2º Zombie Night Fest: como foi o evento em Macapá, no Amapá
Resenha - 2º Zombie Night Fest (Biroska Concept Bar, Macapá, Amapá, 11/08/2012)
Por Bruno Blackened
Postado em 14 de agosto de 2012
A cena do Heavy Metal em Macapá é crescente e o número de eventos promovidos aumenta cada vez mais, tudo com o intuito de fortalecer a cena. O problema acontece quando há eventos demais em um mesmo dia, principalmente quando um fica prejudicado em relação aos demais. Enquanto ocorria a segunda edição do Zombie Night Fest (promovido pela Zombie Produções) no Biroska, outros eventos de Rock/Heavy Metal aconteciam ao mesmo tempo em diferentes lugares.
Em resumo, o 2º Zombie Night Fest não foi um evento completamente feliz: apesar das bandas terem animado o lugar e o público e mostrado garra e competência, o número de metalheads foi aquém do esperado (cerca de 50 ou 60 pessoas), começou depois do horário previsto (duas horas de atraso) e dois incidentes quase tiraram o brilho da festa: o primeiro foi uma adolescente que passou mal (provavelmente por consumo excessivo de bebida alcoólica) e teve que ser levada às pressas a um pronto-socorro (até o término do evento, foi informado que a jovem recuperou-se e passava bem). O segundo foi uma agressão entre dois rapazes, que, do nada, começaram a brigar usando cadeiras e um capacete de moto. A briga foi apartada por um segurança da casa. Ninguém se feriu.
Antes das bandas começarem a tocar, houve a rodada de entrevistas com os integrantes da atração principal da noite: GESTOS GROSSEIROS. A banda está na ativa desde 1996 e já gravou duas demos e dois full-lengths. Andy Souza (bateria e vocal), Kleber Hora (guitarra) e Danilo Dill (baixo) são legais e receptivos, abertos a uma boa conversa sobre a banda, o Metal, os discos lançados, o ex-frontman Índio e a expectativa de tocarem em Macapá. O show no Biroska faz parte da turnê de promoção do álbum Satanchandising (2011). Segundo a banda, o disco está sendo bem aceito por crítica e fãs e atendeu as expectativas dos músicos, que trabalharam durante um ano na composição do full-length.
Tirando os aspectos negativos do Zombie Night Fest, as bandas locais conseguiram mostrar seu som com competência e agitaram os poucos headbanguers presentes. Enquanto os grupos SUICÍDIO, CARNIVALE e CARNAL REMAINS se apresentavam e atraiam os Metalheads para dentro da casa, um pequeno stand vendia o merchandising de Satã: camisas, adesivos e cópias de Satanchandising e Countdown to Kill, além de discos de outros grupos locais, nacionais e internacionais.
Os músicos da ANONYMOUS HATE subiram ao palco e mostraram suas pancadas Death/Grindcore: abriram com Brazil Massacreland, música com uma intro marcante. Depois vieram Sea of Blood, as clássicas Profanation (do EP Worldead), Anonymous Hate (um dos destaques da noite, bangueada freneticamente) e Worldead (cantada em uníssono pelo público). No meio do show, um pouco de humor: um DVD de zoofilia (que estava em cima do bumbo de Alberto Martinez) foi dado ao cara que desenha as capas dos discos da Anonymous Hate pelo vocalista Victor Figueiredo. "Vocês são um bando de filhos da puta que não valem bosta nenhuma!", disse o presenteado, brincando.
Prosseguindo com o show, o grupo mandou Dead Shall Rise (TERRORIZER cover), Red Khmer, Blood and Pain (inédita) e finalizaram com mais um clássico: Created to Kill, composição com uma inteligente quebra de ritmo graças ao baixo de Romeu Monteiro. Diferente da apresentação na primeira edição do Zombie, a ANONYMOUS HATE tocou sem atrasos de integrantes e interrupções desnecessárias.
Depois de uma pausa para troca de equipamentos, o headliner GESTOS GROSSEIROS subiu ao palco sob um trecho acústico da faixa-título do novo álbum, mas não foi ela que abriu o show: Humanity Victory (Kill by Power) foi só o início de uma verdadeira aula de Death Metal (destaque para o solo de Kleber). Mirror of Death (também de Satanchandising) foi a próxima, seguida de Lord of Lie (de Countdown to Kill), Slaves of Imagination, Predator of Soul e a dobradinha Human Destruction/Help! (ambas do debut).
Os músicos trabalharam como nunca em todas as faixas e, apesar de não terem muita performance, compensaram com peso, energia e agressividade em cada nota tocada. Apesar de estar atrás de várias peças de bateria, não restam dúvidas de que é Andy, com seu vocal grave e gutural, quem comanda a apresentação, ao mesmo tempo que espanca, com precisão, cada componente de seu kit, sempre agradecendo aos poucos, porém eufóricos metalheads ao final de cada música. Seu vocal, aliás, casa muito bem com os urros rasgados de Danilo, responsável por fazer a galera gritar "Hey! Hey! Hey!".
A apresentação prosseguiu com a bem recebida Extreme Aggression (KREATOR cover). Satanchandising foi a próxima. Essa música tem uma intro marcante, cadenciada e "do mal", uma das melhores da carreira do GESTOS GROSSEIROS. Têm todos os elementos para virar obrigatória nos shows da banda, junto com Humanity Victory. Depois desse clássico, mais um: Countdown to Kill, com destaque para os riffs palhetados, que são simplesmente matadores. Ficou a cargo de Brutality Century encerrar a apresentação.
O GESTOS GROSSEIROS fez um excelente show. Uma pena que foram poucos os que testemunharam isso. Quem perdeu, perdeu. Quem estava lá, só ganhou, pois assistiu um dos ícones do underground nacional presentear Macapá com uma verdadeira aula de peso, agressividade, energia e rapidez: Death Metal puro, como os fãs esperam. Parabéns a todas as bandas que participaram do 2º Zombie Night Fest, em especial ao GESTOS GROSSEIROS!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Dave Mustaine confirma que regravou "Ride the Lightning" em homenagem ao Metallica
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
A canção do Genesis que a banda evitava tocar ao vivo, de acordo com Phil Collins
As 10 melhores músicas da fase progressiva do Genesis segundo leitores da revista Prog
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
Os 16 vocalistas mais icônicos da história do rock, segundo o The Metalverse
Tecladista anuncia que o Faith No More não volta mais
Os 50 melhores discos da história do thrash, segundo a Metal Hammer
Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O disco de reggae que Nando Reis tem seis exemplares; "Quase como se fossem sagrados"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
O primeiro álbum do Pink Floyd que David Gilmour chamou de "obra-prima"
O artista que Roger Waters diz ter mudado o rock, mas alguns torcem o nariz
System of a Down está no melhor momento da carreira, diz Serj Tankian
O hit da Legião Urbana com forte influência do rap e que traz manifesto político dos anos 80
"Não sabia que Freddie era gay", diz Brian May, guitarrista do Queen
A banda que Lennon chamou de "Filhos dos Beatles"; "estão fazendo coisas que nunca fizemos"


Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista



