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Manifesto 2025

Dio: "não era ligado em Deus, mas era espiritualista"

Por Samuel Coutinho
Fonte: stratovarius.com
Postado em 30 de maio de 2010

Jens Johansson, tecladista da banda finlandesa STRATOVARIUS, publicou no site oficial da banda comentários sobre a morte de Ronnie James Dio.

Demorei um pouco pra me manifestar sobre esse assunto, de certo modo me sinto estranho em chamar a atenção de vocês sobre este acontecimento. Toquei na banda de DIO por um ano, foi aí que eu o conheci. Eles eram um time. Não podemos esquecer da Wendy que ainda está muito viva. Quando eles me convidaram para a família DIO eu me senti com um cãozinho com frio depois da chuva.

Eu toquei pouco tempo com Yngwie Malmsteen, era realmente divertido mas ao mesmo tempo era tremendamente caótico e estressante.

Mas o tempo que eu estiva na banda de DIO foi um dos melhores momentos da minha vida.

Ronnie era uma das melhores pessoas que eu conheci, muito diferente dos musicos habituais. Imagino que você continuará ouvindo suas músicas, pois você ouvia antes e continuará ouvindo mesmo depois que ele se foi. Porque simplesmente ele era verdadeiro no que fazia. Especialmente para os fãs. Se você não percebeu isso pode perguntar para qualquer um que o conheceu. Ronnie era um sujeito que assinava autógrafos mesmo na chuva fria onde qualquer mero mortal tivesse ido atraz dele. Era insano. A dedicação dele para com os fãs era coisa de outro mundo. Ele foi a pessoa que despertou isso em mim.

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A voz dele era como um tanque de guerra... eu nunca o vi em um mau dia. Honestamente eu nunca conheci ninguém que gostasse tanto do que fizesse em toda minha vida. Mesmo se ele ficasse acordado a noite inteira bebendo e conversando, estaria 150% no dia segunte.

Ele era muito engraçado. Apaixonado pelo humor britânico, como Monty Python. Minha melhores lembranças dele era de quando ele ria de algo que outra pessoa dissesse, ou eu que ria de algo que ele dissesse.

As letras que ele escrevia são tão profundas que você não entenderá se ler apenas uma vez. Leia novamente e reflita.

Ele era muito inteligente. Ele não dizia ser era algum tipo adorador do diabo ou satanista. Ele cresceu em uma cidade muito pequena, eu o considerava uma pessoa muito decente. Ele era uma das pessoas com a moral mais correta que eu já conheci. Ele não era muito ligado nem em Deus nem na bíblia cristã, eu acho. Mas ele era realmente espiritualista e tinha pensamento profundos sobre esse assunto.

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Nunca o vi usar drogas pesadas. Pra mim ele representa o ideal da máxima: se quiser experimentar algo, fique longe do que for extremo.

Mantinha um trabalho de caridade intitulado Children of the Night. Você já deve ter ouvido algo do tipo, e pode saber mais na internet, vá no google e pesquise.

É como se eu estivesse tentando pintar um quadro suave. Eu realmente estou muito abalado, nunca imaginei que nada de ruim acontecesse com ele mesmo se eu tentasse. A única coisa que eu posso pensar é que o caráter dele era incrivelmente surpreendente.

Não estou exagerando ao dizer que ele foi uma perda para a humanidade, mas eu tento ver todo o conjunto. Imagine se ele tivesse morrido com 27 anos? Como fã sou grato pela sua graça e como pessoa sou grato por tê-lo conhecido.

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Eu não creio que Ronnie queria que nós estivessemos muito tristes, mas as também não estou sugerindo que nós dancemos pelas ruas de alegria.

Ele dedicou tanto de sua própria vida para trazer felicidade para outras pessoas. Lamentemos um gênio, um grande sujeito e que agora não está mais entre nós. Mas lamentemos seguindo o que ele dizia constantemente - para que vivêssemos nossas vidas a cada dia mesmos nos dias tristes. Você não sabe se este será seu último dia, se é que você sabe o que vai acontecer.

A música que ele fez existirá depois de mim, depois de você e depois de qualquer um que tenha lido isto. Se puder colocar um sorriso em seu rosto, seu dia será melhor. Isso é tudo o que um músico pode pedir de você.

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Jens.


Morte de Ronnie James Dio

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Sobre Samuel Coutinho

Nascido no interior de SP no dia 15/12/1986, em uma cidade chamada Ilha Solteira, Samuel Coutinho se entregou ao heavy metal logo na adolescência. Seu forte sempre foi o heavy metal melódico, variando desde o prog-metal até ao power-metal.
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