Transição: indústria de shows já é maior que a de discos
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 15 de junho de 2012
Quer se dar bem na nova indústria musical? Então se certifique de que você tem talento para tocar em frente a uma plateia. De acordo com os últimos números da Universidade de Liverpool elaborados pelo pesquisador Dave Laing, a indústria mundial de shows musicais provavelmente cresceu mais do que a de gravações.
E se 2012 for apenas o começo desse processo, uma tendência ainda mais forte acena. "As primeiras indicações do marcado no ano passado [tal como o aumento de 4% em venda de ingressos nos EUA] sugerem que o negócio de música ao vivo pode ter retomado seu crescimento e pode ter SUPERADO EM DEFINITIVO a indústria fonográfica em termos de receita", Laing descreveu em um relatório publicado na revista Live Music Exchange.
Laing se debate em meio a uma imensidão de dados, e desempenha o papel de pesquisador cauteloso muito bem. Números relacionados a shows são bem difusos e incompletos, e as estimativas globais dificilmente batem. Do lado dos discos de gravações diversas, os dados são bem mais robustos, mas devassados rotineiramente por organizações baseadas em fonografia que os coletam e publicam [como a IFPI, RIAA, BPI, etc.]
O que na verdade toda a compilação de dados feita por Laing muito mais impressionante – e convincente de uma tendência mais ampla. Eis a discriminação da arrecadação de shows em alguns dos maiores mercados do mundo, içados de uma variedade de autoridades regionais [os valores acabam sendo apenas convertidos em dólares estadunidenses, sem levar em conta a realidade econômica de cada país]…
Na maioria dos países, o mercado de turnês está tendo uma retomada, e em alguns países, os dados mostram um cenário muito claro. "Tanto a pesquisa italiana como a britânica podem ser usadas para uma comparação direta", detalha Laing. "Na Itália, a música ao vivo rendeu 781 milhões de Euros, e a indústria fonográfica movimentou 419 milhões. A pesquisa do Reino Unido relata que os totais de vendas foram de 1.24 bilhões de libras [discos e downloads] e 1.48 bilhões [shows]."
Conseguem ver pra onde isso caminha? Em 2010 a IFPI estimava [ou inflacionava] que o marcado global de fonografia valia 25.8 bilhões de dólares, o que bate o movimento de shows, cravado então em 25 bilhões, estipulados por Laing naquele ano. Tendo dito isso, 2010 foi um ano IMPLOSIVO para shows ao vivo – especialmente nos EUA – e o modesto recomeço do ramo. A indústria fonográfica, contudo, continua a perder espaço – com o faturamento, e não os índices de despacho de unidades, sendo atingido substancialmente.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Max Cavalera tentou se reunir com o Sepultura em 2010, mas planos deram errado
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
"Comportamento de um ex-membro" impede Dave Mustaine de promover reunião do Megadeth
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
Metallica teve 2,2 bilhões de streams no Spotify no ano de 2025
Regis Tadeu esculhamba "Atlas" e "Nothin", as duas músicas "novas" do Guns N' Roses
O lendário guitarrista que Jeff Beck considerava "estagnado" por sua banda
A música "perfeita" e "irretocável" de Pit Passarell que fez sucesso com o Capital Inicial
O guitar hero que Eddie Van Halen "seguia como um discípulo", segundo David Lee Roth


Povo compra, mas não ouve: fim da moda do vinil pode estar perto
Indústria: quanto $$$ ganham as bandas do "Time B" do Metal?



