Queensryche: "Música não é esporte", diz Geoff Tate
Por Nathália Plá
Fonte: blabbermouth.net
Postado em 22 de julho de 2011
Peter Hodgson do Gibson.com entrevistou recentemente Geoff Tate da banda de rock progressivo de Seattle QUEENSRŸCHE. Seguem alguns trechos da conversa.
Gibson.com: O QUEENSRŸCHE tem um catálogo extremamente variado – tudo tem o som do QUEENSRŸCHE mas nenhum álbum se parece com outro.
Geoff: Do nosso jeito, somos uma banda meio que difícil para muita gente. Realmente tentamos muito sair de categorias e gêneros, e não nos vemos como outra coisa senão o QUEENSRŸCHE. Não nos prendemos na forma de pensar e na identidade a nenhum gênero. Mas a indústria é meio que construída em vender um gênero. Então as gravadoras tem problemas conosco porque nós não cabemos no pacote que eles podem vender. Sempre estamos experimentando com nossa música e buscando o limite de diversas formas, adicionando nossas influências musicais na nossa composição. Muitas vezes as pessoas acham isso frustrante. Eles não vêem a arte nisso, o que eu não entendo, porque é o que eu sempre procuro na música. Eu vejo a música como arte estritamente. Não é um esporte competitivo.
Gibson.com: Bem, o METALLICA anunciou há pouco que eles gravaram um álbum com o Lou Reed, e a reação online foi bem negativa por parte de alguns fãs, mesmo apesar deles sequer terem ouvido ainda! E não é como se esse novo álbum vá sair e deletar todos os outros CDs do METALLICA – eles ainda vão estar lá.
Geoff: Exato! E é o que eu não entendo na natureza humana: essa coisa de extrapolar e julgar algo mesmo antes de ouvir ou experimentar. É bizarro para mim. Mas as pessoas fazem isso o tempo todo. Elas chegam a conclusões precipitadas. E a música é uma jornada muito pessoal. Não só para o artista, mas também para a audiência. E a música demora para ser absorvida pelas pessoas. Todos a ouvimos de forma diferente, e todos a experimentamos de forma diferente. Algumas pessoas podem ouvir uma orquestra e pegar cada instrumento e identificá-lo a qualquer momento, e outros só conseguem ouvir a música como um muro sonoro. Temos esse tipo de variação e alcance. Todos ouvimos de forma diferente, e todos aplicamos a música a nossas vidas pessoais. Uma canção se torna o fundo musical de nossa vida por um dado período de tempo. E esses momentos tem um tempo estabelecido. Não é algo que você conecta imediatamente só de ouvir um clipe de 30 segundos no iTunes. Você tem de vivenciar a coisa e então ela se torna especial para você. Por exemplo, a "Let's Dance" do David Bowie. Eu me apaixonei com esse disco. Eu devo tê-lo escutado umas mil vezes. Ele veio com um álbum chamado "Earthling" e eu comprei esse álbum imediatamente e fiquei incrivelmente desapontado com o fato de não conseguir me associar a ele. Eu não achei o álbum horrível, e não achei uma porcaria porque o Bowie não lançaria um álbum ruim. É simplesmente um álbum que eu não entendi ainda, sacou? Então eu deixei o álbum de lado. Seis meses depois estou em Paris na Virgin Megastore. Na cabine tinha o "Earthling" do Bowie. Eu coloquei os fones e escutei algumas faixas, e cara, me acertou! Eu comprei o álbum de novo para tê-lo comigo. E acho que é a realidade com muitas músicas. Depende do timing. Do lugar em que sua cabeça está, do que está se passando com você pessoalmente – tivemos um álbum que saiu em 1994 chamado "Promised Land", e muitas pessoas não gostaram.
Gibson.com: É meu álbum favorito do QUEENSRŸCHE.
Geoff: É um dos meus favoritos também! E escreveram para nós, "Esse é um álbum horrível! Uma porcaria!" Não, o álbum não é uma porcaria. Simplesmente você não o entendeu! E então as mesmas pessoas podem escrever alguns anos depois, "Sabe, eu realmente detestei aquele disco quando saiu, e manifestei expressamente meu desapontamento, mas agora se tornou meu disco favorito. Eu o compreendo. Porque desde então, isso, aquilo e aquilo outro aconteceu comigo, e eu sinto o estado de espírito que o álbum expressa agora."
Leia a entrevista na íntegra no Gibson.com.
http://www.gibson.com/en-us/Lifestyle/Features/geoff-tate-0622-2011/
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
As mortes de rockstars de 2020 a 2025 que mais doeram na alma, segundo Gastão
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Viúva de Canisso acusa Raimundos de interromper repasses previstos em contrato
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
Por que Luis Mariutti e Ricardo Confessori saíram do filme do Andre Matos?
A triste história por trás de "Gimme Shelter", clássico dos Rolling Stones
A canção que Slash odiava, mas passou a adorar depois que ela o ajudou a ficar rico


O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
Queensryche foi muito importante para o Dream Theater, segundo John Petrucci
6 bandas que são chamadas de metal farofa mas não deveriam, de acordo com a Loudwire
O clássico do Megadeth que teve inspiração dos Beatles, Queensryche e sushi
5 discos lançados em 1988 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida
Heavy Metal: quais as 10 melhores vozes da história?



