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Metal Progressivo 2017: 12 álbuns lançados no 1º semestre que merecem atenção

Por Tiago Meneses
Postado em 14 de junho de 2017

O metal progressivo foi bastante prolífico não apenas em quantidade de discos que saíram na primeira metade do ano como também na qualidade de vários deles. Bandas que já possuem uma estrada e outras que estão dando os seus primeiros passos tendo em comum uma grande inspiração de composição.

AYREON – THE SOURCE

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O básico que se pode esperar de um disco do AYREON, projeto idealizado por ARJEN LUCARSSEN, é que seja um trabalho conceitual e que exista uma reunião de grande número de músicos. Bom, com certeza encontra-se isso aqui, mas e a música em si? A música é mais difícil e pesada que o trabalho anterior. O instrumental dominante aqui é a guitarra, mas sempre muito bem amparada pelos demais intrumentos, baixo, bateria e teclado, além, claro, dos já conhecidos e característicos do som da banda como violino e flauta. Um disco expansivo, enérgico, variado e divertido em performances excelentes de uma infinidade de músicos e vocalistas que direcionam essa mais nova peça musical de maneira precisa em seus belos arranjos e impressionantes virtuosismos.

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DAVID MAXIM MICIC - WHO BIT THE MOON

Percebi em 2012 em seu álbum de estreia que aquele jovem de 21 anos tinha muito o que mostrar através de um metal progressivo refinado, afinal, mesmo com pouca idade já era um estudioso de piano clássico, guitarra jazz/rock, participado de composições para comerciais de TV, séries, filmes, além de fazer arranjos e produzir vários artistas da Europa Ocidental. A música desse álbum é pra quem procura um guitarrista que pensa pra fora da caixa e reproduz uma sonoridade mais moderna e pesada para a veia instrumental de MIKE OLDFIELD. Momentos delicados, riffs pesados de guitarra, baixo pulsante, bateria segura e volumosa, teclados que enriquecem a música resultando em belíssimas paisagens sonoras que fazem desse um disco maravilhoso.

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VICINITY – RECURRENCE

Ainda sem nenhum tipo de popularidade por todo o mundo como outras bandas mais conhecidas do gênero, esses noruegueses através do seu 2º disco mostram que valeu a pena esperar quatro anos e que estão caminhando pra ser mais um grande nome da cena o quanto antes. A forma como as músicas fluem perfeitamente, a musicalidade brilhante e voz fantástica merecem inúmeros elogios em grande escala. Recurrence é mais do que um álbum onde o resultado fosse a simples soma de suas faixas, mas um trabalho em que elas flutuassem entre si. É um daqueles discos que ao chegar ao final sentimos como se tivéssemos feito um passeio fantástico por uma estrada maravilhosa. E o que podemos fazer quando isso acontece? Simplesmente nos viramos e fazemos tudo de novo. Uma fatia do melhor do metal progressivo que você estará vez ou outra sempre com a necessidade de degustar sentindo cada vez um sabor diferente, porém, sempre delicioso.

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ARTIFICIAL LANGUAGE – THE OBSERVER

É muito bom também está observando as estreias e não apenas esperando o lançamento daquilo que já conhecemos, caso contrário pode acontecer de deixar um belo álbum igual esse passar despercebido. ARITIFICIAL LANGUAGE é um sexteto americano e o seu cartão de visita não poderia ser melhor. Musicalidade ótima e evitam cair na "armadilha" das músicas longas e do álbum com excesso de gordura. Também evitam ser desnecessariamente complicado (não que cheguem a ser simplistas) e evitam fazer coisas inúteis que deixariam o som pomposo tecnicamente, mas vazio pra quem escuta. Muito bem produzido, bastante profundidade e ótimas amostras e passagens de teclado, guitarras gêmeas e cozinha forte. Ótimo também é o vocalista. Em se tratando de um primeiro álbum não duvidaria que a banda futuramente venha a ser um grande nome do metal progressivo em pouco tempo. Disco pra se ouvir, repetir e não enjoar.

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PAIN OF SALVATION - IN THE PASSING LIGHT OF DAY

Sem dúvida alguma o melhor disco da banda desde o clássico, Be. Um dos seus discos mais representativos, podendo ser possível encontrar um pedaço de tudo o que eles já fizeram. Vemos o peso e riffs sincopados de Entropia e One Hour By The Concrete Lake e também o retorno de lindas melodias emotivas encontradas também em discos como The Perfect Element e Remedy Lane. O álbum foi inspirado em parte pela batalha de DANIEL que devido a uma doença que ameaçou a sua vida, sentiu-se impotente em uma cama de hospital enquanto sua esposa o observava sofrer. Como muito de sua música, este é um álbum muito pessoal de um músico incrível que implora ser ouvido pelo menos uma vez, não importa o que você for achar. As músicas fluem bem, vocais brilhantes, riffs diretos, teclados que ambientam bem as canções, boas linhas de baixo e bateria sólida que completa uma obra que parece está sempre em movimento em quem a ouve, podendo com isso, crescer a cada audição em quem se deixa levar.

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NEED - HEGAIAMAS: A SONG FOR FREEDOM

Apesar de já estar no seu 4º álbum, a banda grega, NEED, ainda não ganhou a visibilidade merecida que o som de extrema qualidade merece. A sonoridade ácida de metal progressiva encontrada em discos anteriores também é vista aqui, porém, mais digerível que, por exemplo, seu disco anterior. Apresentam confiança em mostrar em suas composições diferentes técnicas e escalas, os vocais são melódicos tendo muitas vezes mais ênfase nas vogais. Se por um lado a música da banda até então era vista como algo mais pessimista, triste e contido, nesse álbum o som apresentado apresenta uma atmosfera mais brilhante, otimista e cheia de energia, mas sem perder sua característica de carregar impressionantes estruturas e temas. A produção também é excelente, deixando as músicas bem encorpadas e fortes, todos os instrumentos brilham sem precisar arrastar a músicas por caminhos que não a levariam a lugar nenhum. Mais uma vez mostraram-se uma banda de potencial consumado, legado já valioso tendo apenas que ser mais reconhecida.

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THE STRANGER - THE STRANGER

Outra banda que está lançando o seu primeiro álbum e já deixando claro a que veio é a THE STRANGER. Pra música é sempre bom esse tipo de sangue jovem abraçando ideias novas e dando novas possibilidades sem perder a qualidade musical. O mais impressionante da banda talvez seja a sua criatividade e o som intransigente que eles tentam fazer. Existem muitas boas ideias sendo cuidadosamente criadas pra se adequarem exatamente na intenção da banda. Os seguimentos de guitarras acústicas misturam-se com solos tradicionais sobre ótimas melodias onde nada parece ficar fora do lugar, devido a uma direção clara e uma execução sólida de todos os membros. O disco não apenas mantem a atenção do ouvinte, mas fornece uma experiência que permite momentos de surpresa, tornando o resultado final mais memorável e digna de infinitos caminhos de volta unicamente pra passear novamente pelas belas estradas musicais criadas ao longo do disco.

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RETROSPECTIVE – RE: SEARCH

RETROSPECTIVE representa mais uma das tantas excelentes bandas polonesas dessa nova geração de metal progressivo. Sua música é inspirada por diferentes artistas que cobrem um amplo espectro de gêneros musicais. Nesse seu mais novo disco a banda continua produzindo um trabalho de ótimas atmosferas musicais luxuriantes e cheias de emoções. Existe uma verdadeira mistura de melodia e metal combinada com sensibilidade e paixão, tornando esse álbum destacado diante de tantos outros do gênero. Ao terminar de ouvir esse registro por completo, você perceberá que está diante de um trabalho agressivo e vigoroso, pesado e intenso, além de ser cheio de momentos atraentes e inteligentes que faz com que o ouvinte se sinta extremamente envolvido por uma música que o abraça e conforta. Que a banda não demore mais tanto pra lançar um disco, já que em quase uma década foram apenas três.

