Blog do Laysson: Bandas! Da garagem pro quarto! Já!
Por Laysson Mesquita
Fonte: Blog do Laysson
Postado em 30 de maio de 2014
Saudações galera. Depois de falar merda, vamos produzir merda?
Peguei o final dos anos 90 como adolescente. Me tornei músico em 2004 e com isso peguei uma interpretação mais antiga do fazer música. Ao ler uma cover baixo de John Paul Jones, resolvo fazer igual a ele, ligar o rádio na Executiva e aprender a tirar música de ouvido como ele fazia.
Era tudo muito mais analógico. Tudo muito mais difícil. Difícil e divertido, diga-se! Justiça seja feita, continua sendo divertido e difícil fazer música. Digamos então que as dificuldades eram outras.
Naquele tempo longínquo era mais complicado produzir música. Muito mais. Quem diria que eu conseguiria gerir minhas músicas no meu próprio quarto? Sim, pois é.
É disso que quero falar. Do crescimento na música.
Sempre interpretei que toda e qualquer informação relevante, seja ela de qual área for, me serve como músico. Já que consumo informação vorazmente, pensei: que tal aplicar essa verborragia no meu dia a dia? Foi uma ótima ideia.
Tenho um Computador Lentium e uns cabos. Hum, isso me deu uma ideia! – Com um computador, um cabo com plug P10 de um lado e de outro, P2, consegui ligar meus instrumentos e gravar tudo o que fazia e captava num MP3 player de 2005.
Massa demais? Não, o som tá atrasando! – Baixei e aprendi a usar um driver chamado Asio4All. Com ele instalado, consegui ouvir em tempo real.
Perfeito? Não. – O Audacity era muito pesado. Meu ex-patrão me apresentou ao R.E.A.P.E.R. e sua leveza de processamento me ajudou muito.
Bacana? Sim, mas não tá perfeito! – Arrumei uma interface de áudio e tenho dois canais pra plugar instrumentos ou vozes, um controle de ganho pra cada, um phantom power, duas saídas de monitor, uma saída de fones e dois controles de volume, um pra cada formato de saída. Muito mais prático.
Gostou? Gostei! Só tenho que procurar onde ouvir. – Monitores de áudio, podem ser caixinhas multimídia, tipo aquelas Edifier de 200 reais. Só não uso pra mixar. Os produtores odeiam e eu sei que eles tem mais propriedade do que eu pra justificar isso.
E agora? Tá ficando bom! – Pra ficar melhor, me tornei aluno de Rodrigo Itaboray. Contratei dois Workshops dele e farei os outros dois que faltam. Ou três, parece que vem novos Workshops por aí. Farei também uma consultoria (um tipo de aula direcionada às minhas dúvidas), pois há muita coisa a aprender. Sempre há algo faltando. Antes que me perguntem, sim eu pago por informação também. É como um livro contado em tempo real. A diferença mais divertida é que você pode tomar uma cerveja com seu livro, interromper ele, fazer piada, rir e pedir pro livro explicar melhor aquele delicioso e cheiroso pedaço de contra-filé da esquina com uma dose de pinga que interrompeu a longuíssima explicação sobre compressão paralela com o correto roteamento no I/O.
Fechou agora? Quase lá! – Ah! Esse último quase é caro e demorará um pouco.
Nesse caminho todo, nunca fiquei satisfeito. Sempre achei que era hora de crescer mais. No youtube, tem o mencionado de outro post Paulo Anhaia. Tem o meu professor Rodrigo citado logo acima. E tem também o Felipe Lisciel com sua forma cabalística de explicação (DicaDaPutaQuePariu me interrompe: nunca conseguirá tudo com um só canal de baixo, caralho! Separa um pra cada faixa do espectro, se não fizer, que se foda, vai se foder é você mesmo! – essa eu aprendi, valeu cara!). Aí apareceu um monte, como o Papo no Estúdio que serve demais pra nós. E cara, cada um te traz informação relevante de sua forma. Eu não entro nas brigas de analógico x digital (isso vai ficar bem comum em sua vida, acredite), simulação x impulse response e afins. Não tenho cacife produtivo pra isso.
Continuo consumindo, extraindo o sumo da informação e aprendendo. Geralmente aprendo e leio aquela explicação ou tutorial na hora que acontece, então, muita coisa eu esqueço. Por isso, trouxe um pouco de onde eu busco informação nos links ao final. Vez ou outra fico rodando a esmo pra achar algo que ainda não aprendi. Isso é altamente aleatório! Melhor que façam por si mesmos para entenderem o que é necessário e o que não é considerando sua individualidade e suas vicissitudes.
Bandas de garagem! Vão pro quarto e se tornem Bandas de Quarto. Façam de sua Home, um Home Studio. Pode apostar que vai melhorar incrivelmente suas composições. Daí, na hora da gravação valendo o primeiro CD ou EP, e bem ensaiados, vão pra aquele Estúdio Foderoso (Com Iniciais Maiúsculas, Mesmo) e soltem o sarrafo! Outra dica, peçam para gravar por hora, ao invés de pagar a empreitada completa por música. É muito mais barato. Mas tenho uma ressalva, aliás nem é porque sei que seu você leu tudo isso, saberá do que falo agora: esse tipo de gravação exige maestria dos músicos, pois tem que sair um ou dois Take Bãos e logo, Uai! Falei antes, né! Confio que conseguirão.
Ah! Já ia esquecendo...
* Já pro quarto é uma ordem imperativa redundante e não sou eu que dei, e sim vossas consciências musicais. :) *
Abraços!
Os comentários estão sedentos por mais informações, postem as suas! XD
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