Darkside: Headbanger cearense sabe bem o que significou esse dia
Resenha - Darkside (Rock Cordel 2013 - Theatro José de Alencar. Fortaleza, 10/01/2013)
Por Leonardo M. Brauna
Postado em 02 de fevereiro de 2013
No dia 10 de Janeiro iniciaram-se as primeiras apresentações da sétima edição do 'Rock Cordel', esse festival que é realizado anualmente pelo 'Centro Cultural Banco do Nordeste' (CCBNB) e apoiado pelo governo do estado do Ceará, oferece oportunidade para a banda independente mostrar o seu talento, assim como espaço para oficinas culturais e 'Workshop'. Foram quatro dias de eventos totalmente gratuitos no jardim do Theatro José de Alencar, cartão postal de Fortaleza, reunindo um público numeroso e participativo.
Das atrações musicais do primeiro dia, subiram no palco as bandas NFÚRIA, KRENAK, BETRAYAL, CRIOKAR, OBSKURE, S.O.H., DARKSIDE, WARBIFF, AGRESSIVE, e FACADA. O 'Headbanger' cearense sabe bem o que significou esse dia, pois pelo 'Casting' já se imagina a sonzeira brutal que rolou a céu aberto naquela quinta-feira. Infelizmente por motivo de outros trabalhos não pude conferir todo o espetáculo, mas cheguei a tempo de prestigiar a garra e energia emanadas da DARKSIDE que dava continuidade ao "terremoto" iniciado pela NFÚRIA.
Para a banda aquele show teve um motivo especial, pois marcava a despedida do vocalista ALEX EYRAS que partiu para dedicar-se a projetos pessoais, mas o registro deixado naquela noite entrou para a memória de todos os presentes como fato histórico. Os 'Thrashers' aproveitando a boa fase vivida com o seu mais novo álbum 'Prayers in Doomsday', não perderam tempo e o tocaram na íntegra levando todo o público ao "delírio" com os temas que valeram à indicação desse trabalho para o melhor CD nacional de 2012.
Para dar início à festa, a faixa "Prayers in Doomsday" é tocada com os fãs mais fieis se aglomerando na grade de proteção. A postura de palco dos músicos não deixava dúvidas do conforto que é tocar "em casa". "Sacrificed Parasites" e "Anticitizen One" complementaram a diversão, principalmente com o "abandono de palco" do guitarrista TALES GROO para juntar-se ao público na grade. Mas a troca de calor humano eleva-se mais ainda aos primeiros 'riffs' de "Bubonic", essa que já se tornou clássico da banda, faz a galera em peso proferir o seu refrão ofuscando até mesmo a audição vinda dos PA's. É nessa hora também que obrigatoriamente me pus a distanciar mais do palco, pois as rodas que tiram o sossego de qualquer "gordinho" como eu, se intensificavam a cada música. E a "molecada" dava um show à parte naquele empurra-empurra infernal!
A apresentação seguiu-se com Born for War, uma de minhas preferidas do aclamado CD. O refrão com as bases galopadas de HELDER JACKSON (guitarra) e TALES GROO funcionam com perfeição à cozinha de RENATO FILTRO (baixo) e RICHARDSON LUCENA (bateria). Uma pausa para os agradecimentos de ALEX à produção do evento e ao público presente, e tudo começa novamente com "Cursed by the Dawn", outra faixa que empolga muito no 'Player' e que ao vivo causa "arrepios" na execução. Certamente quem "tomará" o lugar de ALEX no posto de vocalista terá dificuldades nas notas altas do refrão.
Assim como todas as outras, "Crossfire" também transmitiu muita energia, mas ao mesmo tempo um certo receio, pois quem possui o álbum sabia que essa canção é a penúltima do disco, no entanto o povo soube aproveitar ainda cada minuto restante para o final.
Passada a demonstração de técnica e "violência" chega a vez do líder TALES fazer os seus agradecimentos finais para então tocarem o hino "The Apocalypse Bell". Quem estava na frente do palco cantava junto com a banda os trechos da música, quem estava no meio tentava extrapolar a sua "loucura" como cão correndo atrás do próprio rabo, e mais atrás, pessoas com uma satisfação singular em ver uma das maiores representantes de seu estado oferecer para toda essa gente animada, hospitaleira e calorosa uma festa maravilhosa. Há também quem se entristeceu pela partida do talentoso ALEX EYRAS, mas que venha um bom substituto e consiga assim como ele, atingir primeiramente a aprovação da banda e o mais importante, a aprovação dos fãs.
A produção do evento mais uma vez esteve de parabéns, pois ano após ano as barreiras são superadas, o espaço cada vez mais se abre e o com isso o Ceará vem conquistando posições importantes dentro do 'Underground brasileiro'. Os agradecimentos dessa matéria vão para toda a equipe envolvida, em especial para André Marinho (coordenador), Fernando Pessoa (apresentador), Emydio Filho (Gallery Productions) e Amaudson Ximenes (OBSKURE) que colaboraram muito para tal realização!
Veja a baixo o vídeo de uma das noites do festival feito pelo apresentador Fernando Pessoa:
Set List:
01 – Prayers in Doomsday;
02 – Sacrificed Paradites;
03 – Anticitizen One;
04 – Bubonic;
05 – Born for War;
06 – Cursed by the Dawn;
07 – Crossfire;
08 – The Apocalypse Bell.
Fotos:
Carlos "Rock" Gadelha;
André Rocha.
Para ler sobre outros shows deste mesmo festival, acessem a resenha do amigo e também colaborador do Whiplash, Leonardo Daniel Tavares da Silva.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
Os três clássicos do Iron Maiden que foram "copiados" do Michael Schenker Group
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
A banda que mais pode repetir sucesso do Iron Maiden, segundo Steve Harris
A melhor música de cada disco do Metallica, segundo o Heavy Consequence
Paulo Ricardo e a loucura em hotel nos anos 1980: "Eu já tinha perdido o pudor!"
O clipe do Linkin Park que não envelheceu bem, na opinião de Mike Shinoda
Tom Morello comenta seu álbum preferido de sua "banda favorita de todos os tempos"


Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista



