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Barão: Frejat já havia saído mas resolveu contar hoje

Por Daniel Junior
Fonte: PipocaTV
Postado em 17 de janeiro de 2017

A saída de Roberto Frejat fez o Barão Vermelho virar notícia. Longe da mídia e de novos sons, a banda carioca simboliza com exatidão o momento vivido por uma geração do rock nacional. Se nos – cada vez mais distantes – anos 80, bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawai, Titãs, Kid Abelha, Capital Inicial, por fazerem parte de um movimento plural e também pelo talento de cada grupo, conferiram uma 'marca' ao BRock, quase 40 anos depois não existe muito vestígio de uma arte mais visível.

Se algumas destas bandas ainda se encontram em plena atividade mesmo com seus percalços (caso dos Titãs), a visibilidade dada pela mídia é quase inexistente. Isso pode fazer com que uma confusão se espelhe: o rock nacional – cantado em português 'errado', como diria Renato Russo – não existe mais. O que nos faz evocar um velho ditado: quem não é visto não é lembrado, mas justamente para não cometer o pecado da generalização e tirar o fôlego que resta em bandas que ainda viajam o Brasil inteiro tocando seus 'velhos' sucessos, o caso do Barão (que substitui Roberto por Rodrigo da banda Suricato) é bastante peculiar.

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Desde que o guitarrista e vocalista carioca engatou uma carreira solo bem sucedida, o Barão ficou em segundo plano. Sempre imaginei como seria difícil para os outros integrantes da banda manterem suas vidas já que passaram a se reunir esporadicamente. Já para Frejat era simples e fácil: 'se eu não tô com o Barão, tô solo por algum lugar do Brasil'. Portanto a saída do artista não chega a ser uma surpresa, mas faz a gente pensar, mesmo que de maneira subjetiva, o que tirou o frescor de muitos artistas que eram viscerais quando mais novos.

Nando Reis nos Titãs, ao lado de Arnaldo Antunes, era o compositor mais audacioso. Da sua mente vieram canções transgressoras como 'Igreja' e 'Isso Pra Mim é Perfume' (ouça abaixo a canção). Não só isso: sua voz/afinação, motivo de discussões até dentro da banda, era uma marca – até então indelével – da sua postura corajosa em cantar canções que desafiavam os DJs em suas estações de rádio. Como cantar para um país predominantemente católico: 'eu não gosto de padre, eu não gosto de madre, eu não gosto de frei / eu não gosto de bispo, eu não gosto de cristo/ eu não digo amém'? Se após a sua saída, o músico no início de sua carreira solo manteve o DNA com letras diferenciadas e uma postura menos 'modal' (aqui me refiro ao modo musical e não nenhuma referência à moda), hoje pulou de vez para a música pop romântica, não lembrando a coragem dos anos anteriores.

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O Barão musicalmente só foi ousado enquanto Agenor foi vocalista da banda. Mais performer do que cantor, Cazuza elevou o lirismo do rock nacional a um nível que até hoje é lembrado. Frejat optou por suas canções de métrica intrincada e pelas parcerias com Dulce Quental. Tem méritos por ter segurado a onda da banda e contribuído com sua própria marca no grupo carioca, mas tal ação só teria força até o final dos anos 90 quando 'Puro Êxtase' apresentou um Barão disposto a ir para as pistas de dança. Ser popular não é prejudicial à saúde, mas o ruído chama a atenção para a reflexão. Tal fenômeno também aconteceu com os Titãs e a saída de integrantes importantes adocicou o discurso da banda, que recentemente parece ter retomado a retórica mais desafiadora, embora com muito menos brilho.

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O que ma parece incoerente é que muitos destes artistas - quando mais jovens - criticavam com força imperial suas gravadoras pela máxima de que elas eram responsáveis pela pressão de sucesso comercial, incentivando seus casts para que produzissem mais canções que tivessem refrões pegajosos e seguissem as fórmulas alcançadas pela música pop. Sempre com entrevistas duras e lutando contra o status quo que torna a indústria cultural uma espécie de Darth Vader da música, Lobão, Frejat, Hebert, Branco Mello, Dinho Ouro Preto, Renato Russo, Humberto Gessinger (talvez o mais old school desta turma), Nasi e tantos outros eram capas das revistas de música com títulos polêmicos. Renato Russo diria que a Legião Urbana não participava de festival porque para isso já existia o Capital Inicial. Uau...

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Seria idiota acreditar que trabalhos audaciosos são referentes a um período de rebeldia. Pearl Jam, mesmo que dentro de um outro contexto cultural, está aí para não nos deixar mentir. A banda de Seattle ainda tem um discurso afiado, promovendo shows que ainda celebram o seu disco mais famoso ('Ten') sem impedir que singles de todos os álbuns sejam comemorados a pleno pulmões, sem recorrer a um texto antigo para continuar promovendo sua arte. Se em outro patamar, Capital assumiu uma retórica mais simples, podemos também dizer que - dada às devidas proporções - soube se re-inventar melhor. Podemos fazer críticas agudas ao repertório criado pela banda nos últimos 20 anos, mas este tempo já é suficiente para compreender que isso não é uma mudança por conta do público, mas uma faceta que o grupo assumiu e que talvez estivesse escondida na carreira da banda. Afinal, de todas as bandas que faziam sucesso no mainstream, o Capital era a que tinha o texto menos agudo, portanto hoje a exigência não pode ser a mesma.

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Verdade seja dita: o pessoal dos anos 80 ao menos segurou a onda muito mais do que bandas como Skank, Raimundos, Los Hermanos, Detonautas, CPM 22, mas isto é assunto pra outro dia.

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Sobre Daniel Junior

Daniel Junior era blogueiro do Diário do Pierrot e do site The Crow (especializado em cinema). Colaborava com o site Seriemaníacos (sobre séries de TV) e com o blog Minuto HM. Começou seu amor pelo rock por causa do Kiss e do Black Sabbath até conhecer outras bandas pelas quais nutriria paixão e admiração como Metallica, Rush, Dream Theater, Faith No More e tantas outras. Daniel faleceu em 2017 e definitivamente fará falta.
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