Resenha - Knotfest (Sambódromo do Anhembi, São Paulo, 18/12/2022)
Por Renato Alves
Postado em 26 de dezembro de 2022
Olá amigos, aqui é o Renato Alves do METAL STATION (@metalstationlive).
Aconteceu no domingo, dia 18 de dezembro, a primeira edição do Knotfest Brasil. Festival criado há 10 anos pela banda Slipknot e que pela primeira vez foi realizado no Brasil. Mais precisamente no Sambódromo do Anhembi, onde foram montados os palcos KNOTSTAGE e o CARNIVAL STAGE.
Após dois anos da data original, adiada devido à pandemia de Covid-19, os fãs tiveram um dia pra chamar de seu no grandioso festival que ocupou toda a passarela do samba de São Paulo com muita harmonia, boa evolução, algumas alegorias de tirar o chapéu e um enredo que trazia um cast com 11 bandas de várias épocas do Metal que culminou na apoteótica apresentação dos anfitriões do festival e agradou fãs de diferentes gerações e gostos.

As apresentações começaram cedo, por voltas das 11 da manhã, com a banda brasileira Black Pantera, e seguiram durante o dia intercalando nos dois palcos.
Depois da Black Pantera vieram Oitão e Jimmy & Ratts, Project 46, Trivium, Vended, Sepultura, Mr. Bungle, Pantera, Bring Me The Horizon, Judas Priest e os donos da festa, o Slipknot.
Coincidindo com a final da Copa do Mundo do Catar entre Argentina e França, o Knotfest Brasil ofereceu a opção aos amantes do futebol e disponibilizou a transmissão do jogo em um telão no meio do sambódromo. Mas o que pôde ser percebido é que o maior fluxo de pessoas chegando aconteceu após o final do jogo.
Há diversos relatos de problemas na entrada do evento devido à morosidade e a disponibilidade de poucas entradas.
Eu enfrentei uma fila longa e demorada no estacionamento do Anhembi, pois neste mesmo dia, além do festival que teve seus ingressos esgotados, no complexo do Anhembi também acontecia um evento voltado ao mundo Geek, chamado "Ressaca Friends" e um evento chamado "Chocolat Fest", intitulado "O maior evento de chocolate e cacau da América Latina". Descobri na mesma hora que queria ter ido nesse também.
No caminho do estacionamento eu encontrei o Obi-Wan Kenobi e a dupla Tempestade e Vampira dos X-Men, segurando os sapatos nas mãos. Devia estar apertando os pés das mutantes. Certeza!
Eu particularmente achei o festival muito bom em sua organização.
Eram muitas opções para se alimentar e comprar a tradicional cerveja, com preços diferenciados, como em todo evento fechado que se preze.
Grandes lojas de merchandise oficial (camiseta 150 paus!), estúdio de tatuagem, ações pontuais de patrocinadores do evento e uma atração muito legal que é o "Knotfest Museum", que trazia objetos utilizados pelo Slipknot, como máscaras, macacões e instrumentos musicais.
E quanto aos shows?
Infelizmente consegui chegar ao Anhembi quando já eram quase 16 horas e muita coisa já havia acontecido.
Lamentavelmente perdi o show do Trivium, que gostaria muito de ter visto, e quando cheguei o Sepultura estava na penúltima música. Portanto, cabe comentar deste momento em diante.
Acompanhei o show da Mr. Bungle no KnotStage. Aquela banda do vocalista do Faith No More, sabe?
Então, Mike Patton é um baita showman. Interage com a plateia, é divertido e nos diverte, fala palavrão em português, aparenta estar de bem com a vida e ainda traz como companheiros de banda Scott Ian e Dave Lombardo. Ou seja, não tem como dar errado.
É uma experiência no mínimo inusitada.
Deve ter arrebatado muitos fãs devido ao show. Fãs esses que com certeza foram ouvir nos dias seguintes o último álbum da banda "The Raging Wrath of the Easter Bunny Demo", lançado em 2020.
Ponto pra eles.
O show seguinte aconteceria no Carnival Stage, e se eu desse bobeira no corre pra trocar de palco perderia o inicio.
Era a hora do Pantera.
Cheguei quando já estava rolando o vídeo de abertura do show.
Eu já havia visto o show na quinta-feira no Vibra São Paulo e foi igualzinho.
