RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Patti Smith relembra como foi conhecer Jimi Hendrix: "Poeta maravilhoso"

O roqueiro brasileiro eclético que Regis Tadeu gosta: "Conversa num nível altíssimo"

Site americano lista melhores álbuns de estreia do rock progressivo da história

O disco que sustentou toda a carreira do Styx, de acordo com Dennis DeYoung

Os piores discos dos Ramones, de acordo com o Loudwire

Como Bon Scott indiretamente levou Brian Johnson ao AC/DC

O artista que Elton John mais admirou, um verdadeiro gigante na história do rock

A melhor música do melhor álbum do Megadeth, segundo o Heavy Consequence

Jimmy Page elege o melhor álbum que ele fez desde o fim das atividades do Led Zeppelin

Rick Rubin elege o melhor álbum do U2, o de maior proporção de boas canções

As memórias de Adrian Smith e Bruce Dickinson sobre a primeira passagem do Maiden pelo Brasil

Como Rodolfo voltou a falar com Digão e Fred Castro, segundo o próprio

O álbum do Iron Maiden com capa inspirada em Stanley Kubrick ou Edgar Allan Poe

O baterista que Neil Peart disse ser "perfeito" e desconhecido; "eu nem sabia o nome dele!"

As piores músicas da formação clássica do Black Sabbath, segundo o Loudwire


Steven Wilson
Stamp

1981: quando o post-punk precedeu o gothic rock

Por
Fonte: Collectors Room
Postado em 18 de abril de 2017

Muito já foi falado sobre como o punk rock, capitaneado por bandas como The Clash e principalmente o Sex Pistols, virou a Inglaterra de cabeça para baixo no final dos anos 1970 – nos Estados Unidos chegou até a ter um certo hype, mas não obteve grande sucesso comercial num mercado dominado pela disco music e pelo soft rock. Mas algo que ainda hoje não é tão comentado como deveria é o quanto esse movimento serviu como um start para vários outros grupos, cujo estilo foi denominado simplesmente como post-punk e que acabaram indo muito além dos três acordes, da simplicidade musical e do sentimento de "no future".

Cure - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Com referências que iam de art/glam rock (T-Rex, David Bowie, Roxy Music), proto-punk (Stooges, Velvet Underground) e krautrock (Can, Neu!) até estilos como reggae, dub e funk, surgiram bandas como PIL, Magazine e Gang of Four, algumas delas incluindo ex-punks como John Lydon (antes conhecido como Johnny Rotten no Sex Pistols) e Howard Devoto (ex-Buzzcocks), e que a partir de 1978 começaram a chamar a atenção da crítica britânica. E o que é interessante notar é o quanto toda essa liberdade criativa e a vasta gama de influências oriundas da época também seriam fundamentais para o início - quase que paralelamente - de outros estilos como o o synthpop, o industrial e, especialmente, o gothic rock.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Pouco antes de grupos como Sisters of Mercy, The Mission e The Cult (nos primeiros discos) tomarem a cena em meados da década de 1980, já haviam bandas post-punks precedendo o que seria tido como gótico nos anos seguintes – e não apenas na parte sonora, como se pode ver pelas imagens aqui presentes – influenciados também por bandas/artistas como The Doors, Nico e Lou Reed, e algumas vezes quase que seguindo o que foi apresentado em "Unknown Pleasures" (1979) e "Closer" (1980), do já na época finado Joy Division. E em 1981, três álbuns fundamentais para a criação do estilo foram lançados em um intervalo de seis meses, mostrando que certas cabeças derivadas daquela cena surgida na boutique de Malcolm McLaren já estavam tendendo para algo mais obscuro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

The Cure – Faith
Lançamento: abril de 1981

Após o início quase como uma banda punk propriamente dita, o Cure surpreendeu com "Seventeen Seconds" (1980), com uma sonoridade mais calcada em climas e texturas, além de uma óbvia influência de Joy Division. Em "Faith", essa abordagem ganharia contornos ainda mais obscuros, aproximando de vez o (na época) trio do gothic rock – ainda que Robert Smith só fosse se render ao lápis no olho e ao batom nos próximos anos. A produção meio simples e até datada passa longe de ser um primor, mas consegue fornecer o clima ideal para o disco, com a bateria quase tribal de Lol Tolhurst complementando o baixo de Simon Gallup – que brilha em músicas como "The Holy Hour" e "Other Voices" – e o vocal de Smith (que aqui também toca guitarra, baixo de seis cordas e teclados) tendo um destaque considerável na mixagem – algo que seria rotineiro no futuro. No repertório, a urgência de músicas como "Primary" e "Doubt" contrasta com a melancolia de "All Cats Are Grey" e a faixa-título, essa o verdadeiro magnum opus do LP, com sua letra quase doentia ("Estupre-me como uma criança / batizada em sangue / pintada como um santo desconhecido"). A banda ainda iria além nessa linha melodramática no ano seguinte com o cultuado "Pornography", e mais tarde atingiria o mainstream no mundo inteiro com álbuns como "The Head on the Door" (1985) e "Disintegration" (1989), mas já se mostrava acima da média por aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Siouxsie and The Banshees – Juju
Lançamento: junho de 1981

Fundado por dois seguidores dos Sex Pistols nos primórdios do punk – Steve Severin (baixo) e Siouxsie Sioux (vocal) – o Siouxsie and the Banshees já havia lançado dois discos fundamentais para o pós-punk no final dos anos 1970. Mas o ápice criativo só seria atingido quando Budgie (ex-Slits) e John McGeoch (ex-Magazine e Visage) assumiram os postos de baterista e guitarrista, respectivamente, na provável melhor formação entre os grupos que formavam a cena à época. Com as guitarras dedilhadas e repletas de efeitos de McGeoch – influência óbvia de guitarristas como The Edge e Johnny Marr – e letras cada vez mais "darks", não era de se duvidar que o quarteto estivesse pronto para gravar seus melhores trabalhos, e após o bom "Kaleidoscope" (1980) isso ficou mais do que comprovado em "Juju". Abrindo com o clássico single "Spellbound", o álbum junta tanto canções emblemáticas do grupo ("Arabian Knights", "Halloween", "Sin in My Heart") com alguns de seus melhores deep cuts ("Into the Light", "Monitor"), todas com um clima gélido e sombrio que influenciaria milhares de bandas nos anos seguintes. Mudanças de guitarristas e até sonoridades viriam no futuro, mas o grupo que levava o nome de sua vocalista poucas vezes soou tão bem quanto nesse disco, até hoje retrato de um line-up extremamente talentoso que, infelizmente, não durou muito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Bauhaus – Mask
Lançamento: outubro de 1981

Quando se fala em qual foi a primeira banda gótica, nenhuma é tão citada quanto o Bauhaus, graças ao clássico single "Bela Lugosi’s Dead" – tida como a primeira canção do gênero – e também ao visual um tanto peculiar para a época (algo característico também das outras bandas aqui citadas). E se o debut "In the Flat Field" (1980) já apresentava as principais credenciais do grupo – performances teatrais por parte de Peter Murphy (vocalista) ao melhor estilo Iggy Pop e as guitarras minimalistas Daniel Ash –, "Mask" não só sedimentou tudo isso como um estilo próprio como acrescentou novas referências ao som dos britânicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Enquanto músicas como "Hair of the Dog", "The Passion of Lovers" e "The Man With the X-Ray Eyes" demonstravam o lado mais obscuro da banda, outras como "Kick in the Eye" e "Muscle in Plastic" traziam batidas quase funkeadas, o que aliado ao baixo bastante predominante (como sempre foi de praxe nesse estilo) os fez soar quase que como uma versão mais sombria do Gang of Four. No final das contas, essas faixas, somadas a outras como a tipicamente pós-punk "Dancing" e a claramente influenciada pelo Velvet Underground "Of Lillies and Remains", formavam um álbum, mesmo com sonoridades um tanto variadas, bastante coeso e bem amarrado, e que muitos consideram como o melhor entre os lançados pelo quarteto nesse período – a banda se separaria poucos anos depois.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

(texto escrito por Matheus Henrique Pires e publicado na Collectors Room)

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Grave Digger
70000TonsOfMetal


publicidadeRogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
Mais matérias de Ricardo Seelig.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS