O membro do Angra que contribuiu demais para reunião da formação "Rebirth"

A cena do metal brasileiro foi sacudida após o anúncio de que o Angra subirá ao palco do Bangers Open Air 2026 com a formação que marcou a era Rebirth. O reencontro de Edu Falaschi, Kiko Loureiro e Aquiles Priester com Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli encerra anos de especulações, expectativas e pontes sendo reconstruídas nos bastidores. Não é exagero dizer que esse é um dos movimentos mais simbólicos da história recente do metal nacional - e, segundo o próprio Bittencourt, houve um responsável direto por aproximar as partes.

Angra fará show com formação de "Rebirth" no Bangers Open Air 2026

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Em entrevista ao quadro Assino Embaixo, do canal de Regis Tadeu, Bittencourt comentou que o momento da reconciliação chegou até antes do esperado. "Olha, o momento chegou até antes do que eu imaginava, né? Porque justamente tem os embrolhos pessoais, os desafios eram no campo humano, de relações humanas", explicou o guitarrista. Ele destacou que não tinha como prever quando a situação amadureceria: "A gente nunca sabe quanto tempo vai demorar, porque você depende de outras pessoas, tá fora do seu controle."

O músico então revelou que um dos pilares dessa reaproximação foi o baixista Felipe Andreoli. Segundo Bittencourt, o colega teve papel decisivo na reconstrução dos vínculos entre os envolvidos. "Acho que foi num bom momento… e teve muito da sua participação, provavelmente falar isso hoje, né? Dessa ponte humana, essa ponte de amizade, respeito, confiança que você construiu com todos os envolvidos. Acho que você é um pilar nessa história", afirmou ele, olhando para Andreoli.

Ainda na entrevista, Bittencourt se mostrou empolgado com a força atual da banda como grupo unido. "Eu tô feliz, tô empolgado. Sobretudo pelo que nós somos juntos: eu, você, o Barão e o Kiko… e a banda atual, o Marcelo, o Fábio e o Bruno. O que nós somos hoje é uma força grande. Isso possibilita a gente poder abrir as portas", declarou.

Na sequência, Felipe Andreoli explicou por que o show da formação Rebirth finalmente pôde acontecer - e por que a janela era tão delicada. Ele destacou que o convite partiu do próprio festival. "Por que esse show vai acontecer? Porque o Bangers fez esse convite da gente fechar o festival convidando ao palco o Kiko Loureiro, o Edu Falaschi e o Aquiles Priester", disse o baixista. Mas o convite só foi possível porque os laços estavam sendo costurados há algum tempo.

Andreoli detalhou que havia muito trabalho emocional e pessoal envolvido. "A gente vem construindo há algum tempo essa reaproximação. Foi ajeitando uma série de arestas que precisavam ser aparadas, assuntos que precisavam ser conversados, até papos meio difíceis que precisavam ser tidos", revelou. Ele ainda ressaltou que, meses antes, seria impossível: "Se fosse há seis meses, não seria possível. Se fosse há um ano atrás, talvez não seria. Você ia falar: 'Olha, agradeço, mas é viagem, não tem como acontecer'."

O contexto dessa reconciliação ganhou força após o anúncio oficial do Bangers Open Air 2026, que acontecerá nos dias 25 e 26 de abril, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O Angra será o headliner do segundo dia, celebrando os 25 anos de Rebirth e também os 35 anos de carreira da banda. O festival divulgou que o show será dividido em duas partes, reunindo a formação clássica da Nova Era e os integrantes atuais em um mesmo espetáculo.

Em nota, o Angra afirmou: "Ser headliner de um grande festival no Brasil, como banda brasileira, tem um significado enorme para nós. É a prova de que o metal feito aqui tem força, história e relevância." Já a organização do Bangers reforçou o caráter histórico do momento: "Ter a lendária formação do Rebirth como headliner consagra a força e a trajetória da música produzida aqui."