Matérias Mais Lidas


King Crimson: Primeiro disco definiu as bases do prog rock

Resenha - In The Court Of The Crimson King - King Crimson

Por Flávio Siqueira
Postado em 28 de fevereiro de 2014

O King Crimson — "Rei Escarlate", em tradução literal — foi formado em 1969 e contava com o guitarrista Robert Fripp, o baixista e vocalista Greg Lake, o baterista Michael Giles, o letrista Peter Sinfeld e o multi instrumentista Ian McDonald, que tocava flauta teclado, saxofone, guitarra e vibrafone. Já no ano de sua formação, a banda lançou o álbum In the Court of the Crimson King. Primeiramente, devemos considerar que esse é o disco no qual o rock progressivo estava artisticamente amadurecido. Em outras palavras, In the Court estabeleceu de vez o estilo que nascera das longas viagens psicodélicas e da sonoridade erudita e popular envoltos na fase proto-prog.

King Crimson - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Se talvez o The Thoughts of Emerlist Davj do The Nice foi o disco inaugural do rock progressivo, In the Court surgiu para confirmar que o prog rock abriria portas para um mundo musical feérico e criaria uma ponte que ligaria o rock às densas experimentações instrumentais. Além disso, esse álbum trazia uma das características mais efervescentes do prog a partir dali: letras complexas e profundas calcadas em questões existencialistas inerentes ao ser humano. Essas letras provinham da mente cataclísmica de Peter Sinfield, que deu uma roupagem filosófica e poética às letras do King Crimson no debut da banda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Um fato interessante é que a primeira faixa do disco, "21st Century Schizoid Man", foi a música mais "pesada" do rock progressivo antes dos anos 1970. Robert Fripp impôs uma guitarra agressiva com um riff inicial que marcou a estréia do King Crimson no universo prog rock. Gradualmente a canção progride de uma sonoridade "heavy" para uma levada jazzística em poucos minutos. A segunda faixa do disco, "I Talk to the Wind", é uma música calma que varia entre os campos harmônicos de mi maior e mi menor, demonstrando de imediato uma das características fundamentais do grupo: um tratamento especial às progressões harmônicas de seu repertório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A flauta idílica nessa canção parecia soar dos próprios Campos Elíseos — e é perceptível que não só as harmonias, mas também as melodias eram maravilhosamente trabalhadas pelo King Crimson. Já em "Epitaph", a terceira música do álbum, a sonoridade do mellotron — exceto em "21st Century Schizoid Man", o mellotron foi inserido em todas as músicas — se destaca tanto técnica quanto sensorialmente: do mellotron foi retirado um "clima" sombrio, fúnebre, que condiz perfeitamente com a letra da canção:

A parede nas quais os profetas escreveram
Estão rachando nas emendas.
Sobre os instrumentos da morte
A luz do sol brilha resplandecente.
Quando cada homem é dilacerado
Com pesadelos e sonhos
Ninguém colocará a coroa de louros
Quando o silêncio afogar os gritos

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A próxima faixa, "Moonchild", é a mais longa e experimental de In the Court of the Crimson King. Greg Lake canta apenas nos dois minutos iniciais, enquanto o resto da música é um espaço livre para improvisações quase românticas de guitarra. No total, Moonchild tem doze minutos e treze segundos de duração. A última música é a que dá nome ao álbum, é a segunda mais longa e conserva um lirismo belo e ao mesmo tempo mórbido. O coro inicial de vozes parecem ecos vindo de Hades.

Mais uma vez a progressão harmônica é calcada em mi menor harmônico, quando o último acorde, si maior, sinaliza uma tensão para o novo ciclo de acordes: ré maior, dó maior e o próprio si maior. Tal acorde tem a mesma importância em "I Talk to the Wind" e "Epitaph": uma análise mais técnica permitirá ao ouvinte perceber que o mesmo acorde, si maior, é o último das respectivas progressões, cuja função é "preparar" o ciclo das harmonias. Além do King Crimson, outra banda colaborou para as bases definitivas do rock progressivo. Em 1969, o Yes lançou seu primeiro álbum, o autointitulado Yes, que se tornou um verdadeiro clássico do prog rock.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Outras resenhas de In The Court Of The Crimson King - King Crimson

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Flávio Siqueira

Nascido e criado em Brasília, aos 14 anos pegou emprestado um "The Best of" do Pink Floyd. O choque foi tão grande que resolveu aprender guitarra somente para executar o solo de "Time". De lá pra cá vem estudando guitarra e apreciando bandas de stoner, grunge e rock progressivo, além de muito blues e algumas coisas de jazz e música erudita. Atualmente toca guitarra numa banda que mescla influências de stoner, grunge e uma pitada de rock psicodélico.
Mais matérias de Flávio Siqueira.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS