O disco onde Robert Plant superou o Led Zeppelin, nas palavras dele mesmo
Por Bruce William
Postado em 19 de maio de 2025
A sombra do Led Zeppelin sempre foi difícil de escapar. Depois de dominar a década de 1970 e redefinir o rock com riffs pesados e performances viscerais, o grupo terminou de forma abrupta em 1980, com a morte de John Bonham. Mas o fim da banda não encerrou o que ela significava — especialmente para Robert Plant.
Led Zeppelin - Mais Novidades
Seguir carreira solo com o peso de ter sido a voz de uma das maiores bandas da história não era simples. Plant sabia que qualquer coisa que fizesse seria comparada àquilo que ele havia feito com Jimmy Page, Bonham e John Paul Jones. O público queria intensidade, energia, misticismo — e o selo Led Zeppelin estampado em tudo, mesmo que em espírito.
Durante os primeiros anos da carreira solo, Robert tentou equilibrar as expectativas com seu desejo de explorar novos caminhos. Mas ele mesmo reconhece que demorou a encontrar o rumo. "Eu não sabia exatamente o que fazer, porque a roda da fortuna — e também a roda da [gravadora] Warner Bros. — me empurrava a manter tudo intenso e agressivo, continuar a tradição que já estava na mente de todo mundo por causa do Zeppelin."
Esse conflito ainda era forte em 1982, quando gravou a faixa "Big Log". Mas foi só com o tempo, e principalmente ao longo dos anos 1990, que Plant percebeu que não precisava mais carregar aquele passado, conforme ele disse em fala reproduzida na Far Out. "A gente cresce, sabe? Ou então recua e diz: 'Cheguei até aqui, é isso que consigo fazer'. Acho que esse crescimento foi do tempo das rotações na MTV até o 'Fate of Nations'. A partir dali, eu meio que deixei aquilo tudo para trás."
Lançado em 1993, "Fate of Nations" foi o disco que marcou esse ponto de virada. Era o Plant artista solo, sem a alcunha de "ex-Led Zeppelin" colada como um rótulo obrigatório. Musicalmente, o álbum transitava por paisagens mais maduras, introspectivas e abertas a novas influências, sem soar como tentativa de repetir o passado.
Para muitos fãs, foi um alívio ver Plant se afastar da caricatura do vocalista selvagem, sensual e épico que o Zeppelin ajudou a moldar, uma imagem que se tornou insustentável com o passar do tempo. Para outros, o novo caminho parecia distante demais dos riffs monstruosos de Page e da potência mítica da banda original.
Mas para Robert Plant, "Fate of Nations" não foi uma ruptura e sim uma libertação. Não um renascimento teatral, mas o passo firme de alguém que finalmente entendeu que seguir adiante às vezes significa parar de olhar pra trás.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
Lynyrd Skynyrd é confirmado como uma das atrações do Monsters of Rock
Ozzy Osbourne foi secretamente hospitalizado duas semanas antes do último show
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O "vacilo" que levou Nicko McBrain a achar que fosse passar no RH do Iron Maiden
Hellfest terá 183 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
Para alguns, ver o AC/DC é um sonho. E sonhos não têm preço
O guitarrista que, segundo Slash, "ninguém mais chegou perto de igualar"
Turnê de despedida do Megadeth pode durar cinco anos, segundo Dave Mustaine
A banda lendária que apresentou Tom Morello ao "Espírito Santo do rock and roll"
Slash explica por que tocar o solo "diferente do disco" é uma faca de dois gumes
Jake E. Lee sentia-se como uma "nota de rodapé" na história de Ozzy Osbourne
Cover de Chuck Schuldiner para clássico de Madonna é divulgado online

Quando Duane Allman ficou irritado com Robert Plant no palco; "vou lá e arrebento esse cara"
O hit do Nirvana sobre Whitesnake, Guns N' Roses, Aerosmith e Led Zeppelin
Mark Tremonti (Creed, Alter Bridge) lembra quando tocou Led Zeppelin com vocalista do AC/DC
A influência subliminar que Slash admite em seu trabalho; "eu gostava quando criança"
Robert Plant conta como levou influência de J. R. R. Tolkien ao Led Zeppelin
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
O maior baterista de todos os tempos para Phil Collins; "nunca tinha visto nada parecido"
A única música do Led Zeppelin que Geddy Lee conseguia tocar: "Padrão repetitivo"
Robert Plant e a banda que ele se ofereceu para tocar baixo
Cinco bandas de rock/metal que tiveram finais muito tristes


