Marcelo Nova: Review do show no Panela Rock, em Fortaleza
Resenha - Marcelo Nova (Panela Rock, Fortaleza, 177/10/2008)
Por Taís Bleicher
Postado em 05 de novembro de 2008
O baiano Marcelo Nova se apresentou em Fortaleza, no festival "Panela Rock". A segunda edição do festival aconteceu nos dias 17 e 18 de outubro e comemorou um ano do estúdio e selo cearense "Panela Records".
Com a proposta inicial de ser um espaço para a música independente, neste ano se apresentaram também bandas covers como Salt (cover de Raul Seixas) e Sabattage (cover de Black Sabbath). Somaram-se bandas locais (Joseph K?, Renegados, Carango Abacaxi, Lavage e Inflame), a carioca Cabaret e a paulistana Made In Brazil.
A atração principal (?) do primeiro dia era o Marcelo Nova. No cartaz de divulgação da festa, a foto do cantor e abaixo a legenda: "O eterno parceiro de Raulzito". Necessário. Não fosse isso, provavelmente muitos dos jovens que olhariam aqueles cartazes diriam: quem mesmo?
Um público de tatuagens e blusas pretas ocupava o local. Em algumas blusas, lia-se "Panela Rock – O maior evento do rock´n´roll do Nordeste". Cá pra nós, o maior evento de rock´n´roll do Nordeste é bem pequenininho.
O tradicional grito de "toca Raul!!!" começou a ser enunciado antes mesmo do show do Marcelo começar. Na platéia, Rauls tatuados nos braços. Depois, outro grito tradicional, esse nos shows da Camisa de Vênus: "bota pra fuder!!!".
No show, Marcelo cantou músicas como "Coração Satânico", "Hoje", "Carpinteiro do Universo", "Bete morreu", "Só o fim", "Quando eu morri", "O Adventista", "My Way", "Cocaína", "Simca Cambord", "Não fosse o Cabral", "Pastor João e a Igreja Invisível" e "Eu não matei Joana D´arc". Não cantou a romântica "Sílvia", dos singelos versos "Todo homem que sabe o que quer / Pega o pau pra bater na mulher", mesmo com os insistentes pedidos da platéia.
De fato, era um bom rock´n´roll. Mas o que Marcelo Nova não consegue entender é que não é necessário ser uma metralhadora cheia de mágoas para ser roqueiro. Então se divertia com frases como "Eu não entendo de rock, se quer entender de rock, pergunte ao Jota Quest" e deferindo ataques contra NX Zero, Lulu Santos, Detonautas. Quem sabe porque são exatamente essas pessoas que ocupam o espaço que ele não ocupa. Continuava, esbravejando sobre punhetas e punheteiros, enquanto seu diminuto público ia ao delírio.
Nosso rock nacional tem cada criatura. Deve ser mesmo difícil ver os colegas fazendo sucesso e lotando shows, enquanto se cai no esquecimento. Mais análise e Marcelo Nova deixaria de ser Marcelo Nova.
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