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Roger Waters: uma jornada de contato com o outro

Resenha - Roger Waters (Arena Fonte Nova, Salvador, 17/10/2018)

Por Breno Airan
Postado em 25 de outubro de 2018

O sofrimento é o leitmotif da condição humana. E esse parece ser o pano de fundo musical das nossas vidas.

A cada dia que passa, tenho entendido mais que a ânsia em não sofrer já é, em si, o próprio revés alcançado.

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Afinal, quando rejeitamos algo, estamos presos a este algo. O segredo para se livrar do sofrimento é paradoxalmente deixá-lo agir; invadir nossas esperanças, para assim, lidarmos com ele. E deixá-lo ir. Parece simples, né?

Compreender que isso tem nos levado à danse macabre (onde nos juntaremos de mãos dadas na hora final) me ajudou a respirar o mesmo ar de todos os seres.

Descobri então que todos estamos — seres vivos e não vivos — interconectados. É como perceber que o lixo que produzo diariamente, na verdade não vai para um aterro, mas para a minha própria casa. A Terra é essa nossa casa. O nosso lar em comum.

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Em 2015, eu havia ido para o show do DAVID GILMOUR, um dos arquitetos por trás do PINK FLOYD, mas esse insight ainda não tinha me atingido com essa natureza.

Igualmente importante, o espetáculo realizado em 12 de dezembro daquele ano, na capital paulista, me marcou de forma profunda. As mensagens nas letras das canções, a comunicação por via musical. Estava tudo ali.

Mas com ROGER WATERS, um outro tijolo da parede floydiana, a coisa toda ganhou um molde mais claro, encimentando tudo o que está acontecendo em termos políticos, sociais, econômicos, culturais e espirituais ao nosso redor.

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O show dele, intitulado "Us + Them", é, de longe, um dos pontos mais relevantes no Brasil de 2018. Um país que se vê no espelho, olhando para trás.

Junto com minha família, namorada e amigos, saímos de Arapiraca, no interior de Alagoas, para uma viagem asfáltica de quase 8h. A van estava cheia de sonhos a serem concretizados.

A própria estrada ressignificava a sua função: estávamos indo rumo à lucidez que o momento atual exige.

Quando a Arte trafega por estes caminhos, abrindo em nós a possibilidade de entendermos — ou ao menos questionarmos — a nossa existência e as escolhas pré-determinadas que operamos, ela cumpre o seu papel.

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E este papel precisa ser rascunhado por quem tem acesso a ele; colocamos na Música (já que é disso, em grande parte, que se trata o direcionamento de Roger) uma forma de nos distrairmos, de nos entretermos. Mas a Música é mais que isso.

Além de mim e dos que estavam na van arapiraquense, havia 28 mil pessoas acompanhando as imersões visuais num telão de 70 metros de largura por 14 de altura. Certamente, esse fator sensorial somava e muito ao contexto sonoro.

A performance se inicia com uma mulher, sozinha, olhando para a imensidão do mar.

Não sei porque, mas me remeteu a alguém esperando por algo. Refletindo. Não havia angústia, não havia privilégio. Apenas a ótica ampliada para o que somos: sozinhos no mundo.

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Nascemos sós e morremos sós. Por isso a nossa necessidade de contato. Para mim, participar de um show desse é também uma experiência de tato com os demais ouvintes e fãs do Floyd e do próprio Roger.

Estávamos ali em rede, conectados por fios invisíveis — não majoritariamente vindos de cima. E, assim, ele inicia a performance com um mix de introduções do "Dark Side of Moon" (1973) e do seu último solo "Is This the Life We Really Want?" (2017), até chegar em "Breath".

Este é o primeiro aspecto de conexão: todo ser humano respira; compartilha o ar. E é isso que Roger pede para que façamos já de cara, no comecinho do show. É como se dissesse: "Respire. Inspire e perceba que está vivo. Como nós ao redor também estamos".

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É exatamente isso que fazemos ao sairmos do abrigo materno, no pós-nascimento. O berro, o choro se dá por esse primeiro respiro. Então estamos vivos. E essa música fala disso e de correr para cavar seu próprio buraco, a fim de subir na crista da onda, surfando na nossa experiência enquanto seres de consciência.

