Show do Angra em São Paulo será "o último nos moldes atuais", revela Rafael Bittencourt

Na última quarta-feira, 11 de junho, Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra, recebeu integrantes do Viper em seu podcast, o Amplifica. As duas bandas realizarão uma sequência de shows juntas nos próximos meses. O derradeiro acontece dia 3 de agosto, em São Paulo, no Tokio Marine Hall.

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Ao falar sobre o evento, o músico fez uma revelação: além da parada já anunciada pelo grupo, ele representará o fim de um ciclo. "Vai ser o último show do Angra, pelo menos nos moldes atuais. A ideia é dar uma parada e focar em outros projetos, que todos têm. Tenho o Bittencourt Project, que está em uma gaveta. O Amplifica é o que mais demanda hoje em dia. Também tenho um projeto de música infantil, que eu quero dar mais força. Ainda há collabs com outros artistas. São várias coisas que quero fazer e, se não for agora que ainda tenho pique, não vai ser nunca. E eu não quero transformar esses planos em frustrações."

Rafael ainda resolveu ter precisado fazer uma opção entre a banda e o podcast. "Esse ano eu tive que escolher entre o Amplifica e o Angra. Com a minha separação do Grupo Flow, que foi numa boa, mas me sobrecarregou de responsabilidades, junto com a mudança de casa e estúdio, foi um caos. E o Angra não dá pra aparecer só na hora do show, tem que estudar e se dedicar pra entregar direitinho. Isso gera outra frustração, pois tenho vontade de estudar e não tenho tempo mais."

Bittencourt não teme que uma parada de dois anos acabe ofuscando o legado construído pela banda. "Quando a gente voltar para fazer um show vai ser como se não tivesse parado. Já o Amplifica não tinha como parar."

Em relação aos colegas, o guitarrista deixou claro que cada um pensa de um jeito. "A maioria não depende do Angra. Eles têm outras coisas e o Angra agrega a suas carreiras. Eu sou quem mais vive a banda. E quando não tem atividades, eu sou quem fica na mão. Então, é uma sensação de não ter controle. Precisei criar uma situação em que também não dependa. Quando a gente se reencontrar, será por vontade de fazer, não por um desespero, necessidade ou urgência."

No entanto, o músico reconheceu que a parada não foi unanimidade. "Alguns não queriam parar, discordam, achavam que esse não era o momento, pois estávamos fazendo shows no Japão, recuperando o prestígio. Eu já queria há um tempo, pois foram muitas mudanças e revoluções dentro da banda que foram muito duras. E eu fui resiliente para manter o legado. Nunca quis parar em momentos de dificuldade, como troca de formação ou brigas. Agora, que as coisas estão harmonizadas, acho perfeito para parar."

Rumores sobre o futuro do Angra seguem pipocando online, basicamente como especulações. Os próprios envolvidos ainda não planejaram reuniões de antigas formações ou a retomada com os integrantes atuais.