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Shaman: e começava o Ritual

Por Hugo Alves
Postado em 27 de junho de 2018

O Shaman havia dado seus primeiros passos rumo a uma bem-sucedida carreira. Querendo ou não, a banda já começou grande, com três músicos já bem famosos por suas carreiras em outras bandas, principalmente aquela que todos deixaram juntos: o Angra. Não fosse isso suficiente, ainda traziam para os shows o tecladista que os havia acompanhado em diferentes turnês em sua ex-banda e um guitarrista muito talentoso que, sendo o único com seu instrumento no palco, segurava o que originalmente era feito por dois. As expectativas sobre o grupo eram muito altas. Só restava mesmo saber se o grupo faria jus a tanto que se esperava.

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Ainda sem um disco lançado para promover, mas já com todas as canções finalizadas e muito bem ensaiadas, o Shaman retornou aos palcos para uma pequena série de shows esporádicos em 5 de Fevereiro de 2002, em um grande show realizado no ginásio Maestro Altino Pimenta, em Belém/ PA, tocando quase todas as canções que viriam a integrar seu vindouro disco de estreia, mantendo ainda alguns números expressivos de sua fase no Angra e finalizando com "Living for the Night" do Viper e "Painkiller" do Judas Priest. Cada show proporcionava aos fãs cerca de uma hora e meia de uma vivência muito intensa, pois havia sobre o palco muita experiência e técnica, mas também muita vontade de se reafirmar e fazer ainda melhor que tudo que já havia sido feito até então em empreitadas anteriores.

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O interessante era notar, na época, a atenção absurda que a banda recebeu da mídia, mesmo a não especializada, mesmo que ainda nem tivesse lançado seu disco de estreia. Foram várias aparições em programas da TV Cultura, MTV (esta deu atenção massiva à banda a todo tempo), SBT (incluindo uma muito franca entrevista de Andre Matos para a famosíssima entrevistadora Marília Gabriela no extinto programa De Frente com Gabi, assumido pela própria apresentadora como um recordista em e-mails pedindo sua presença) e Rede Globo. A respeito desta última, vale citar um dos muitos recordes batidos pelo Shaman: eles foram a primeira banda brasileira de Heavy Metal a ter uma canção incluída na trilha sonora de uma novela, mais especificamente em Agosto de 2002. A novela: "O Beijo do Vampiro"; a canção: "Fairy Tale". A popularidade da banda foi incalculavelmente catapultada após este golpe de mestre!

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Finalmente, após um longo período de pré-divulgação e muita especulação (e uma impaciente espera por parte da grande leva de fãs), "Ritual" chegava ao mundo no segundo semestre de 2002. O disco foi um grandioso pacote de luxo do início ao fim, a começar pela capa, obra de Marc Klinnert que, na época, já mantinha um renome por conta de seus trabalhos de arte visual para as capas da banda italiana Rhapsody. A arte mostrava o rosto de um feiticeiro envolto por diversos elementos que sugeriam aquilo que o nome e os temas das canções escancaravam. A produção ficou a cargo de Sascha Paeth, que também contribuiu como guitarrista convidado na canção "Pride", que contou ainda com Tobias Sammet, vocalista da banda Edguy e da metal opera Avantasia. George Mouzayek, renomado músico ligado à dança do ventre, contribuiu tocando na faixa "Over Your Head", que também contou com Derek Sherinian (ex-tecladista do Dream Theater) e Marcus Viana (violinista do Sagrado). Ademar Farinha foi o responsável pela flauta em "For Tomorrow" e Fabio Ribeiro (sideman da banda nos teclados em todos os shows) deixou sua marca em "Blind Spell".

