Fabio Lione fala sobre Angra após hiato: "Kiko participar não significa que Marcelo vai sair"
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de setembro de 2025
Angra entrou em hiato após a turnê que celebrou os 20 anos do clássico "Temple of Shadows" (2004). O último show antes da pausa aconteceu em 3 de agosto de 2025, no Tokio Marine Hall, em São Paulo. A decisão, segundo os integrantes, não partiu de uma crise interna, mas de um desejo coletivo de preservar a saúde da banda e permitir que cada músico cuidasse de seus projetos pessoais.
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Em entrevista ao Ibagenscast, o vocalista Fabio Lione falou sobre o momento atual e os rumores que surgiram desde o anúncio da pausa. Para muitos fãs, a distância geográfica — Lione vive na Itália e Bruno Valverde, baterista, também mora fora do Brasil — poderia indicar mudanças de formação no futuro. O cantor, porém, fez questão de negar: "É fácil falar que eu vou sair, que o Bruno vai sair, porque moramos fora. Mas ninguém da banda quer mudar. Essa formação é muito boa, somos amigos, e funciona. Não tem porque mexer nisso".
O hiato do Angra
Fabio explicou que o hiato foi pensado justamente para preservar a longevidade do Angra. "Um dos motivos que o Rafa [Bittencourt] pensou foi cuidar da saúde da banda. Já recusamos propostas de turnês e festivais porque algum de nós não podia participar. O hiato permite que cada um descanse, cuide da vida e depois volte com força total. É preservação, não ruptura", destacou.

O vocalista também comentou sobre as especulações envolvendo o guitarrista Kiko Loureiro, que deixou a banda em 2015 e desde então atua no Megadeth. Lione não descartou que o ex-integrante possa aparecer em shows pontuais, mas fez questão de deixar claro que isso não significa mudanças permanentes: "Pode acontecer de o Kiko participar em alguns shows, porque somos amigos. Já aconteceu na turnê acústica, quando gravamos o DVD, e ele tocou em alguns concertos. Mas isso não quer dizer que o Marcelo [Barbosa] vai sair. Podemos tocar com três guitarras, por que não?".

Além da defesa da formação atual, Fabio exaltou o nível técnico atingido pela banda nos últimos anos, especialmente no álbum Ømni (2018). "É a primeira vez que vejo os caras discutindo antes do show se vão tocar determinada música, porque algumas são realmente complicadas. ‘Travelers of Time’, ‘Magic Mirror’, ‘Riding the Storm’… não é qualquer banda que consegue tocar isso. Sem o Bruno na bateria e o Felipe no baixo, por exemplo, não seria a mesma coisa", afirmou.
Por fim, o vocalista reforçou a importância da estabilidade depois de décadas de trocas na escalação. "Depois de 33 anos, mudar de novo vocalista, baixista ou baterista seria demais. Se eu fosse fã, não aguentaria mais. Essa é a formação do Angra. O hiato é só um tempo para respirar e voltar ainda melhor", concluiu.

Confira a entrevista completa abaixo.

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