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David Bowie vs. Bon Jovi: Camaleão perde pro Patriotismo Pop

Por Alex Heilborn
Fonte: conversaposcreditos
Postado em 01 de abril de 2013

David Bowie vs. Bon Jovi: Mestre Camaleão perde pro Patriotismo Pop de New Jersey

Recentemente, tivemos 2 lançamentos esperados por fãs do mundo todo, o "Next day" do camaleão David Bowie e sua volta triunfal após 10 anos de exílio do mundo da música e o retorno do Bon Jovi com mais um disco de Pop Rock, ou mais Pop que Rock, com temas patriotas e otimismo exagerado, como resposta a mais um mandato do presidente americano, como o single "Because we can" sugere.

Desde o vazamento de "What about now", 12º album dos "garotos de New Jersey", tenho avaliado e tentado entender o motivo que levou Jon Bon Jovi a usar sua banda como plataforma política para talvez uma futura carreira, o que seria uma ironia, já que o próprio se manifestou afirmando que não tem a mínima intenção de ser político.

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Ok, então por qual motivo John Francis Bon Jovi Jr, 51 anos e 30 anos de carreira com sua banda homônima, teria deixado seu Hard Rock com influências Pop e românticas ter se transformado em letras para comícios? Ouça "Army of one" com sua batida "militar" ou a faixa título que pergunta quem vai defender os desabrigados e famintos!

Desde 1992, quando Jon e cia retornaram com "Keep the faith", ficou bem claro que não foi só o cabelo e roupas que mudavam, mas também a sonoridade e os temas da época.

O vocal e líder, focou mais na realidade sócio política dos EUA, que nas baladas românticas da década passada, em temas como "Dry County", a faixa título "Keep the faith" e a otimista "I believe", expressas com uma sonoridade mais voltada ao Pop , mas ainda com a pegada do Hard Rock.

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Já em 1995, lançam seu trabalho mais pessoal e crítico, "These days", faixas como "Hey God", "Something to believe in" e a faixa título, que deixam claro a amargura de Jon e Richie Sambora e suas visões do mundo naquela época, a revolta com a política e economia dos EUA , descrença a Deus e suas religiões.

Após 5 anos de hiato, a banda volta com uma sonoridade mais Pop ainda, voltada para os adolescentes dos anos 2000, que consumiam artistas como Britney Spears, N' Sync e Backstreet Boys.

Apesar de ser o trabalho de maior sucesso da década toda, liderado pelo single "It's my life", "Crush", não conseguiu agradar os antigos fãs que esperavam por um retorno ao som mais pesado dos anteriores e então em 2002 é lançado "Bounce".
Com ele, a volta das influências políticas e do otimismo americano, mas principalmente ao Hard Rock dos anos 80, ainda que modernizado para a época.

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Com influência direta do ataque de 11 de setembro, Jon e Richie mostraram maturidade com esse registro, ao trazer letras mais críticas e um peso instrumental a muito esperado em "Undivided", "Hook me up" e "Bounce", mas como antigamente, as famosas baladas "Misunderstood" e "All about lovin’ you" tiveram mais sucesso nas rádios, fazendo Jon perceber que sua última reformulação mais Pop, aliada a letras otimistas a la Bruce Springsteen, que agravadam mais os novos fãs e resgatavam sua relevância na mídia.

Em 2005 e 2007 chegam os sucessores "Have a nice day" e "Lost Highway", feito para os norte americanos com sua temática Country e mais uma vez, número um garantido nas paradas country e Pop Rock mundiais.

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Em 2009, "The Circle" é lançado e o retorno ao Rock foi prometido, desta vez, influenciado pela vitória do presidente Obama, Jon nos traz um novo Bounce, porém mais comercial e agradável aos ouvidos de um público que tem orgulho de ser patriota e não se importa se a banda é Rock, Pop ou Hard e sim, se suas músicas tem refrões fáceis de serem cantadas e que grudam até ficarmos todos viciados naqueles refrões.

Chega 2013 e What about now, novamente os temas de sempre, mas trazendo influências sonoras explícitas de bandas atuais, consideradas as melhores do "Rock n’ Roll" dos dias de hoje, como Coldplay, Killers,Snow Patrol e principalmente U2!, seus concorrentes maiores dos anos 80, na trajetória em ser a maior banda atual do Pop Rock e a volta as famosas baladas românticas de décadas atrás.

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Decepção de fãs, críticas da imprensa especializada e ainda assim, primeiro lugar na lista de mais vendidos. Mas é isso que esperamos de uma banda, a maior do Hard Rock nos anos 80, com suas baladas perfeitas, solos criativos e com feeling de Richie Sambora e principalmente, a grande voz de Jon Bon Jovi? E agora, o que nos resta são apenas influências pop atuais e letras pseudo Springsteenianas??

Como conseguem vencer um mito atemporal como Bowie e seu excelente retorno após 10 anos, considerado um dos melhores de sua carreira?

Talvez, a grande diferença entre a qualidade indiscutível do retorno do camaleão inglês e o atual queridinho da América e adorado no resto do mundo, seja o foco em agradar o público atual com melodias contemporâneas e letras com mensagens de auto ajuda para continuar motivando os americanos que Obama e Jon Bon Jovi continuam porque podem!

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Sobre Alex Heilborn

Meu nome é Alex Heilborn, tenho 33 anos e tenho feito parte do mundo Rock, Hard e Heavy, como produtor de eventos, intérprete e repórter por 19 anos. Fiz algumas coberturas de eventos como Skol Rock 97 e entrevistei Jason Bonham, Dio, Bruce e Klaus Meine, outros como Matt Sorum, Ian Astbury e Billy Duff do Cult em Sp e em Campinas, o Michael Vescera e o Quiet Riot, Blaze Bailey, Paul Dianno,Tracii Guns, e outros.
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