Plastic Fire e Diabo Verde no Rio Novo Rock: resenha de show
Resenha - Plastic Fire e Diabo Verde (Rio Novo Rock, Imperator, Méier, RJ, 26/03/2015)
Por Sigried Neutzling Buchweitz
Postado em 01 de abril de 2015
Há séculos não entrava no Imperator. Minha lembrança era de uma casa de shows com excelente estrutura, que recebia shows de alto nível, ali no Méier, que infelizmente tinha fechado em 1996. Nomes internacionais como Ramones, Pantera e Megadeth, e nacionais como Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii e Planet Hemp pisaram naquele palco até seu fechamento, que durou uns 16 anos.
Desde que reabriu, em 2012, não tinha ido lá. E está tão lindo... Pra quem está acostumado com a simplicidade dos locais onde costumam ser os shows underground, chega a causar espanto saber que aquela casa agora abriga um evento mensal para mostrar a que veio a cena independente carioca. Senti-me agraciada por estar ali e poder ver com todo o conforto dois excelentes shows com a estrutura que as bandas sempre mereceram: luz e som de primeira, ambiente refrigerado, seguro, preço honesto: R$10,00 por aquilo tudo, num local de fácil acesso.
Não à toa, deviam estar presentes ali umas 200 a 300 pessoas numa quinta-feira, ou seja, tendo que trabalhar ou estudar no dia seguinte. É porque realmente vale a pena, viu?
O espaço foi aberto às 20:00 e o primeiro show começou pouco depois das 21:00. Nesse meio tempo era possível apreciar os skatistas fazendo suas manobras num half pipe instalado no fundo da plateia.
Muito legal de se ver, mas recomendo que da próxima vez instalem algum tipo de proteção além das grades, mais especificamente na parte de baixo, onde tem uma fresta. É que um skate voou em direção à minha canela, por ter passado justamente por aquele buraco... Baita azar! A dor foi tanta que caí no chão, mas um membro da brigada que estava lá prontamente me socorreu colocando gelo e um spray que na hora nem consegui identificar direito, mas que salvou minha vida.
Já estava recuperada quando a banda Diabo Verde subiu ao palco. Gostei muito de ver os caras! Com um som inspirado em bandas como Bad Religion, Pennywise e Rise Against, têm letras em português que falam sobre o cotidiano de uma pessoa comum. Um dia de fúria? :D
Seu álbum mais recente é intitulado "Sincericídio" (sinceridade + suicídio), foi gravado no Superfuzz e contou com um time formado por Gabriel Bil (ex-Noção de Nada e atual Zander - técnico de baixo e guitarra e masterização), Elton Bozza (produção)e Renato Rocha (guitarrista dos Detonautas - guitarra da faixa "O que realmente importa"). Não contente em apenas apreciar o show, a galera subia ao palco para cantar junto as músicas da banda.
A segunda banda a subir ao palco foi a Plastic Fire. Já assisti ao show deles antes na Audio Rebel e (confira nesta entrevista)... Ainda bem que o Imperator é grande, pois foi uma chuva de gente dando stage dive! Os shows da Plastic Fire são sempre insanos, uma grande catarse coletiva. Certamente todos saem dali de alma lavada! :D
Sua música, feita para gritar e pular junto, tem como mais recente expressão o álbum "CidadeVelozCidade" (2014), realizado graças a um crowdfunding, em formato online e com download gratuito para os colaboradores da campanha. Saiu também um formato "físico" através dos selos independentes Urubuz Records, SpiderMerch Brasil e Burning London Records. Foram parceiros nesta empreitada: Estúdio Superfuzz, Gabriel Zander na produção e Flavio Flock no projeto gráfico.
O formato com duas bandas foi ideal para um evento no meio da semana, pois ainda deu pra ficar minimamente em pé durante o expediente no dia seguinte. Outro ponto a favor foi a facilidade para conseguir transporte: ao fim do show, havia dezenas de taxis do lado de fora. Quem quiser ir de carro pode parar em um dos cinco estacionamentos das redondezas. E quem não estiver com essa bola toda pode usufruir da farta rede de ônibus que serve o local.
O show de ambas as bandas foi ótimo, o clima do lugar e especialmente do evento era excelente: público animado do início ao fim, astral lá em cima e muita tranquilidade. O evento foi muito bem organizado, parabenizo a todos os envolvidos; saí de lá já pensando em voltar. Tem tudo para durar muitos anos e gerar muitos frutos!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
Loudwire elege os 11 melhores álbuns de thrash metal de 2025
A cantora que fez Jimmy Page e Robert Plant falarem a mesma língua
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
O baterista que Neil Peart dizia ter influenciado o rock inteiro; "Ele subiu o nível"
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
Steve Vai: "Eu não posso tocar como Yngwie Malmsteen; ninguém pode tocar como ele"
Qual era a opinião de Tony Iommi sobre Ozzy Osbourne solo e Randy Rhoads em 1984?
Restart: após uma década, como está garota do meme "puta falta de sacanagem"

O último grito na Fundição Progresso: Planet Hemp e o barulho que vira eternidade
Pierce the Veil - banda dá um grande passo com o público brasileiro
Tiamat - aquele gótico com uma pegada sueca
Boris - casa lotada e público dos mais diversos para ver única apresentação no Brasil
Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente



