"Haverá um novo álbum, mas não posso dar detalhes", diz Lars Ulrich, baterista do Metallica
Por Samuel Coutinho
Fonte: Metal da Ilha
Postado em 09 de maio de 2013
A revista Revolver conduziu uma entrevista com o baterista do METALLICA, Lars Ulrich. Alguns trechos da conversa seguem abaixo.
Revolver: Quando você olha para trás, com mais de 30 anos no Metallica, o que te deixa mais orgulhoso?
Lars: Eu provavelmente sinto mais orgulho pelo fato de ainda estarmos por aqui e trabalhando como uma banda, fazendo álbuns, fazendo outros projetos, e ainda sendo um pouco relevante. Mesmo depois de 32 anos no negócio, isso é provavelmente umas das maiores conquistas. Além disso, o fato de que nós superamos a crise, muito bem documentada em 2001 - 2002, e não só sobrevivemos ao colapso, mas nós sentimos que nos tornamos uma banda melhor. Todo o trabalho que colocamos para melhorar a nós mesmos, então valeu a pena. Como banda, o Metallica está em grande forma. Na verdade, poder conversar uns com os outros. Todos nós podemos estar no mesmo quarto. Podemos pegar o mesmo avião juntos. Podemos ficar no mesmo hotel. Podemos sair para jantar. E eu acho que é provavelmente a maior conquista que já tivemos.
Revolver: O que mantém vocês unidos?
Lars: O Metallica é o que somos. É a nossa vida. Eu tinha 17 anos quando formei a banda. Eu realmente nunca conheci qualquer outra coisa a não ser uma tentativa fracassada de seguir carreira no tênis (risos). Eu acho que é o que nos define. Obviamente, tem as nossas famílias e os nossos filhos, mas em termos de carreira ou qualquer outra coisa, é isso o que fazemos. E isso é algo que prezamos muito e temos muito orgulhoso. Eu acho que a única coisa que você aprende, se você quiser estar em uma banda e perseverar, você tem que ser capaz de coexistir e você tem que encontrar uma maneira de se comprometer e descobrir todas as coisas, em algum lugar ao longo do caminho. Apenas descobrir isso. E nós percebemos que era mais importante para nós estarmos juntos e sobreviver. Nós trabalhamos muito duro para isso.
Revolver: Qual álbum você acha que seja o mais desvalorizado do Metallica?
Lars: Eu acho que "Load" e "Reload" são ótimos registros. Eles são, criativamente falando, iguais aos outros registros que fizemos. Obviamente, eles são registros numa linha mais blues, e naquele tempo, ouvíamos muita coisa do LED ZEPPELIN, DEEP PURPLE, e AC/DC, e tivemos uma base diferente nos álbuns anteriores ou posteriores. E eu entendo que tem pessoas que não conseguiam descobrir o que estava acontecendo com os cortes de cabelo e com o resto, e isso é bom. Mas musicalmente, se você coloca todas as outras coisas de lado, se você acabou de ouvir as 27 músicas - "Load" e "Reload" foi concebido como um álbum dúplo - é uma grande coleção de músicas que combina com tudo que fizemos de forma criativa. Mas, quero dizer, quem precisa de fulano para se sentar e discutir sobre isso porra, "Carpe Diem Baby"? Eles são registros diferente, mas foi essa a intenção (risos). Não é como irmos lá e pensar que estávamos regravando "... And Justice For All" (Risos). Nós estamos cientes disso. Mas eu pessoalmente acho que há grandes canções em ambos os registros, e eu estou muito orgulhoso desses dois álbuns.
Revolver: Vocês estão trabalhando em um novo disco do Metallica. Como está indo?
Lars: Nós estamos nos estágios iniciais das composições, e tudo o que posso dizer é que existem algumas coisas boas à espreita. É divertido. Entre fazer o filme e o Orion (Music + More) festival, precisamos de alguns dias aqui e ali para mudar alguns riffs e deixar toda essa merda pronta. Temos que colocá-los em forma de canção e colocar nossas bundas no estúdio. Espero que possamos fazer isso até o final do ano, talvez no início do próximo ano. 2014 é um pouco otimista para o álbum sair, então 2015 é mais realista. Mas hey, sem pressa. Vai levar o tempo necessário. Eu não me sinto estressado com isso, mas isso não significa que nós não nos importamos. Dez anos atrás, 20 anos atrás, estávamos em todo este ciclo de compor-gravar-turnê, compor-gravar-turnê. Agora temos uma maneira diferente de estar na banda. Nós gostamos de tocar a cada ano, mas não quero fazer 200 shows diretos, em seguida, tirar um ano. Nós gostamos de tocar 30 shows, 40 shows. É melhor do que tocar 200 shows em um ano, e depois não fazer nada no próximo ano. É legal fazer deste jeito diferente e novos registros são divertidos e legais, e haverá um novo disco do Metallica, mas eu não posso dar mais detalhes.
Leia a entrevista completa (em inglês) no link abaixo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Os três clássicos do Iron Maiden que foram "copiados" do Michael Schenker Group
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
Os 10 melhores álbuns do DSBM em uma lista para checar sua saúde mental
A maior lenda do rock de todos os tempos, segundo Geezer Butler do Black Sabbath
A categórica opinião de Kiko Loureiro sobre Slash
Chris Cornell: Alguns fatos sobre o músico que nem todos conhecem
Youtuber expõe miséria que Spotify repassa a bandas de metal brasileiro


Wolfgang Van Halen relembra como foi abrir shows do Metallica; "Muito louco"
A melhor música de cada disco do Metallica, segundo o Heavy Consequence
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
O poderoso riff do Pantera que teria sido criado por James Hetfield (há controvérsias)
Kerry King (Slayer) escolhe seu preferido entre Metallica e Megadeth
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
Dois fãs tumultuam show do Metallica e vão em cana enquanto a banda continua tocando
O artista que serviu de ponte entre o punk e o heavy metal, segundo Kirk Hammett
As 40 músicas que marcaram a vida do redator Mateus Ribeiro
James Hetfield lista as músicas do Metallica que ele mais curte tocar ao vivo
A capa de álbum de Metal oitentista criada na base da gambiarra e da preguiça



