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Psicodália: O retorno do Casa das Máquinas e a nova era

Resenha - Psicodália (São Martinho, Santa Catarina, 1 a 05/02/2008)

Por Claudio Fonzi
Postado em 20 de março de 2008

Imagine no final de um arco-íris, em um vale oculto pelas montanhas, você se deparar com um [P]araíso [S]onoro de [I]ndescritível [C]aráter [O]nírico, [D]eliciosamente agrad[Á]vel e com [L]uminosa e [I]rradiante [A]legria...

Para muitos não passaria de uma miragem, mas para alguns seria a definitiva descoberta de Shangri-la e sua infinita paz e harmonia.

Exageros à parte, o caso é que realmente existe um local em nosso Brasil que, durante quatro dias por ano, reúne todas as características acima: o Festival PSICODÁLIA - www.psicodalia.mus.br.

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Idealizado apenas como uma grande reunião de amigos e suas respectivas bandas de Rock, o pontapé inicial aconteceu em 2001, ironicamente a quase 1000 km de distância de onde eles próprios residiam. De Curitiba partiram para realizar o Angrastock, em Angra dos Reis (RJ) e que contou com 150 participantes. De lá pra cá muitas coisas aconteceram e vários eventos se realizaram em diversas cidades até se estabilizarem na cidade de São Martinho (SC), onde estão desde 2006 e acontecem nos dias de Carnaval.

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Nesse período, cresceram extraordinariamente, tanto em quantidade quanto em qualidade. Dos 150 heróis iniciais passaram para 400, 500, 800, 1200, 1700 até chegar no expressivo nº de 2.500 presentes em 2008. Entre as bandas que lá já se apresentaram, muitas da Região Sul e também de SP, RJ, MG e até da distante Alagoas. Já contaram também com 4 lendas vivas do Rock Nacional: Sergio Dias, Made in Brazil, Patrulha do Espaço e Casa das Máquinas. Esta última apresentou-se em 2008, reunida exclusivamente para participar do evento.

Então, por todo esse belo e verdadeiro "Espetáculo do Crescimento", o Festival já mereceria toda a atenção, mas, além disso, a partir dele surgiu um fenômeno ainda mais admirável e intrigante, chamado MOVIMENTO PSICODÁLIA.

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Certamente ainda é cedo para se determinar uma relevância histórica e sociológica, mas, indiscutivelmente, já deveria chamar a atenção dos estudiosos.

Fortemente baseado nos ideais do Movimento Flower Power sessentista, o Movimento Psicodálico possui um grau de integração artística, liberdade de pensamento, preocupação ecológica, fraternidade comportamental e desprendimento financeiro, absolutamente impensáveis de se encontrar no mundo atual.

Em termos históricos, a maior de todas as suas afinidades é com o Festival de Monterey, realizado nos EUA, em 1967, por puro idealismo de seus criadores. Foi o 1º grande Festival de Rock da história e, além de ter revelado ao mundo o brilhantismo de Jimi Hendrix, Janis Joplin e The Who, foi realizado nos mais utópicos moldes de uma "Sociedade Livre, Justa, Fraterna, Musical e de Paz e Amor". O Psicodália, no entanto, acena por algo socialmente mais belo e grandioso ainda, não somente por já ter conseguido a proeza de repetir o fenômeno por várias vezes como também por estar acontecendo em uma época muito mais desfavorável que a dos anos 60.

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Segundo seus organizadores, "O Movimento Psicodália é uma iniciativa que visa, além de integrar o público, descobrir novos talentos. Acreditamos que o incentivo à produção de música própria, numa época em que a indústria comercial domina o Mercado, seja de grande importância. Então, nos shows as bandas executam somente suas composições próprias, sem qualquer música 'cover'. O objetivo deste regulamento é incentivar as bandas a produzirem músicas próprias, fomentando o desenvolvimento do talento músico-teatral dos músicos e aproximando o público da essência das bandas. O Movimento Psicodália acredita que existem muitos artistas produzindo material de qualidade mas este trabalho não chega ao público pelo fato deles serem independentes e aí está a relevância do evento na cena cultural do eixo-Sul".

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Dessa forma, para serem selecionados, os artistas devem apresentar apenas trabalhos próprios e que tenham afinidade com a filosofia Psicodálica, essencialmente voltada para a musicalidade e temática das décadas de 60 e 70.

Surpreendentemente, muitos artistas nacionais tem adotado essa linha e novas bandas surgem a todo instante, quase sempre por jovens que sequer chegaram perto de vivenciar a época original. Igualmente surpreendente é a fantástica QUALIDADE das composições, inimaginável até pelo mais otimista dos fãs.


AS BANDAS

Foram 23, todas de alta qualidade e que agradariam a qualquer fã de Rock nacional setentista. Infelizmente, devido a grandes imprevistos e às inevitáveis limitações físicas de espaço/tempo, não pude assistir todas, mas, felizmente, pude conhecer gravações de todas as que não vi.

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Em ordem alfabética, seguem as que assisti:

- BALALUSTRES (SP): Com um acento mais pop que a maioria das outras, segue uma linha próxima aos Mutantes e a Rita Lee & Tutti Frutti. Destaque para o "hit" já circulante na internet "Você Não Sabe o Quanto Eu Te Quis".

- CADILLAC DINOSSAURO´$ (PR): Hard & Blues com total energia. Excelentes músicos em grande entrosamento.

- CALIBRADOS (PR): Super-interessante fusão de Blues e Rock c/ Psicodelia e até mesmo toques Progressivos. Letras perfeitamente indicadas para acampamentos, festas e bares e que podem se tornar verdadeiros "hinos da galera". Entre estas, destaque para "Amanhã tem Mais" e "Balada do Fogo", além da fantástica "Falso Destino".

- CORDEL DE PRATA (PR): Belíssima fusão de MPB, Rock e Progressivo com ritmos e temas nordestinos. Músicas como "Ultra Leve no Vento", "Cordel de Prata", "Morte e Vida Severino" e "Homem" são realmente excelentes.

- CORES BERRANTES (PR): Retornando ao cenário depois de 3 anos inativa, era uma das mais aguardadas do Festival. Bastante influenciados pelos Mutantes, contam com vocais femininos e masculinos. Suas músicas são repletas de dissonâncias vocais e instrumentais, o que a tornaram uma das mais psicodélicas do evento.

- ELECTRIC TRIP (RS): Energia pura!! Blues & Rocks eletrificados e pulsantes com altas doses de psicodelia. Uma verdadeira "Viagem Elétrica"!!

- ESTAÇÃO DA LUZ (SP): Com excelentes composições, foi certamente um dos destaques do Festival. Com as características Psicodélicas e Progressivas de suas músicas e a produção visual de suas roupas e cabelos, foi o maior exemplo musical de que os anos 60 estavam ali presentes "ao vivo, a cores e em som stereo". Vocais femininos e masculinos com excelente presença e um time instrumental de alto nível.

- GATO PRETO (PR): Outra super-interessante fusão, engloba Rock, Blues, Folk e Progressivo em uma linha semelhante a do Jethro Tull. Rica instrumentação com a flauta e violino fazendo o diferencial. Letras com temática quase sempre ligada ao mar, piratas e afins. Ótima performance de palco e um dos shows que mais empolgaram a platéia.

- PROJETO ECLIPSE (MG): A mais experimental do Festival. Psicodelia instrumental total, em performance de grande ousadia.

- SOPRO DIFUSO (PR): Belíssima fusão de MPB c/ Progressivo e Folk. Com melodias encantadoras, possuem os violões, flautas e guitarras em destaque instrumental. Se aperfeiçoarem algumas partes de interpretação vocal, farão grande sucesso no meio Progressivo nacional e internacional. Como sugestão fica a idéia de que um vocal feminino embelezaria mais ainda as lindas composições. Mesmo assim, belíssimas músicas como "Mutação", "Sinal Fechado" e "Loucura Lúcida" já estão realmente perfeitas.

- TÂNTALUS CANTANTES (PR): Música Indiana em sua plena magia e profundidade. Igualmente mágicas as composições, mesclando temas instrumentais com letras em português. Vozes masculinas e femininas muito belas e a presença de diversos instrumentos acústicos não usuais ACELERARAM ainda mais o encantamento do público.

- TOMADA (SP): Hard Rock absolutamente visceral e energético. Pauleira do início ao fim!! O estilo de cantar do vocalista Ricardo Alpendre é algo realmente inusitado e a parte instrumental é absolutamente impecável.

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- VARIANTES (SC): Power trio de extraordinária energia. Músicas rápidas estilo Who e Kinks com leves influências Country associadas a uma incendiária atuação no melhor nível das "Garage Bands".


