Opinião: Com Angra e Sepultura fora de atividade, Crypta vira maior banda de metal do Brasil?

O recente e inesperado anúncio de que o Angra entrará numa espécie de pausa sabática por período indeterminado somado à notícia de que o Sepultura encerrará as atividades em breve cria um ponto de interrogação para o metaleiro brasileiro.

Afinal de contas, com a dupla hors-concours da música pesada tupiniquim fora de combate, a quem cai a responsabilidade de ser a maior banda de metal em atividade do Brasil? A verdade é que não há outro nome possível a não ser a Crypta.

Formado por Fernanda Lira após o racha da Nervosa, o grupo de death metal acumula turnês gigantescas pelos EUA e Europa além de apresentações nos principais festivais de metal mundo afora. Quer mais? Tem contrato com a Napalm Records, uma das maiores gravadoras do estilo e tem respeito e admiração de muitos nomes da cena.

Correndo por fora, temos a banda solo de Edu Falaschi, que no Brasil é verdade que leva mais público que a Crypta. Mas lá fora? Aí são outros quinhentos. Krisiun e Ratos de Porão ganham pontos no quesito relevância histórica, mas no momento atual a Crypta ainda ganha. A Nervosa poderia pleitear o posto, mas sofre com as mudanças de vocalistas que desgastaram a imagem.

É verdade que o Angra não encerrou as atividades; apenas comunicou uma pausa. Mas o anúncio bombástico do hiato faz o headbanger brasileiro refletir sobre o futuro do metal no país. O que acontecerá? Cenas para os próximos capítulos.