E também lembrando da nossa corrida inevitável à morte. Daí a "Time" me toma alguns minutos desse percurso para que eu filosofe sobre estar ali assistindo um espetáculo daquele tamanho e essa coisa toda.

Como cheguei até esse show? O que me levou, de fato, até lá não foi uma van partindo de Arapiraca. Foi o desejo de completude, que só a música é capaz de iludir a gente de um jeito bem singelo. Porque a música tem começo, meio e fim, como nós. Ela acaba. Como nós. Como todos que estavam ali vendo aquilo ao vivo. Tempo esgotado!

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A mensagem por trás das letras do Floyd vão além de uma filosofia de almanaque. As questões deles são universais. Por isso tão perto da gente. Por isso tão longe das respostas.

Mais do que sobre educação, por exemplo, a "Another Brick in the Wall", para mim, é também um libelo à nossa inseparatividade como tribo, como aldeia global — sobretudo, hoje, em dias de internet. Somos mais um tijolo nessa parede. Somos indivíduos, mas sempre muro.

Acima de tudo, o ser humano é um ser social. Um ser que sente as nuvens da paisagem. Se chove, ele se encolhe. Se a nimbus se abre, ele transpira.

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Foi nessa perspectiva que se deu a parte 2 da "Another...", com crianças do Projeto Axé adentrando e realizando o desejo de muita gente: gritar "Resista" e transpirando num palco que carrega tanto o que dizer.

Todas estavam com a mesma mensagem, em inglês, numa camisa preta. Os braços em riste, virtualizando potência. Nós podemos, sim, resistir às iminências, apenas nos posicionando não por quem está certo, mas pelo que é certo.

A vida é mais importante. O respiro que nos amarra. O berimbau do mestre capoerista Moa do Katendê que ecoa nesse grande vazio que brota hoje em nossa sociedade. Lindamente, Roger fez uma homenagem ao bahiano assassinado há pouco por motivos políticos frívolos. De que lado você está? Da vida.

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Não existe motivo para se matar ninguém. Quem o faz e quem incita isso, merece nossa atenção e o nosso veemente combate. Os olhares têm de estar por cima desse muro de tijolos mal encaixados para identificá-los.

Sempre atento às águas e suas mudanças, Roger, numa denúncia sobre o surgimento do neofascismo em todo o globo, expôs alguns deles no telão, em sua maioria líderes como Donald Trump, dos EUA; Marine Le Pen, da França; Nigel Farage, do Reino Unido; Vladimir Putin, da Rússia; e... bem, no Brasil, quando se manifestou, ele foi vaiado em seu primeiro show em São Paulo. Engenhosamente, apenas colocou "Ponto de Vista Político Censurado". Justamente o clima que estamos prestes a presenciar. Uma ironia bem ao estilo inglês.

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Manifestações políticas saíam de todos os anéis da Arena Fonte Nova e da pista. O estádio estava num emaranhado de fios, alguns unidos, outros enroscados. Mas lá estávamos. Com o mesmo grito, o mesmo berro. Querendo ser ouvidos. Querendo resistir à existência. Fingindo haver lados nesse muro.

É aqui que entra o segundo aspecto de conexão: o nosso contato também se faz pela repulsa, pelo ódio. Parece esquisito. Parece paradoxal. Mas é que a rejeição é um tipo de prisão, apesar de a gente não perceber.

Quando Roger esculhamba os fascistas antigos e novos e os chama de "porcos", dando mote para a fábrica do álbum "Animals" (1977) se erguer digitalmente diante de um hipnotismo tecnológico, ele está estritamente conectado aos que odeia, combate e resiste.

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Apesar de ser uma emoção avassaladora, o ódio ainda reserva essa façanha de nos manter em contato. E ele é necessário nesse viés para notarmos que é preciso entender o mundo do outro a partir do outro. Porque ele pensa assim?

Acho que é essa aproximação que esse senhorzinho de 75 anos se propõe com a adição de um símbolo matemático de soma no título da turnê "Us + Them", ao invés de "Us and Them", como na música.

Não há como escapar desse campo magnético criado entre nós e eles. Não estamos livres uns dos outros. Precisamos dialogar, mesmo que em ação irada, com quem nos trata mal enquanto humanidade.

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A aproximação é perdida, em algumas faces do show como em "The Last Refugee", "Wish Yoy Were Here" e "Money". As mãos se despedaçam externamente. Eternamente?

O resgate se dá com esse percurso interno que todos precisamos fazer. Esse despertar para se cheirar as rosas. Para perceber a plenitude da oportunidade de estarmos aqui no jardim inferior.

Este show do Roger me fez perceber, ao lado de pessoas que eu amo e de pessoas desconhecidas (que eu também deveria amar sem pressão), o quanto eu sou pequeno. Essa é a premissa da aceitação, do contentamento.

É a premissa que nos joga de volta ao sofrimento e sua trilha sonora particular, aquele mesmo leitmotif.

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Sendo pequenos, como todos os que estavam lá "bebendo na Fonte Nova" e os que estão aqui me lendo, nos resta sofrer. É o terceiro aspecto de conexão: todos nós, em igual medida — talvez não em intensidade —, sofremos. Se estamos vivos, estamos sofrendo.

Mais do que qualquer outra coisa, isso deveria fazer com que os fios se revelassem, estampando sua cor — que não é a do sangue; não precisamos ser tão maus conosco, com os outros e com os animais.

Só nesse trajeto interno é que a gente se conhece, se percebe, se perdoa e se autocompadece, para que, com efeito, a nossa compaixão invada os que estão em volta.

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Esse diário de bordo que estou fazendo, diferente de todos os outros, é interno. Um diário de bordo interior. Não é somente sobre a viagem Arapiraca-Salvador; é sobre o fio que nos conduz enquanto ainda há capacidade de luz. Enquanto ainda podemos ver.

"Tem alguém aí?". Com a inédita em formato ao vivo "Two Suns in the Sunset", do "The Final Cut" (1983), e fechando tudo com "Comfortably Numb", o baixista, violonista, cantor e compositor entende e perpetua o sentimento dos poucos.

As mãos se dão. A reaproximação é também inevitável. A esperança se desdobra na mulher sentada no horizonte acolhendo a própria filha que estava brincando morro abaixo, mar adentro. O nosso Eu acolhendo o nosso eu.

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E é isso. Roger conseguiu. Conseguiu hastear o porquê precisamos nos unir e de "poucos" passarmos a "muitos", passarmos a uma unidade: todos estamos, nós + eles, em igual condição humana. Preciosa guerra. Daí o seu show ser, no Brasil atual, no mundo atual, um marco artístico. Uma bandeira sem partido estendida na praia. Esse é o nosso Dia D.

* * *

Confira o setlist tocado em Salvador:

Speak to Me/ When We Were Young
Breathe (In the Air)
One of These Days
Time
The Great Gig in the Sky
Welcome to the Machine
Dévà Vu
The Last Refugee
Picture That
Wish You Were Here
The Happiest Days of Our Lives
Another Brick in the Wall, pt. 2
Another Brick in the Wall, pt. 3
Dogs
Pigs (Three Different Ones)
Money
Us and Them
Smell the Roses
Brain Damage
Eclipse
Two Suns in the Sunset
Comfortably Numb

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Sobre Breno Airan

Acima de tudo, um forte. Ser roqueiro no Nordeste é estar cercado de olhares de soslaio. Mas ele sabe ser simpático. Começou a escutar Heavy Metal ainda na barriga da mãe. A seu pai, uma verdadeira enciclopédia do estilo, deve tudo. Aos 14 anos, pediu para uma tia R$ 12 de presente de Natal, foi a uma loja de CDs usados e catou logo o "Rust in Peace", do Megadeth - em perfeito estado, inclusive. Daí por diante, a paixão só vem aumentando. É editor do blog Rock na Velha, integrante do blog Combe do Iommi e colaborador da revista alagoana Rock Meeting. Ainda tem tempo para ser jornalista e de tocar baixo em sua banda de Hard Rock, a Azul Manteiga.
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