Joss Stone: grandes repertório e talento no Rio
Resenha - Joss Stone (Aterro do Flamendo, Rio de Janeiro, 14/06/2008)
Por Marcelo Tavela
Fonte: Joss Stone
Postado em 18 de junho de 2008
Noite de sexta-feira no Aterro do Flamengo e o Fashion Rio chegava ao seu fim. A um quilômetro de distância, no Vivo Rio, outro desfile começava, e mostrando bem mais que uma bela mulher na passarela. Joss Stone não é só um rosto bonito. É uma tremenda cantora, com grande voz e que sobe muito sem desafinar, cercada por bons músicos. Com seus 21 anos de idade e cinco de carreira, mostra muita segurança e simpatia para conduzir um show redondinho.
Fotos por Rodrigo Simas
Às 22h46, a grande banda de Joss – guitarra, baixo, bateria, percussão, dois tecladistas, sax alto, sax tenor e três backing vocals – adentrou o palco, tomando-o para si por cinco minutos. Foi o único momento em que estiveram no centro das atenções. Todos muito eficientes, mas sem pretensão de roubar a cena. Os músicos sabem que a estrela é a inglesa.
Joscelyn Eve Stoker entra de mansinho, pisando delicadamente descalça nos tapetes persas que cobrem a cena, cada unha do seu pé de uma cor. Quando se aproxima do microfone, já parece dona do espaço e canta as primeiras palavras de "Girl They Wont Believe It", acompanhada em coro por um Vivo Rio lotado. No fim de "Headturner", que veio emendada, ela já está livre de qualquer pose.
Joss parece feliz de verdade com a empolgação e retorno do público. Abre um sorrisão, conversa carinhosamente com a platéia e parece uma adolescente que ganhou uma festa-surpresa. Mas em nenhum momento deixa escapar o controle do espetáculo, levando o público no bolso.
Prova disso foi o movimento arriscado que veio em seguida, mas que deu certo. Joss "queimou" duas de suas músicas mais conhecidas, resultando em um dos pontos altos da noite. "Tell Me What We’re Gonna Do Now", single mais executado do último álbum, veio emendada em "Super Duper Love", maior hit do primeiro. E levou a platéia ao delírio.
Já com a partida ganha, a cantora foi alternando músicas mais conhecidas, como "Dontcha Wanna Ride" e "Fell in Love With a Boy", versão-corruptela de White Stripes, com canções mais direcionadas para os fãs, tipo "Victim of a Foolish Heart", "Baby Baby Baby" e "Put Your Hands On Me" – esta com direito a reboladinha.
Próximo ao fim, ela tira outra carta da manga: "You Had Me", funkão dor de cotovelo com deixas para que Joss solte todos os agudos que ainda prendia. Após o breve intervalo, a cantora volta muita emocionada, e diz que é o melhor público que já teve. Ou foi sincero de verdade, ou ela deve continuar investindo em sua carreira de atriz.
O bis veio com a balada "Right to be wrong" e o retorno de "Tell Me What We’re Gonna Do Now" em um medley com "No Woman, No Cry".
No fim, um show que desmontou um pouco a impressão deixada pelo último álbum: de que Joss tem grande talento, mas um repertório que não corresponde. É esperar sua prometida volta daqui a um tempo para conferir a evolução. Pelo o que mostrou até agora e pela pouca idade, Joss deve se apresentar ainda muitas vezes, e cada vez melhor.




Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
A canção do ZZ Top que, para Mark Knopfler, resume "o que importa" na música
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
Site americano elege melhores guitarristas do metal progressivo de todos os tempos
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
O megahit dos Beatles que Mick Jagger acha bobo: "Ele dizia que Stones não fariam"
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
Após fim do Black Sabbath, Tony Iommi volta aos palcos e ganha homenagem de Brian May
Marcie Free, uma das maiores vozes do AOR, morre aos 71 anos
A banda em que Iron Maiden se inspirou para figurino na época do "Piece of Mind"
Nicko McBrain tocará no próximo álbum do Iron Maiden? O próprio responde
O melhor disco do Kiss, de acordo com a Classic Rock
A famosa cantora de Metal Sinfônico que é a "musa" do escritor Paulo Coelho
Em 1977 o Pink Floyd convenceu-se de que poderia voltar a ousar
A atitude "datada" de Bittencourt e Barbosa que divide Angra: "Bruno e Felipe odeiam!"

Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista



