É um pássaro, é um avião? Não, é a morte dos CDs
Por Michel Sales
Postado em 19 de novembro de 2023
O mercado de CDs vem esfriando compulsivamente nos últimos anos sendo agravado pelos streamings de música, além dos preços alargados sobre o produto, onde a cada lançamento da bolachinha caramelizada os valores chegam aos 50 reais, em média.
Para os colecionadores de plantão, investir 100 reais em apenas um CD não traz vantagens no bolso do headbanger pobre e de cabelo ainda 'longo', já que os custos do frete e do shampoo também são atenuantes na decisão.
Ainda assim, o mercado fonográfico sobrevive frente a estimativa próspera e infalível de novas fissuras ainda mais trágicas. E nesse terremoto entre 7 e 9 na escala Richter, também compactuam os discos super usados, onde os valores muitas vezes ultrapassam as ofertas de lançamento.
Certo é que o entreposto das vibrações sonoras ainda fomenta muita grana, sobretudo, com a venda de rins dos metaleiros mais saudosistas, que aguentam firme as crônicas de insuficiência renal em favor do Rock 'N' Roll.
E pensando numa saída curta rumando num caminho longo de reaquecimento da comercialização dos discos, imaginemos a retomada do país com a valorização do Real. E uma vez com a moeda forte novamente, os fãs poderiam continuar investindo e apreciando as bolachinhas com todas as letrinhas e desenhozinhos vibrantes. Mas sejamos positivos, pois esse dia nunca vai acontecer, sendo que daqui pra frente, só pra trás.
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