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Strokes

Postado em 06 de abril de 2006

Por Srta Machiavelli

Em 1999, alguns dos integrantes ainda não tinham entrado na casa dos vinte anos. Muito jovens e cheios de energia, cinco meninos de Manhattan começaram tocando em festas de Nova York, e não demoraram a fazer fama pela cidade. No ano seguinte veio um projeto de EP e em 2001 a consagração mundial. Não é muito complexa a história dos "The Strokes", os novos queridinhos da crítica e da meninada.

Seja pela juventude e beleza dos integrantes, seja pelo estilo de música e postura que eles adotaram ou pela velocidade com que sua carreira musical decolou, dificilmente seria possível deixar de cair na armadilha de dizer que os Strokes são uma banda que saiu do nada direto para o status de ícones juvenis mundiais. Mas, como eu já disse, é uma armadilha. E o fato é que é bem mais justo identificar o sucesso dos Strokes como um plano de marketing altamente planejado que como um golpe de sorte.

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Surgidos de famílias classe-média-alta, estes cinco meninos de Nova York já estavam inseridos no mundo da música e da mídia antes mesmo de começarem a tocar. Um bom exemplo é o de seu guitarrista, Albert Hammond Jr., filho do famoso e bem sucedido compositor Albert Hammond. A atitude punk deles também não convence. Eles são simplesmente... bonitinhos demais.

Mas que sua música é boa, isso não se discute. Com gritantes influências de Lou Reed e dos Stooges, os Strokes fazem um som mais light, porém poderoso. Eles não admitem suas influências, mas parecem gostar da inevitável comparação com o Velvet Underground. Numa entrevista para o portal Terra, Fabrizio Moretti, o baterista (curiosamente um brasileiro), disse: "tem aquela coisa de vender a música (...) então alguns críticos inicialmente nos rotularam assim, e foi ficando. Mas as comparações com o Velvet Underground e outras bandas eu acho legais, pois são todas coincidentemente minhas favoritas".

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A demo inicial dos Strokes foi de cara parar nas mãos de Geoff Travis, um dos mais importantes empresários musicais em atividade, que encaixou a demo no selo "independente" inglês "Rough Trade Records" e a lançou na forma de EP, "The Modern Age", no início de 2001. "The Modern Age" trazia três faixas que deixariam o público com água na boca pelo o que viria a seguir.

O que veio foi "Is This It?" (pela BMG), um dos melhores álbuns lançados em 2001. "Is This It?" tem tudo o que um bom álbum de rock pode ter. A começar pelo encarte, uma das coisas mais rock and roll que se viu nos últimos tempos. Também teve a polêmica - básica - devido à censura da capinha original (que no Brasil continuou a mesma), depois pela censura da música "New York City Cops", que não pôde ser incluída na versão norte americana do disco por causa co clima "Salve os nossos bombeiros e policiais" que reinava no país após os atentados do dia 11 de setembro. O refrão de New York City Cops diz: "New York City Cops... New York City Cops... They ain't too smart!" - "Os tiras de NY, os tiras de NY não são muito inteligentes!").

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As demais faixas de "Is This It?" falam de paixões, pseudo-rebeldia classe média, muita poesia urbana, garotas, incompreensão, etc. Os grandes destaques ficam para a faixa de abertura, "Is This It?", o hit "Last Night" e a poderosa "The Modern Age".

Atualmente eles estão curtindo o estrelato, fazendo um show atrás do outro e preparando o novo CD, que deve sair ainda este ano. Inclusive já é possível, com alguma sorte, encontrar uma das músicas novas na Internet, a "Meet me in the Bathroom", na qual Julian Casablancas, vocalista e principal compositor da banda, brinca com seu recém-adquirido status de símbolo sexual. Garotos...

Formação:
Nick Valensi - Guitarra
Julian Casablancas - Vocal
Albert Hammond Jr. - Guitarra
Nikolai Fraiture - Baixo
Fab Moretti - Bateria

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