Cada música, cada frase, cada solo, tudo idêntico como uma peça de teatro ensaiada exaustivamente pra acontecer daquele jeito.
A única diferença é que foi em um local aberto e o som estava melhor desde o início. E eles também puderam utilizar efeitos pirotécnicos, que na casa de shows não puderam.
Mesmo assim foi muito legal assistir tanto o Pantera quanto o Judas Priest novamente no domingo.
Eu poderia copiar e colar aqui a resenha que fiz para o show de quinta-feira, mas vou deixar o link pra você que ainda não leu:
Depois do Pantera, nova troca de palco.
Era a vez do Bring Me The Horizon, banda britânica fundada em 2004 que traz um som que aparentemente agradou muitos jovens.
Confesso não ter muita familiaridade com as músicas da banda.
Nessa altura do campeonato eu resolvi ficar no mesmo palco onde acabara de ver o Pantera e aguardar a próxima atração, que seria o grandioso Judas Priest, pois o Anhembi já estava muito cheio e se eu fosse para o KnotStage não conseguiria voltar à tempo pro Carnival Stage pra ver o Judão.
Outro acerto da organização, que deve ser até comum em festivais como este ao redor do mundo, é que o show que está acontecendo no outro palco, passa em vídeo e áudio para o pessoal que está aguardando a próxima atração no palco vazio.
Por essa razão, assisti parte do show do Bring Me The Horizon no telão.
É uma banda competente, com um vocalista carismático que em certo momento desceu e ficou cara a cara com a plateia e tinha uma das mais belas produções visuais de palco do festival.
O show foi finalizado com a música Throne, que eu não conhecia e gostei do que ouvi.
Vou procurar saber mais sobre a banda.
Mais uma mudança de palco, agora no Carnival Stage, onde eu já aguardava o Judas Priest e o show da sua turnê comemorativa dos seus 50 anos.
Assim como aconteceu com o Pantera, o show do Judas foi copiado e colado do show de quinta-feira no Vibra SP.
A diferença foi o volume do show. Ensurdecedor!
Tô com zumbido no ouvido até hoje, três dias depois, por conta disso.
Como sempre, foi um show impecável.
Pra não ser redundante e escrever tudo de novo e deixar essa resenha muito grande, convido você mais uma vez a ler a resenha do show do Pantera e Judas Priest em São Paulo, que escrevi, e que é o mesmo relato que eu poderia escrever dos shows do KnotFest três dias depois.
Terminando "Living After Midnight" era hora de correr pra outra extremidade do sambódromo pra pegar um lugar pra assistir o headliner Slipknot.
E quem disse que seria fácil?
Estava praticamente impossível andar no recinto do KnotStage tamanho número de pessoas naquele lugar.
O show começa com a porrada Disasterpiece e segue com mais um hit, Wait And Bleed.
Aliás, são diversos os hits no set list que totalizou 15 músicas, executadas com a mesma energia do início ao fim do espetáculo, que incluiu uma iluminação excepcional, pirotecnia e grandes performances, mas eu só achei que as imagens do telão do fundo do palco poderiam ser melhores.
Que me perdoem os fãs mais radicais, mas achei um amontoado de imagens aleatórias, mas nada que chame muita atenção, apenas esse que vos escreve deve ser muito detalhista.
O som estava ótimo na minha humilde opinião.
O vocalista Corey Taylor é muito bom, excelente frontman, se comunica muito bem com sua audiência, mas eu preciso destacar o trabalho realizado pelo grande "operário" da banda, que é o baterista Jay Weinberg, esse cara tem que "receber o bicho" em dobro, falo isso sem diminuir o trabalho dos outros, é claro.
Mas confesso que em certos momentos eu fiquei me perguntando. O que justifica tanta gente nessa banda? Mas não é problema meu, certo?
No final das contas, o Slipknot fez um Puta Show de Metal pra um sambódromo lotado, e com certeza mais de 99% daquelas pessoas que estiveram presentes no festival acordaram na segunda-feira muito mais felizes por ter feito parte dessa historia.
Parabéns aos envolvidos!
Agradeço à produção do evento, a assessoria de imprensa pela confiança e respeito e aos diversos amigos que tive a honra de encontrar naquele dia e bater um papo.
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