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Edu Falaschi e Orquestra: Metal e Erudito em perfeita sincronia

Resenha - Temple Of Shadows In Concert (Tom Brasil, São Paulo, 04/05/2019)

Por Alexandre Veronesi
Postado em 11 de maio de 2019

O projeto era ambicioso. Após a bem-sucedida turnê "Rebirth Of Shadows", que revisitou o material do cantor em seus anos de Angra, EDU FALASCHI e sua trupe, composta pelos antigos companheiros Aquiles Priester (bateria) e Fábio Laguna (teclado), além de Diogo Mafra (guitarra), Roberto Barros (guitarra) e Raphael Dafras (baixo), anunciaram a "Temple Of Shadows In Concert", na qual o icônico e já clássico álbum de 2004 seria executado em sua totalidade, junto a uma orquestra ou um quarteto de cordas, de acordo com a estrutura do local do evento. No último sábado, dia 04/05, estivemos no Tom Brasil, em São Paulo, para prestigiar o show mais emblemático deste giro: a tão aguardada gravação de DVD, ao lado da Orquestra Bachiana Filarmônica, regida por ninguém menos que o lendário maestro João Carlos Martins, e que contou também com as participações mais do que especiais de Kai Hansen (Helloween, Gamma Ray, Unisonic), Michael Vescera (Yngwie Malmsteen, Loudness, Dr. Sin), Sabine Edelsbacher (Edenbridge), Guilherme Arantese Tiago Mineiro.

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No papel, tudo estava maravilhoso. Mas e na prática, será que funcionou? Vamos descobrir nos parágrafos abaixo.

O espetáculo teve início pontualmente às 22h, com a execução da belíssima Quinta Sinfonia de Beethoven pela orquestra completa, comandada com pulso firme por João Carlos Martins, ovacionado por diversas vezes ao longo da apresentação. Aos primeiros acordes de "Gate XIII", a platéia foi ao delírio (por sinal, achei uma decisão acertada encaixá-la no início, considerando a ocasião). "Deus Le Volt!" só fez aumentar a ansiedade do público, que veio abaixo com a entrada da banda ao som da imponente "Spread Your Fire".

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Conforme esperado, a ordem das canções foi seguida à risca, de acordo com o registro de estúdio. Desta forma, a atuação seguiu com "Angels And Demons", "Waiting Silence" e "Wishing Well", que assim como todo o set, foram tocadas com uma precisão incrível, praticamente idênticas às suas versões originais. A brutal "The Temple Of Hate" trouxe consigo o primeiro convidado da noite, Kai Hansen, que é considerado o grande criador do Power Metal. Seu dueto com EDU funcionou muitíssimo bem ao vivo, fazendo deste um dos grandes momentos do show.

Heavy Metal e música erudita sempre tiveram uma boa relação, e nesta ocasião não foi diferente. Os arranjos orquestrais só fizeram enobrecer um repertório já grandioso por natureza, e o resultado final foi um verdadeiro deleite para os nossos ouvidos.

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Após a épica "The Shadow Hunter" (com um ótimo trabalho de adaptação vocal de EDU na altíssima parte final da música), a cantora austríaca Sabine Edelsbacher é chamada ao palco para a bonita e melancólica "No Pain For The Dead", entregando uma performance surpreendente. O terceiro e último convidado internacional foi o grande Michael Vescera, que aqui ficou responsável pelas linhas originalmente gravadas por Hansi Kürsch (Blind Guardian) em "Winds Of Destination", cumprindo o papel com maestria.

Seria quase criminoso de minha parte não enaltecer o line-up espetacular deste grupo: sobre o Aquiles, bem, todos sabem de seu talento, então é desnecessário tecer maiores comentários. Em minha humilde opinião, trata-se do melhor baterista de Heavy Metal do Brasil. Laguna também é um velho conhecido, tecladista excepcional e que ainda segura os backing vocals com muita classe; a dupla de guitarristas formada por Mafra e Barros é tecnicamente assombrosa, e a química existente entre eles é notável, sem contar que o primeiro possui ótima presença de palco; e Raphael Dafras se mostra um instrumentista muito seguro e competente, executando complexas linhas de baixo com total propriedade.

