Wallflowers
Postado em 06 de abril de 2006
Por Bruno Guilherme C. Oliveira
Fonte: The Wallflowers Brasil
A herança de um nome, muitas vezes, não traz benefícios.
Isso mesmo sucedeu com Jakob Dylan e os seus Wallflowers. As dificuldades encontradas pelo filho de Bob Dylan em tudo se assemelham aos problemas de muitas outras bandas com membros de proveniência anônima no mundo da música. Jakob seguiu os passos de muitos aspirantes a estrelas quando começou por tocar com bandas em garagens. Terminado o liceu, decidiu ir para uma escola de arte em Nova Iorque, continuando, no entanto, a tocar com algumas bandas.
Alguns anos depois, regressou a Los Angeles, onde encontrou o guitarrista Tobi Miller com o qual formou os Wallflowers, em 1989. Mais tarde, entraram o baterista Peter Yanowitz, o teclista Rami Jaffee e o baixista Barrie Maguire, e foi este alinhamento que começou a tocar em pequenos clubes de Los Angeles. Jakob, desde logo, recusou que o seu nome de família fosse utilizado na promoção de concertos da banda. A rodagem feita nos clubes produziu finalmente resultados com a assinatura de um contrato com a editora Virgin. O primeiro álbum, auto-intitulado "The Wallflowers" saiu em Agosto de 1992. O disco não conseguiu produzir, no entanto, grandes resultados. A banda fez algumas apresentações ao vivo, nas primeiras partes de concertos dos Cracker e dos 10000 Maniacs, mas ainda assim o disco não vendeu muito. Incompatibilidades entretanto surgidas precipitaram a saída dos Wallflowers do catálogo da Virgin.
A continuidade da banda tornou-se cada vez mais complicada. O feitio de Jakob, conhecido como difícil, e a recusa constante em dar entrevistas, dificultavam ainda mais a assinatura de novo contrato com uma editora. A aparente queda irrecuperável da banda levou à saída de três elementos, ficando apenas Dylan e Jaffee. Mas a continuidade do grupo ficou garantida com a posterior entrada de Michael Ward para a guitarra, Greg Richling para o baixo e Matt Chamberlain para a bateria. Com novo alinhamento, voltaram a percorrer o circuito de clubes noturnos de Los Angeles.
"6th Avenue Heartache", um novo tema da banda, começou a chamar a atenção de algumas editoras discográficas e, pouco depois, surgiu novo contrato com a Interscope. "Bringing Down The Horse", foi o álbum editado em 1996, que contou, entre outros, com a participação de Adam Duritz dos Counting Crows. O primeiro single a ser extraído foi precisamente "6th Avenue Heartache", que acabou por tornar-se um êxito, valendo dois Grammys. Os singles que se seguiram, "One Headlight" e "The Difference", ajudaram à consolidação definitiva do estatuto dos Wallflowers, com as vendas do álbum chegando aos três milhões de unidades. Após a gravação do disco, Chamberlain foi substituído por Mario Calire.
Os anos seguintes serviram essencialmente para promover o disco em tour. Foram precisos quatro anos até surgir o sucessor, "Breach", lançado em Outubro de 2000. Com esse álbum, a banda mostra que pode fazer uma música, e que o "Bringing Down the Horse" não foi apenas uma boa expêriencia. Nesse álbum, fizeram sucesso com músicas como "Sleepwalker" e "Letters from the Wasteland Home". Está agora para ser lançado o novo álbum deles, muito esperado. Em "Red Letter Days" eles parecem estar apostando em um som mais leve...
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