Ian Anderson no RJ: sua flauta é mágica e encanta
Resenha - Ian Anderson (Citibank Hall, Rio de Janeiro, 15/05/2011)
Por Erick Carvalho de Mello
Postado em 17 de maio de 2011
"We’ll go walking out while others shout of war’s disaster.
Oh, be forgiving, let’s go living in the past." - Living in the Past, Jethro Tull.
Quinze de maio de dois mil e onze. Certamente este dia ficará marcado por muitos e muitos anos em minha mente pelo deleite musical apresentado pelo Senhor Ian Anderson em terras cariocas. O show do eterno frontman do Jethro Tull no Citibank Hall apresentou um espetáculo dos mais memoráveis que presenciei em minha vida. Não apenas por ser um grande fã de Ian e de todas as músicas do Jethro Tull, mas pelo carisma de Ian, seus maneirismos e, sobretudo, sua intimidade com o palco e com a plateia. Sua flauta é mágica e encanta.
E falando em plateia, não podemos deixar de dizer como os fãs de Jethro Tull são heterogêneos. É igualmente prazeroso e estranho reparar que o público pagante ontem no Citibank Hall variava de adolescentes a coroas na casa dos 60 anos. Gerações de avós, pais e netos juntos em suas cadeiras esperando o incansável Ian Anderson encantá-los com sua flauta. E coloque incansável nisso! Ian Anderson não parava um segundo sequer! Desde o bombástico e nostálgico início do show com Living in the Past até o grandioso final, Ele não parou um minuto no palco, sempre com suas piadas, danças, saltos e as tradicionais jogadas de perna ao ar enquanto empunhava sua proverbial flauta.
Já sinto falta de Ian Anderson, essa é a verdade. Logo após "Living in the Past", "Up to me" veio para me empolgar de tal forma que o show já estava quase completo pra mim. Mas não! Ian ainda tinha vários coelhos na cartola, ou uma lebre, bem verdade, como na bela canção "Hare in the Wine Cup". No entanto, o que levantou mesmo a plateia arrancando aplausos de pé foram as incríveis versões de "Bourée" e "Thick as a Brick" que vieram logo em seguida. E quando tudo parecia estar fora do controle dos meros mortais, Ian Anderson atacou mais uma vez com "Songs from the wood" e "Budapest", uma das músicas mais hipnotizantes já criadas pelo Sr Anderson. Nada poderia ser melhor, exceto a incrível versão de "Aqualung" que esse ano completa 40 anos de seu lançamento, idade muito mais avançada que a maioria dos fãs ali presentes (eu incluso), fato notado por Ian com grande senso de humor, devo dizer.
O encerramento ficou por trás do bis com uma versão avassaladora de "Locomotive Breath" que não apenas empolgou os fãs como os motivou a deixarem as amarras das cadeiras e se dirigirem a borda do palco para sentirem as emanações de Ian Anderson bem de perto e por uma última vez.
Um verdadeiro flautista mágico.
Outras resenhas de Ian Anderson (Citibank Hall, Rio de Janeiro, 15/05/2011)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Dorsal Atlântica termina as gravações do seu novo disco "Misere Nobilis" e posta vídeo reflexivo
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
Rob Halford acha que Lemmy Kilmister era um compositor brilhante

A música "genérica" do Jethro Tull que Ian Anderson não gosta
Mick Abrahams, guitarrista original do Jethro Tull, morre aos 82 anos
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
A banda esquisita que quase estragou um show do Jethro Tull no auge
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente