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A abertura "Ancient Winds" é uma verdadeira obra-prima de quase quatro minutos – provavelmente uma das mais longas e mais belas introduções da história do Heavy Metal – e ouvir o disco sem deixa-la tocar simplesmente não é ouvir o disco do jeito certo. Em seguida, vem "Here I Am" e aqui a marca da mão de Hugo Mariutti é simplesmente deixada na cara do ouvinte na forma de um soco muito bom de se levar, uma verdadeira pedrada sonora marcada por bases elementalmente Thrash, solos certeiros, o piano e a doçura da voz de Andre Matos no meio... Mas ainda assim, um dos destaques recai sobre "Distant Thunder", o primeiro momento mais cativante do disco. O riff inicial é uma das coisas mais simples e bem feitas de todos os tempos, a levada animada e o refrão chiclete mostram que é possível fazer um Heavy Metal extremamente acessível sem soar vendido. Por sua vez, o segundo single do disco foi uma das primeiras canções apresentadas pelo Shaman em seus primeiros shows: ela se chamava "Here We Go" nos primórdios e este brado ficou em seu refrão, mas desde então ela é conhecida e aclamada pela alcunha de "For Tomorrow", provavelmente a mais "xamânica" do disco (no que tange à sonoridade). A quinta canção do disco era a faixa de abertura nos supracitados shows iniciais da banda: "Time Has Come" agora era "Time Will Come", outra dentre as mais celebradas da bolacha, inicialmente por sua emocional introdução ao piano, e então por seu brutal riff de guitarra, baixo e bateria galopando a toda velocidade. A letra obscura ajuda a manter a mística do disco. Vem "Over Your Head", com seu andamento e sua sonoridade únicas, escancaradamente baseada em ritmos latinos e com uma das mais complicadas performances vocais de Andre Matos no que remete ao seu alcance – e o resultado é não menos que divino! Após a "violência" desta, um canto gregoriano dá início ao que provavelmente é a síntese da sensibilidade de Andre Matos como compositor. O mundo nunca estaria preparado para algo como "Fairy Tale" e é essa falta de preparo, por assim dizer, que a torna ainda mais bela, desde sua marcante introdução ao piano, passando pela bela orquestração, o refrão explosivo e o solo de guitarra simples mas certeiro de Hugo Mariutti. Não obstante, ficou como o maior clássico de toda a carreira do Shaman. Para finalizar com luxo, a "Blind Shell" dos primórdios perpetuou-se como "Blind Spell" no disco e, apesar de ser uma ótima canção, com um clima mais "pra cima", acabou sendo ofuscada por todas as outras. A faixa-título é de um respeito absurdo, desde sua introdução ao teclado, as linhas vocais de Andre Matos – mais uma vez, ótimo trabalho! – e o grande destaque que, novamente, é Hugo Mariutti. O grand finale fica por conta de "Pride", a única de todas que nasceu no estúdio, um rockão de primeira qualidade, cujo caldo ficou mais grosso com as participações de Paeth e Sammet.

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Os caras da banda haviam prometido um "Angra mais pesado" e cumpriram com honras, e a maior responsabilidade disso tudo, querendo ou não, provinha de Hugo Mariutti, o grande diferencial em relação à antiga banda dos outros integrantes. Para além das habilidades e extrema competência deste, o grupo como um todo aproveitou os principais elementos que os haviam trazido à luz da fama nos três discos com o Angra, mas apontavam para uma nova direção musical, inexplorada no Brasil antes ou mesmo depois. Os elementos étnicos, as orquestrações, o tímido flerte com o Heavy Metal tradicional dos anos 1980 e a produção detalhista e feita com tanto esmero resultaram num dos melhores discos da história do Heavy Metal, fazendo linha de frente com muitos clássicos indiscutíveis de bandas consideradas "dinossauros" na história do gênero.

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A turnê para promover o disco aconteceu majoritariamente no Brasil. Durante o restante do ano de 2002, a banda resolveu aproveitar a imensa popularidade em seu país natal – um fato inédito e que nunca se repetiu com nenhum outro artista do segmento – e chegou a recusar ofertas de shows internacionais (incluindo até mesmo o Japão) para desbravar o país e tocar em todas as cidades e estados possíveis, aproveitando o mercado nordestino e do interior do estado de São Paulo que, até pouco antes daquele momento, não eram prolíferos para artistas da música pesada. As exceções foram alguns shows na França, em Dezembro daquele ano e, então, a banda parou até a virada para 2003, para um curto, mas muito merecido descanso. Ali, o Shaman já havia estabelecido sua força cavalar e era a grande revelação do Heavy Metal brasileiro, dentro e fora do país, dentro e fora da mídia especializada, dentro e fora de seu nicho de domínio.

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O Ritual, porém, estava ainda longe de terminar...

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Sobre Hugo Alves

Hugo Alves é formado em Letras (Português and Inglês) pela UNISO - Universidade de Sorocaba e futuro mestrando em Literatura ou Semiótica. Começou a escutar Rock aos 11 anos com "Bring Me to Life" do Evanescence, mas o que o tomou para sempre para o Rock and Roll foi "Fear of the Dark" (versão ao vivo no Rock in Rio), do Iron Maiden, banda que, ao lado de The Beatles, considera como favorita, amando quase que igualmente os sons de Viper, Angra, Shaman, Andre Matos, Rush, Black Sabbath, Metallica, etc. Foi vocalista das bandas Holygator e Bad Trip, iniciantes em Sorocaba/ SP, e também toca guitarra e baixo. Outra de suas paixões é a Literatura, pela qual desenvolveu o gosto pela escrita e comunicação.
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