Blackberry Smoke: dobradinha num incrível bar com boliche, no tradicional bairro do Brooklyn
Resenha - Blackberry Smoke (Brooklyn Bowl, New York, 06 e 07/09/2019)
Por Renata Petrelli
Postado em 19 de setembro de 2019
O Blackberry Smoke é um quinteto de Atlanta, Estados Unidos, que toca Country Rock, Southern Rock e que tem despontado como a promessa do estilo após Lynyrd Skynyrd declarar a aposentadoria, e não é por menos: com composições riquíssimas em arranjos e harmônias vocais de Charlie Starr e Paul Jackson, a banda da Georgia vem somando em doses cavalares novos fãs a cada disco lançado. Com o álbum "Find a Light" posto à luz em Abril de 2018, a banda não se prende só a divulgação deste último e igualmente bem composto álbum, tendo sempre shows um muito diferente do outro, sempre dando aquele sabor perigosamente viciante.
Pois bem, quando se tem a chance de unir o útil ao agradável, acabamos fazendo loucuras e elevando a certos patamares o nosso amor pela música e (algumas bandas). Eis que eu aqui, com férias sobrando e com aquele "gostinho" de "quero mais" após o show (e estreia) do Blackberry Smoke aqui no Brasil, resolvi sanar essa vontade e basear as minhas férias na dobradinha que a banda faria num incrível bar com boliche, no tradicional bairro do Brooklyn, em Nova Iorque.
Marinheira de primeira viagem na cidade e com um celular com bateria viciada, era mandatório não me perder e conseguir chegar no Brooklyn Bowl sem problemas.
Após um ótimo show no dia anterior dos amigos do Týr e Demons & Wizards, chegou a hora de ver a razão das férias, com o primeiro show da dobradinha no Brooklyn Bowl.
Chegando ao local, fui imensamente bem recebida por verdadeiros seguidores (e agora amigos) do Blackberry Smoke, e aguardamos na fila em torno de uma hora (com muita ventania e resquícios de furacão), para conseguirmos os melhores locais na frente do palco.
O bom de dobradinhas, é que o Blackberry Smoke quase não repete músicas de uma noite para a outra, e devo dizer que as escolhas de ambos os setlists, melhor impossível, com vibes completamente diferentes.
Com um set list de 20 músicas, devo dizer que o ápice para mim, foi a emenda de "Payback is a Bitch" e "Rock n' Roll Again", ambas do incrível "Holding all the horses" de 2015 e que não tocaram em São Paulo.
Charlie Starr (vocalista e guitarrista) e fã declarado de Rolling Stones, também presenteia os espectadores com uma ótima versão de "Sway".
Dada a situação que a brasileira aqui estava na cidade somente para vê-los, consegui também um Meet & Greet, com momentos de muita descontração, muita prosa e de ter sido muito bem recebida por banda e equipe que tem muito pé no chão e humildade (mas isso é outra estória).
No dia seguinte, a expectativa do show era ainda maior, já que havia combinado com a banda de que levaria minha (primeira) Gibson, para ser autografada.
Com a possibilidade de interagir com a banda, eu e mais seis pessoas, tivemos a oportunidade de dividir lado a lado, uma pista de boliche, regada a cerveja, snacks e muits risadas. Com banda, staff e em torno de 15 fãs que estavam jogando mais próximos, todos se cumprimentavam e torciam pelo jogo do outro, que no final da competição, ganhariam um troféu o vencedor de cada pista.
Encerrado os jogos, era a vez do show (e setlist completamente diferente) da segunda noite ter início, e mais uma vez, Charlie, Brit, Paul, Brandon, Richard e os companheiros de turnê Benji e Preston adentrarem no palco.
Toda a parcela das outras músicas que não foram tocadas nas 2h30 do show do dia anterior, aconteceram neste, com direito a algumas músicas mais antigas e que gosto muito, como "Restless" e "Sanctified Woman" do Little Piece of Dixie (2009). Com um setlist com temas mais diversificados em termos de "pegada", foi a cereja do bolo, com aquele gosto de que praticamente todos os desejos foram atendidos e que melhor que isso, só mais disso, rs.
Em ambos os shows, o Blackberry Smoke deu a oportunidade para bandas que estão despontando mostrar seu trabalho, tendo JD Simo, um incrível e talentoso trio visceral, mostrar muito groove de cozinha, e um vocalista/ guitarrista igualmente talentoso na primeira noite e no sábado, a abertura ficou a cargo de Daniel Donato, um rapaz jovem, muito, muito habilidoso e rápido na guitarra, além de dar uma palinha com algumas tiradas muito boas e engraçadas. Ambos os cantores se juntaram ao Blackberry Smoke no final de cada noite, com uma incrível jam. No sábado, Daniel Donato dividiu o palco tocando "That's alright Mama" do Elvis Presley, com Charlie Starr.
Esse tipo de música, que é o southern rock/country rock é prolífero de guitar-heros e igualmente ótimos cantores e nas 2 noites não foi diferente.
Como tudo uma hora termina, o show da segunda noite teve somente "One Horse Town" e "Ain´t much left of me" tocadas em ambos os shows e que não enjoam de jeito nenhum.
Gostaria de agradecer imensamente todos os novos amigos que fiz nos dois shows e que me ajudaram muito a serem noites memoráveis, a toda a crew do Blackberry Smoke, e claro à própria banda, que me recebeu de braços abertos! Até a próxima. =)
Set list cortesia de Lou Champy.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
Lynyrd Skynyrd é confirmado como uma das atrações do Monsters of Rock
Hellfest terá 183 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Cover de Chuck Schuldiner para clássico de Madonna é divulgado online
A reação das divas do metal a cantora de death metal que venceu concurso de Miss
O guitarrista que, segundo Slash, "ninguém mais chegou perto de igualar"
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A banda norueguesa que alugou triplex na cabeça de Jessica Falchi: "Chorei muito"
Duff McKagan elege as músicas do Guns N' Roses que mais gosta de tocar ao vivo
A bizarra teoria que aponta cantora do Calcinha Preta no Angra após post enigmático
Slash explica por que tocar o solo "diferente do disco" é uma faca de dois gumes
It's All Red lança single com primeira incursão de Humberto Gessinger no heavy metal
O disco que une David Gilmour e Steve Vai na admiração pela genialidade de seu autor
A condição imposta por Andreas que fez Derrick desistir de tocar guitarra no Sepultura
A música do Guns N' Roses que o guitarrista Slash mais gosta de tocar ao vivo
A fria relação do Ultraje a Rigor com as outras bandas da cena, segundo Roger Moreira

Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Em 16/01/1993: o Nirvana fazia um show catastrófico no Brasil
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



