco inteiro mistura temas polêmicos, com destaque para o satanismo. Além das temáticas líricas, a sonoridade rápida, pesada e suja se tornaram características utilizadas até hoje por bandas do estilo. Além de "Seven Churches", merecem destaque "The Exorcist", "Pentagram", "Holy Hell" e "Satan´s Curse", músicas essenciais para qualquer "deathbanger" que se preze.
Outro fator muito interessante é a idade dos integrantes, que eram todos muito novos na época e já faziam barulho suficiente para chocar o mundo.
"Melissa" – Mercyful Fate: no ano de 1983, o cenário do metal estava muito agitado, com bandas e estilos surgindo por todos os cantos. Então, na improvável Dinamarca, surge uma das maiores bandas da história do metal europeu, o Mercyful Fate, capitaneado pelo icônico vocalista King Diamond.
O primeiro álbum, "Melissa", é um dos pilares do metal extremo, por apresentar letras baseadas no ocultismo, apesar da sonoridade mais voltada ao heavy metal britânico. O debut conta com músicas cultuadas por fãs de metal extremo até hoje, como "Evil", "Black Funeral", "Satan´s Fall", "Curse Of The Pharaohs" e "Into The Coven".
Tanto "Melissa" quanto o álbum seguinte, o ótimo "Don´t Break The Oath", são considerados lançamentos vitais do metal até hoje.
"Ramones" – Ramones: o mundo do rock and roll andava um pouco monótono e formal na década de 1970. Faltava um pouco de rebeldia e energia. Até que de repente, quatro cidadãos moradores de Nova York apareceram e com suas músicas simples, rápidas e grudentas, mudaram para sempre a história da música.
O Ramones apareceu como um míssil na cena musical e seu primeiro disco, lançado em 1976, é considerado por muitos como o pontapé inicial do punk rock. As 3 ou 4 notas de "Blitzkrieg Bop", "Beat On The Brat", "I Wanna Be Your Boyfriend", "Chain Saw" e "I Don´t Wanna Walk Around With You" foram (e são) a trilha sonora de várias gerações até hoje.
O primeiro de muitos discos lançados pelo Ramones é um dos discos mais influentes e atemporais já lançados por algum artista. Se não conhece, aperte o play e se divirta.
"Facelift" – Alice In Chains: sempre que se fala de grunge, é praticamente automático que os nomes de Nirvana e Pearl Jam sejam lembrados. Porém, o Alice In Chains jamais pode ser esquecido.
O disco "Facelift", lançado em 1990, mostra todo o talento da banda, que conseguia fazer um som totalmente descompromissado, misturando peso melodia e MUITA competência. A capacidade de criação dos músicos envolvidos ajudou a escrever músicas emblemáticas como "We Die Young", "Sea Of Sorrow", "Man In The Box" e "Bleed The Freak".
O Alice In Chains continua na ativa, trinta anos depois. E "Facelift" continua sendo considerado um clássico.
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