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Por último, mas obviamente não menos importante, EDUARDO FALASCHI. É de conhecimento geral que o vocalista enfrentou inúmeros problemas de saúde em anos passados, o que prejudicou (e muito) a sua performance ao vivo durante um bom tempo. Com grande satisfação, posso afirmar que tais dificuldades foram superadas com sucesso, e o rapaz está cantando muito bem. Em termos de voz, muito provavelmente, foi a melhor atuação que eu pude presenciar do cantor.

Depois das não tão expressivas "Sprouts Of Time" e "Morning Star", chegava o momento de ouvir um dos sons mais aguardados e queridos pela audiência: "Late Redemption". Se na versão de estúdio o cantor Milton Nascimento fez um lindo trabalho, aqui foi Guilherme Arantes que entregou uma interpretação à altura, bastante memorável e emocionante.

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Realizada a íntegra do "Temple Of Shadows", fomos agraciados com um instante solo de Guilherme Arantes, do qual EDU é um grande fã confesso. O músico apresentou, com voz e piano, um medley de suas canções "Meu Mundo e Nada Mais" e "Amanhã", seguido de "Um dia, Um Adeus". Logo após, já com a banda completa e orquestra (à partir deste ponto, regida pelo maestro Adriano Machado), tivemos "Planeta Água", fechando a participação do lendário pianista brasileiro.

Foi então executada uma versão "Metal Neoclássico", ao melhor estilo Malmsteen, de "Summer", famoso concerto que integra a obra "Le Quattro Stagioni", do músico e compositor barroco Antonio Vivaldi, com Roberto Barros ao centro do palco, fazendo um belo e virtuoso solo de guitarra. As novas "Streets Of Florence" e "The Glory Of The Sacred Truth", lançadas em formado EP no ano passado, também não ficaram de fora. A primeira, que contou com a participação do pianista Tiago Mineiro, se mostrou excelente "in loco", enquanto a segunda, que dá nome ao EP citado, não funcionou bem, especialmente pelo uso de playback em algumas passagens.

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Era chegada a hora dos "gringos" brilharem. O primeiro foi Kai Hansen, que voltou ao palco, empunhando sua característica guitarra Flying V, para a execução do (talvez) maior clássico do Gamma Ray, "Rebellion In Dreamland", que foi absolutamente avassalador. Na sequência, veio Michael Vescera para cantar a ótima "Seventh Sign", uma das mais conhecidas canções de Yngwie J. Malmsteen, eternizada em sua voz. Ficou faltando, infelizmente, uma segunda aparição da fantástica Sabine Edelsbacher.

Adentrando a reta final do espetáculo, EDU fez um longo discurso, falando sobre o projeto, as dificuldades, e como tudo começou, além de apresentar cada integrante do grupo. O show, que já beirava 3 horas de duração, teve seu encerramento apoteótico com "Rebirth" e "Nova Era", hinos absolutos do Angra, entoados em uníssono pela platéia, que lotou as dependências do Tom Brasil.

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Caso ainda não tenha ficado claro, vou responder a pergunta feita no início da matéria: sim, funcionou! E como funcionou!! Com exceção de alguns discurssos que inevitavelmente quebram o ritmo da apresentação, foi uma noite irretocável, e com toda a certeza já entrou para a história do Metal nacional. Parafraseando o sr. Priester: "O Alemão voltou"!

SETLIST

01. Symphony No. 5 (Ludwig Van Beethoven)
02. Gate XIII
Deus Le Volt! (intro)
03. Spread Your Fire
04. Angels And Demons
05. Waiting Silence
06. Wishing Well
07. The Temple Of Hate
08. The Shadow Hunter
09. No Pain For The Dead
10. Winds Of Destination
11. Sprouts Of Time
12. Morning Star
13. Late Redemption
14. Meu Mundo e Nada Mais / Amanhã (Guilherme Arantes)
15. Um Dia, Um Adeus (Guilherme Arantes)
16. Planeta Água (Guilherme Arantes)
17. Summer (Antonio Vivaldi)
18. Streets Of Florence
19. The Glory Of The Sacred Truth
20. Rebellion In Dreamland (Gamma Ray)
21. Seventh Sign (Yngwie J. Malmsteen)
22. Rebirth
In Excelsis (intro)
23. Nova Era

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Resenha - Temple Of Shadows In Concert (Tom Brasil, São Paulo, 04/05/2019)

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