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COSMOSQUAD – THE MORBID TANGO

É certo que a banda nunca foi muito popular ou se esforçou para isso, fato que provavelmente explica os 10 anos de distância do seu último lançamento para esse. Mas é sempre gratificante ouvir a banda. COSMOSQUAD é um daqueles grupos que se afastam dos clichês comuns de um gênero bastante popular e consegue mostrar-se em grande amálgama de sons e melodias eclética, servindo-os em um pacote orgânico e fumegante. The Morbid Tango mostra que esse tempo sem lançar nada não fez nada mais do que adicionar uma borda ligeiramente mais metálica ao som matador conhecido da banda em outros discos que levam além do peso, funk, fusion, riffs melódicos de guitarra, linhas intensas de baixo e bateria pouco convencionais, resultando em uma música instrumental enérgica, complexa e executada de forma impecável.

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VOYAGER – GHOST MILE

Desde o início dos anos 2000 a Austrália tem sido um terreno fértil de metal progressivo, apresentando grandes bandas e que têm lançado uma enorme gama de discos que proporcionam uma música de extrema qualidade. Em seu mais novo álbum, novamente apresentam uma expressão gloriosa e bombástica de um som melódico e cativante. Cada vez com seu estilo mais bem estabelecido, mesmo que não perca suas influências de vista, estão conseguindo se manter mais longe delas e soando de com muita singularidade. Um disco extremamente sólido executado com bastante habilidade e precisão em músicas impressionantes e de riffs tridimensionais, transições lisas e melodias memoráveis, pensativas, introspectivas e obscuras que são misturadas a passagens mais "alegres" e iluminadas com uma atmosfera que varia sem nunca perder sua direção. Destaque também para os vocais onde, onde seu alcance e versatilidade parece melhorar com cada lançamento.

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ODD LOGIC – EFFIGY

Em seu mas novo álbum, Effigy, novamente a banda apresenta influências clássicas de hard rock progressivo, como KANSAS, influências neo progressivas de MARILLION e para influências de metal progressivo que é a sua principal sonoridade, percebemos KING’S X, SYMPHONY X, DREAM THEATER E OPETH. Quanto mais ouvir e aberto o ouvinte estiver, mais ele ouvirá as influências mencionadas acima se destacar com grande clareza. Mas ODD LOGIC também é uma dessas bandas que fazem um ótimo trabalho usando suas influências na manga sem que pareça estar tentando somente imitá-la. Durante o álbum a banda executa as progressões de acordes dentro e fora do tempo combinados com assinaturas de tempo muito complicadas para dar várias dimensões ao disco e manter as atenções de longo prazo do ouvinte. Um disco belíssimo que já pega de jeito no seu início através da faixa título, um épico de quase 18 minutos.

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VANGOUGH – WARPAINT

Quando ouvi esse disco pela primeira vez, pensei logo em classifica-lo como o melhor da banda, a princípio poderia ser empolgação do momento, mas passada essa fase repito e agora com mais calma: Warpaint é o melhor disco da VANGOUGH até momento. São progressivos sem a necessidade de um teclado e apenas três membros compõem o grupo. A produção é excelente. Durante o disco podemos notar belos movimentos de guitarra, passagens acústicas que depois mudam para riffs mais rígidos. Ótimo também é poder ouvir claramente os graves do baixo e uma bateria impactante. Influências técnicas que não tem medo de mudar o direcionamento das músicas, sendo mais enérgica quando necessário ou mais silenciosa e reflexiva dependendo do humor abordado. Um disco tocado com começo ao fim com extrema habilidade e cuidado.

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Sobre Tiago Meneses

Um amante do rock em todas as suas vertentes, mas que desde que conheceu o disco Selling England by the Pound do Genesis, teve no gênero progressivo uma paixão diferente.
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