A ATRAÇÃO MAIS ESPERADA

- CASA DAS MÁQUINAS: Mais aguardada atração musical do Festival, realizou sua apresentação com extrema dedicação, competência e emoção. Com três de seus integrantes clássicos (os bateristas Netinho e Marinho Thomaz e o tecladista Mario Testoni), o repertório foi totalmente baseado nos seus três albuns lançados, com ênfase para o "Casa de Rock" (1977), último e mais visceral de seus trabalhos. Dessa forma, o show seguiu como uma verdadeira avalanche sonora em quase todo o tempo, com destaque máximo para quando executaram um dos maiores clássicos do Rock nacional dos anos 70: o hino "Casa do Rock". No entanto, os momentos de maior profundidade emocional foram quando executaram músicas de sua obra-prima "Lar de Maravilhas" (1975). Infelizmente não foram muitas, mas pérolas como "Lar de Maravilhas", "Vale Verde" e "Vou Morar no Ar" arrepiaram toda a audiência. Espera-se então que os próximos shows contenham mais músicas desse clássico.

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Quanto à platéia, esta representou um espetáculo à parte, pois cantou todas as músicas com genuína emoção e conhecimento de causa. Levando-se em conta que a grande maioria eram jovens nascidos após o término da banda, a surpresa ficou maior ainda, inclusive para os músicos que ficaram literalmente incrédulos com o que estavam vendo.

Como ainda pairavam fortes dúvidas sobre o prosseguimento da banda (afinal, ela havia se reunido especialmente para se apresentar no evento), era de vital importância a boa recepção do público.

Creio então que logo, logo teremos notícias sobre novos shows...

Finalizando, muito importante frisar a ótima atuação de todos os músicos, inclusive a lenda viva Netinho e seus quase 62 anos de idade. O destaque geral ficou por conta do tecladista Mario Testoni, responsável pela sonoridade progressiva assumida pela banda na época de "Lar de Maravilhas" e que, ainda nos anos 70, levou o Progressivo também para a banda Pholhas...

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O outro baterista da fase clássica, Marinho Thomaz, também participou com total eficiência e os novos elementos superaram todas as expectativas e atuaram esplendidamente, aliando sua já famosa técnica ao feeling necessário para incorporar as sonoridades setentistas.

Foram:

- Andria Busic, integrante do Dr. Sin, ocupou-se do baixo e vocais, onde cumpriu brilhantemente a árdua tarefa de substituir o vocalista Simbas.

- Faiska, um dos mais conceituados guitarristas brasileiros da atualidade, além de carreira solo, já tocou como nomes como Fagner, Ney Matogrosso e Rita Lee. Integrou-se perfeitamente ao som do Casa das Máquinas e deu o peso necessário às composições mais voltadas para o Hard Rock.

Em resumo, uma noite memorável e uma apresentação praticamente impecável. Só não foi perfeita por ter havido desnecessária inserção de elementos do "Metal" atual em alguns momentos, principalmente em relação às guitarras.


AS OUTRAS BANDAS

Igualmente em ordem alfabética, seguem comentários sobre as que, infelizmente, não pude assistir:

- APANHADOR SÓ (RS): Músicas e melodias bastante agradáveis, mas com um acento bem mais pop que as demais. Apesar disso, é extremamente gratificante se comprovar como ainda é perfeitamente possível se fazer canções "pop" com qualidade melódica e de arranjos. Além disso, um importante detalhe adicional: o "arsenal" sonoro da percussionista Carina Levitan é curiosíssimo e os efeitos e sons que ela consegue são muito interessantes e dão um aspecto experimental todo peculiar ao som.

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- CASA DE ORATES (SC): Baseado nas opiniões dos que assistiram e nas músicas do CD não tenho qualquer dúvida que deve ter sido um EXCELENTE show!!! Performáticos, criativos e melódicos são realmente brilhantes em sua fantástica fusão de Progressivo, Música Brasileira, Música Medieval, Música Flamenca, Jazz etc. Arranjos complexos e belas melodias recheadas com letras lúdicas e oníricas. Essencialmente acústicos, o destaque instrumental vai para as flautas, violões e percussões.

- CASTANHEDAS (PR): A mais nova banda a surgir no cenário, fez no Festival a sua primeira apresentação. Foi também uma das de sonoridade mais inusitada, com uma curiosa e ousada mistura de rock'n roll com uma levada groove, pitadas de psicodelia e progressivo com tango, bolero, baião e até mesmo ritmos de música alemã.

- FANTOMÁTICOS (RS) - Rock sessentista oscilando entre o básico e o Psicodélico. Estas últimas são músicas extremamente interessantes e criativas.

- GOYA (PR): Excelente banda de Jazz-Rock-Progressivo instrumental, com influências de King Crimson, Soft Machine, Gong e Pink Floyd. Para muitos foi o melhor show do evento e não tenho dúvida que deve mesmo ter sido fantástico!!

- O SEBBO (PR) – A julgar pelas imagens e músicas que vi em um DVD, deve ter sido outro grande show. Mais um perfeito exemplo de uma "Máquina do Tempo Transportadora para os anos 60/70", são bastante ecléticos em suas composições. Nelas encontramos Blues, Hard Rock, Psicodelismo, Funk e até elementos jazzísticos e progressivos. Ótimos e versáteis vocais femininos e também ótimos vocais masculinos.

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- RISOFLORA (PR): A banda mais MPB do Festival, é formada quase exclusivamente por mulheres. Misturando MPB com ritmos nordestinos e samba, contém também elementos de Black Music. Embora bem menos Rock que as demais, as composições são bem elaboradas e bastante animadas.

- SOPA (PR): Outra banda fortemente psicodélica, lembra bastante os Mutantes da fase Rita Lee. Além dos vocais masculinos e femininos marcantes, a farta variedade instrumental e os arranjos ricos em detalhes surpreendem muito positivamente.

Por último, fugindo da ordem alfabética, temos o grande PLÁ (PR) - Certamente o mais simbólico e encantador personagem do Festival.

Residente em Curitiba, Ademir Antunes é um artista de rua onde atua desde 1984, apresentando suas músicas e poesias. É a pura essência do "Hippie Folk Singer" com suas letras filosóficas, sensíveis, alegres e repletas de simbolismos.

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Com possante voz e intensa energia no cantar, Plá passava os dias e as noites levando sua música e uma alegria contagiante em todos os lugares e a todas as pessoas.

Sua música "Só Alegria" se tornou o mais verdadeiro símbolo do sentimento que se espalhava pelos 4 cantos do Recanto.

Com todo o significado que sua presença e sua música possuem, nada mais natural que tenho sido o escolhido para encerrar o Festival.

Apresentou-se com uma banda e com vocalistas de apoio, realizando o encerramento em grande estilo.


OS PALCOS

Em mais uma dose de pura criatividade, os 2 palcos existentes receberam os belos e sugestivos nomes de "Palco do Sol" e "Palco do Pasto".

O 1º é bem menor e utilizado durante o dia pelas bandas estreantes ou ainda não bem estabelecidas. O astral, porém, é simplesmente maravilhoso, não somente pela beleza ao redor, das piscinas, das árvores e do gramado, como também pelo fato da muito maior proximidade das bandas com o público.

O Palco do Pasto é o principal, bem maior e com capacidade de público bastante grande.

Boa parte dessa área é coberta, o que possibilita que os shows ocorram tranqüilamente, mesmo com chuva.

A qualidade geral de áudio foi ótima, com vozes e instrumentos tendo a definição e volume realmente necessários.

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O LOCAL

Repleta de magníficas belezas naturais, a região situa-se na Serra do Tabuleiro, em área cercada por muito verde, rios e cachoeiras. Com o sugestivo nome de "Recanto da Natureza", é difícil imaginar um local mais apropriado para que a "Paz, o Amor e a Arte" se reunam em tanta plenitude.

A bucólica cidade onde se situa o Festival chama-se São Martinho, tem pouco mais de 3.000 habitantes e localiza-se ao sul de Santa Catarina, distante 41 km de Tubarão e 113 km de Florianópolis. Devido a exuberância de suas paisagens naturais e a uma histórica tradição religiosa, tornou-se uma das grandes atrações turísticas do estado, o que fez com que nela se instalasse toda uma série de agradáveis pousadas e restaurantes.


ARTE POR TODOS OS CANTOS

Além dos 23 shows musicais, foram oferecidas diversas oficinas, realizadas palestras e apresentadas peças teatrais e espetáculos de dança, tudo GRATUITAMENTE.

Entre as mais de 20 opções de oficinas, as mais variadas manifestações artísticas e culturais, desde técnicas de artes manuais, pintura e teatro até ensinamentos de Medicina Natural, Reflexologia e de Kudalini Yoga. Belas curiosidades artísticas como a criação de "tintas naturais" (elaboradas a partir de vegetais, tais como a beterraba, abóbora e pepino), o "Filtro dos Sonhos" e suas positivas mandalas ou a linda técnica de tingimento "Tye Die" convivem harmonicamente com a simplicidade tradicional da confecção de pipas (na região são chamadas de pandorgas) ou de chocalhos (também chamados de "Escada de Maracá).

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Técnicas de elaboração de Máscaras de Argila, Máscaras de Gesso, Origami, Chapéus e Bandeiras em união com ensinamentos de Percussão e Música Indiana ou com palestras sobre Harmonia, Produção de Arte e de Conscientização Ecológica.

Oficinas e apresentações de Teatro e Dança também tiveram presença constante, assim como a onipresença dos malabares, desde os mais simples até os de fogo, responsáveis por alguns dos momentos mais psicodélicos das noites psicodálicas.

Atividades para todos os gostos e idades, mostrando um legítimo "Diálogo Entre as Artes".

Um belíssimo conjunto, suficiente por si só para atrair qualquer pessoa disposta a acrescentar algo verdadeiramente positivo a seu modo de viver, tanto individual quanto coletivamente.

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A ESTRUTURA

Surpreendentemente, a estrutura geral também foi ótima, chegando quase ao nível do excelente. Abaixo seguem os itens básicos:

- CAMPING: A despeito de algum locais serem inclinados e não exatamente apropriados, o espaço geral é bastante amplo. A área é dividida em cinco acampamentos, todos com nomes bastante inspirados. São os seguintes:

- Mutantes: o mais próximo ao palco, excelente para quem quiser agitação total!!

- Casa das Máquinas: próximo a lagoa, também super-movimentado.

- A Chave: ficava em uma área calma e tranquila, mas também com uma leve agitação.

- Secos & Molhados: local mais tranqüilo, próximo ao estacionamento.

- A Barca do Sol: o mais distante e sossegado. Para quem quiser levar a família ou a namorada e curtir a paz daquele paraíso.

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- CHUVEIROS E SANITÁRIOS: A quantidade instalada foi razoavelmente grande, mas a quantidade de pessoas presentes foi um pouco superior ao esperado. Por essa razão, as filas eram constantes. Poderiam ter sido menores se o público tivesse observado melhor os horários de maior procura e tivesse tentado se adaptar a outros horários. De qualquer forma, será interessante a instalação de mais chuveiros e sanitários.

- ALIMENTAÇÃO: Com muitas opções, foi uma das grandes surpresas, pois, além dos ótimos preços, a qualidade era excelente, desde as refeições até os mais simples sanduíches. Os nomes dos bares e restaurantes são muito engraçados e criativos e, juntamente com a beleza das suas placas indicadoras, demonstram mais uma vez o carinho e esmero como cada detalhe foi planejado.

Eis alguns deles:

- Rango Starr: lanches, porções, refrigerantes e bebidas em geral. Funcionou ininterruptamente durante todo o Festival

- Cantina Capim Limão: com pratos alternativos e leves, sucos e chás

- Pizzadália: Pizzas deliciosas

- Prato Feliz: pratos a preços super-econômicos com opções até para os vegetarianos.

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- BarBuleta: bebidas em geral

Além desses, um grande restaurante com capacidade para 500 pessoas com almoço, jantar e lanches variados. Para as bebidas, diversos quiosques e stands espalhados por várias áreas.

Mais um detalhe de grande simpatia e forte simbolismo reside no fato que o pagamento em reais é sempre trocado pelo "dinheiro local" – as belas e coloridas "dálias".

Para finalizar, a existência da incrível "Cozinha Comunitária", onde é vivenciado o verdadeiro espírito dos acampamentos e das Comunidades Alternativas.

Confraternização total, ajuda mútua e uma absoluta ALEGRIA!!

Este belíssimo exemplo de coletividade pôde ser visto também nos outros locais, pois a quantidade de voluntários foi realmente extraordinária. Todos os músicos se ajudando e auxiliando grandemente a produção.


A CONSCIÊNCIA

Além do fantástico exemplo coletivo, muito emocionante observar como a alegria, cortesia, harmonia e consciência estiveram presentes em todos os momentos e em todos os lugares.

Muitos exemplos poderiam ser dados, mas nenhum deles foi mais simbólico do que o "Abraço do Coração", com seu caloroso "Braço esquerdo em cima, direito em baixo".

"Intensa e sincera troca de energia

Como se fosse um passe de magia

Todas as pessoas se abraçando em harmonia

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Em um local onde só existe a alegria"


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na crescente comunidade do Movimento Psicodália no Orkut (atualmente com 3.120 membros), podemos ler o seguinte texto elaborado pelos organizadores:

"O Movimento Psicodália busca uma nova era na música, na arte em geral e na sociedade. Buscamos nos eventos realizados pelo movimento abrir espaço para uma arte livre, com qualidade e ideologia, buscando unir essa luta a modelos de vida que acreditamos serem vitais para a humanização das relações entre pessoas. Pacifismo, respeito, diversão, alegria, consciência ambiental e ecológica, liberdade de expressão e de 'ser' fazem parte dessa empreitada por um mundo melhor.

Convidamos você a se juntar a nós, participando e contribuindo com sua presença nos eventos, para que cresçamos e possamos assim difundir um estilo de vida pelo qual acreditamos e lutamos".

E eu digo o seguinte:

Apesar da minha relativamente pouca idade (faço 44 anos em 22 de março), eu SEMPRE vivi e respirei os ares do Movimento Hippie e Flower Power dos anos 60 e 70.

Independente de todas os erros cometidos e de toda a alienação de parte dos seguidores, foi um Movimento extremamente belo e marcante na história da humanidade.

Foram através daqueles indivíduos que problemas cruciais da humanidade iniciaram a ser discutidos e alertados: A não-violência, o abandono às guerras, a preocupação com a ecologia e toda a "saúde" do planeta, os caminhos da alimentação natural, a descoberta de filosofias com pensamentos e ideologias diferentes das historicamente estabelecidas, a igualdade entre as raças, a simples e pura vivência dos lemas "Paz e Amor" e "Faça o Amor, Não Faça a Guerra!"

Foi o único período da história humana em que os jovens se sentiram plenamente capazes de "Mudar o Mundo". Foi o único período onde eles se UNIRAM em prol de uma causa e uma filosofia de vida. Tal fenômeno aconteceu em escala realmente global, atingindo vários milhões de "Corações e Mentes", em um mundo onde o poder de comunicação ainda era extremamente limitado.

Infelizmente, o Sistema era efetivamente mais forte e não foi possível sobrepujá-lo. Mesmo assim, as sementes se espalharam com a força do "Vento da Esperança" e, de uma forma ou de outra, foram criando raízes e gerando belos e fortes frutos e flores.

No entanto, em virtude do aterrorizante poder da mídia e do excessivo materialismo dominante na Sociedade, confesso que JAMAIS esperaria presenciar uma grande reunião de jovens com pensamentos tão próximos aos que tanto prezo.

Mais inimaginável ainda seria vivenciar um acontecimento desses em pleno Brasil, país tão facilmente dominado pelos males citados acima.

Mas, o caso é que isso REALMENTE aconteceu e, mesmo depois da "volta à dura realidade", continuei com a maravilhosa impressão de que tudo poderá durar por bastante tempo.

O que digo então é bastante simples:

1 – Aos que nele batalham ou nele já foram:

JAMAIS permitam que o Sistema abale e neutralize suas filosofias e modos de vida. Independente de se levar uma vida "normal", o importante é que as palavras e atitudes "psicodálicas" se mantenhas vivas e ativas.

2 – Aos que nunca foram e que um dia pretendem ir:

Sejam SEMPRE bem-vindos!!!

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Bangers Open Air


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Sobre Claudio Fonzi

Nasceu em Petrópolis (RJ), em 22 de março de 1964. É Produtor Fonográfico (Som Interior Produções Artísticas) desde 1988, Programador Musical (produziu por 4 anos o programa Tribuna Progressiva, além de ter exercido por 18 meses a função de Programador Geral da emissora Tribuna FM), Produtor de shows e eventos nacionais e internacionais (entre eles, em 1997, a 1ª turnê brasileira da "Voz do Renaissance" - a cantora inglesa Annie Haslam) e comerciante de discos (proprietário da Renaissance Discos desde 1993). Além disso, publica artigos e resenhas desde 1997, em veículos variados, tais como o jornal Metamúsica (Campos - RJ), o jornal Culturarte (Petrópolis - RJ), a revista Poeira Zine (São Paulo - SP) e diversos websites e foruns de discussão.
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