Alien Ant Farm
Postado em 06 de abril de 2006
Release da Universal Music Portugal
"Queremos fazer música intemporal", afirma o guitarrista dos Alien Ant Farm, Terry Corso, acrescentando: "Pretendemos fazer canções que não sejam padronizadas, mas que tenham atributos que as tornem apelativas. Gostamos de nos divertir e de fazer coisas estúpidas, tal como qualquer gajo normal.
O compromisso dos Alien Ant Farm em fazer música intemporal reveste-se de particular significado, se tivermos em linha de conta os acontecimentos dos últimos dois anos e meio.
"ANThology" retirou-os dos seus lares em Riverside, na Califórnia, levando-os aos palcos mundiais e transformando-se num disco que vendeu mais de três milhões de exemplares em todo o mundo. Todavia, esta carreira promissora e as esperanças da banda quase foram destruídas, aquando de um acidente de autocarro, ocorrido em Maio de 2002, em Espanha, quando a banda se dirigia para um concerto em Portugal.
Neste acidente, em que o autocarro colidiu com um camião, o motorista dos Alien Ant Farm perdeu a vida e diversos elementos da banda e da sua equipa de estrada ficaram gravemente feridos.
Dos quatro elementos do grupo, Dryden Mitchell (voz), foi o que mais lesões sofreu, tendo partido a vértebra C2, ou seja, partiu o pescoço. Em resultado do acidente, este músico foi submetido a uma cirurgia e teve que usar um colete de metal, durante vários meses, para restringir os movimentos do pescoço. Terry Corso partiu a perna um pouco a cima do tornozelo. Tye Zamora (baixo) fracturou um dedo do pé direito. O mais afortunado dos quatro foi Mike Cosgrove (bateria), que apenas sofreu escoriações ligeiras. Como se entende, após o acidente nenhum dos elementos da banda queria sequer falar acerca de um novo disco.
"Os rapazes fizeram um hiato, enquanto esperavam para ver o que me acontecia", afirma Dryden Mitchell acrescentando, "às meias tantas, fizémos uma reunião para resolvermos algumas questões burocráticas e eu levei algumas ideias. Eles ficaram muito surpreendidos por verem que eu tinha voltado ao activo, mas depois pensaram que certamente já era altura de recomeçarmos. A partir daí, tudo aconteceu de um modo bem célere."
Apesar da emoção do regresso à banda, Dryden Mitchell sentia dores constantes. "Agora tenho boas e más notícias, mas a maioria são positivas", explica o vocalista da banda, e prossegue: "a minha vértebra foi ao sítio mas fiquei com sequelas nervosas permanentes na parte superior do peito e na cabeça. Tenho a sensação constante de ter um escaldão solar. Contudo, é uma dor tolerável e tento não me queixar, porque sei que podia estar numa cadeira de rodas."
Aos poucos, os Alien Ant Farm recuperaram as energias. Este espírito positivo foi incrementado quando os irmãos DeLeo aceitaram produzir "truANT". "Trabalhar com eles era mesmo o que nós pretendíamos. Andávamos à procura de alguém que metesse as mãos na massa, que percebesse o que queríamos fazer, que tivesse experiência na área e fosse muito musical."
Referindo-se a "truANT", Terry Corso afirma: há muita sonoridade pesada neste disco e demonstra claramente a nossa versatilidade, o que é muito importante. Queremos que os nossos fãs vejam que crescemos musicalmente". Por seu turno, Mike Cosgrove acresce: "Sempre nos interessámos por diferentes estilos de música, mas é muito difícil marcares uma posição, arriscares, quando estás em início de carreira. Há tantas facetas na nossa música. Não somos metal a sério, não somos punk verdadeiramente dito, não somos reggae, música latina, jazz ou pop... somos um pouco de todas estas coisas".
Apesar dos infortúnios, os Alien Ant Farm têm sido capazes de manter o sentido de humor, nas fases mais positivas e negativas do seu passado recente. Esta atitude permitiu-lhes passar por cima da coincidência com que se depararam no dia em que terminaram as misturas do álbum, efectuadas por Brendan O'Brian. Terry Corso explica o sucedido: "Já nem sequer pensávamos no acidente, até que alguém olhou para um calendário e disse: 'Já viram que dia é hoje?' Era dia 22 de Maio, exactamente o dia em que tivémos o acidente com o autocarro.
Dryden Mitchell afirma: "Foi muito estranho vermos a data em que tivémos o acidente escrita no nosso CD. Senti-me redimido ao pensar que há tantas bandas que demoram muito mais do que nós a fazer um novo disco, não tendo passado por metade do que nos sucedeu. Este sentimento não vem só do facto de termos feito um novo álbum neste espaço de tempo, mas também porque estamos muito orgulhosos do resultado final. Admito que, no futuro, possamos vir a escrever melhores canções, a fazer melhores discos, mas creio que o 'truANT' será sempre o meu favorito devido ao que nos sucedeu e ao regresso em força que fomos capazes de efectuar. Quando olho para a nossa carreira nesta perspectiva sei que jamais iremos conseguir feito semelhante."
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